O termo “sentinela” se refere a uma população – ou a um indivíduo – naturalmente mais suscetível e provavelmente mais acometida que a população-alvo por um determinado agravo ou patógeno 1 . Diversas doenças humanas são subnotificadas em virtude de sintomatologia inespecífica, assintomatologia, falha nos métodos de detecção ou período prolongado de latência, dificultando o diagnóstico 2. Apesar de as relações entre patógeno e hospedeiro serem heterogêneas, o uso de animais-sentinelas permite explorar essa variação objetivando a vigilância de doenças, num sistema de coleta, análise, interpretação e divulgação de dados que contribuem para a tomada de decisões 1. Determinadas questões podem ser elucidadas a partir do seu inquérito, relacionadas à ecologia, a testes de medidas de controle, à direção e propagação, a flutuações na prevalência, na incidência e na emergência de patógenos, bem como a variações na área de ocorrência 3.
O reconhecimento precoce do estado de saúde da sentinela possibilita a estimativa da frequência de doenças e da distribuição geográfica de patógenos, antes que o agravo atinja a espécie em risco. Algumas características são importantes para uma sentinela, como período de latência reduzido e resposta imunológica precoce e mensurável por longo tempo, o que facilita a detecção do patógeno, a delineação dos riscos e a elaboração de medidas de prevenção e controle associadas à espécie-alvo (Figura 1) 4.
Seu comportamento/hábito de… | o torna potencial sentinela para… |
Proximidade com o ser humano (mesmo ambiente e mesmas fontes de água e alimentos) | Zoonoses, doenças transmitidas por vetores, saúde ambiental, alterações do comportamento humano, segurança alimentar |
Proximidade com o solo | Doenças comuns em crianças, bioterrorismo, saúde ambiental |
Topo de cadeia trófica | Zoonoses, segurança alimentar |
Figura 1 – O que torna o cão doméstico um animal-sentinela da saúde única
Mas, afinal, o que são animais-sentinelas? Desde o século XIX, os canários já eram utilizados intuitivamente como sentinelas para avaliar a viabilidade de trabalho em minas de carvão ainda inacessíveis. Como são animais muito sensíveis às altas concentrações de monóxido de carbono geradas nas minas, essas aves alertavam os mineiros sobre o risco de perderem a consciência ou mesmo de morrerem, poupando assim sua vida 1. Na verdade, os aspectos etológicos dessas espécies domésticas permitiram condições similares de exposição ou até o contato prévio com uma infinidade de contaminantes ambientais e agentes causadores de doenças.
A análise de animais-sentinelas também pode auxiliar na investigação de possíveis ataques bioterroristas, como o que ocorreu na Rússia em 1979, em que 77 pessoas adquiriram infecção por antraz. Sugeriu-se, a princípio, que os casos se deviam à ingestão de carne contaminada. Mais tarde, associando-se a localização dos casos em animais e em pessoas, constatou-se que as ovelhas eram mais suscetíveis à contaminação, e que se tratava de infecção por inalação de esporos liberados de uma instalação militar 5.
A presença de resposta (sensibilidade) a essas exposições também propicia o uso de animais de companhia como potenciais sentinelas de saúde 1. O estudo da relação de proximidade entre o homem e o cão é um exemplo dessa abordagem. É inegável a coevolução e o estreitamento desse vínculo, mais evidente nos últimos 50 anos, quando notamos que os cães se transferiram do quintal para dentro das residências e até compartilham a mesma cama com seus donos 6. Dividimos com os animais de companhia o estilo de vida, o ambiente, fontes de alimento e água; portanto, é natural que a saúde dos animais reflita o ambiente em que vivem e antecipe ameaças aos seres humanos 1 (Figura 2). Assim, os cães são considerados bons bioindicadores de contaminação ambiental, ajudando a predizer dados a respeito dos níveis de exposição e de possíveis efeitos adversos à população humana 7.
Por ocuparem, juntamente com as pessoas, o topo da cadeia trófica, os cães e gatos podem também ser sentinelas da segurança alimentar (Figura 3). Nos Estados Unidos, entre os anos de 2004 e 2007 foram noticiados nessas espécies surtos de insuficiência renal associados à ingestão de ração que continha glúten de trigo importado da China. Tais substratos para a indústria alimentícia foram enriquecidos com melamina e ácido cianúrico, com o objetivo de elevar o teor proteico. A adição dessas substâncias à dieta animal ocasionou a formação de cristais que obstruíam os túbulos renais, levando ao quadro clínico, antecipando assim a possibilidade desse cenário em seres humanos 5.
Com relação à contaminação ambiental, a presença de agentes poluentes, como o chumbo, pode ser detectada a partir da intoxicação de cães. O composto, largamente utilizado no passado, pode ser liberado a partir de tinta de prédios antigos em deterioração. Nos Estados Unidos, em residências onde o cão apresentava sinais de intoxicação por chumbo, verificou-se que os valores séricos desse metal nas crianças também se mostravam superiores aos níveis recomendados, porém ainda sem manifestação clínica 8.
Cães sujeitos à inalação passiva de fumaça de cigarros são considerados bioindicadores de danos ocasionados na mucosa orofaríngea, antecipando quadros presumíveis de alterações histopatológicas e da integridade do DNA, em decorrência da exposição aos agentes químicos presentes no cigarro 9 (Figura 4).
Doenças transmitidas por vetores têm grande impacto mundial. Os cães podem atuar como sentinelas dessas doenças quando são expostos a elas antes das pessoas, enquanto há expansão do vetor na região 4. Alguns fatores podem aumentar a exposição de animais a patógenos e vetores, amplificando seu potencial como sentinelas. Como exemplo, temos os cães de rua e cães comunitários que se deslocam livremente na área urbana, ficando mais expostos a vetores e a agentes patogênicos que os domiciliados 10,11. Os cães jovens e aqueles nos quais o agente infeccioso se encontra na circulação sanguínea periférica tendem a atrair vetores para repasto sanguíneo, o que reduz a transmissão vertical para a população humana 12. Além disso, os cães são a principal fonte de repasto para o mosquito Culex e para algumas espécies de flebotomíneos, podendo assim atuar como sentinelas da infecção humana pelo vírus do Nilo ocidental e da leishmaniose em áreas não endêmicas 13.
Os cães comunitários podem ser considerados sentinelas da saúde única, com base em um estudo realizado em Curitiba, PR. Essa população representa animais que habitam locais públicos, como estações de ônibus e parques, dividindo diariamente esses espaços – onde circulam livremente e são alimentados por um ou mais indivíduos – com milhares de pessoas. Realizou-se um inquérito sorológico de doenças transmitidas por vetores (como babesiose, anaplasmose, erliquiose, leishmaniose, bartonelose e micoplasmose) e protozoonoses (toxoplasmose, doença de Chagas e neosporose). Ainda que esses animais sejam potenciais reservatórios e multiplicadores de patógenos, dada a sua exposição, nesse estudo eles apresentaram baixa prevalência dos patógenos pesquisados, além de estado de saúde satisfatório. Foi observada ainda baixa soroprevalência de protozoonoses, sugerindo baixo risco alimentar e ambiental de infecção humana e animal nesses espaços 14.
Os cães e os seres humanos são hospedeiros intermediários do Toxoplasma gondii, estando expostos de forma semelhante a fatores de risco de infecção, pela ingestão de água e de alimentos contaminados com oocistos. Assim, os cães podem ser considerados sentinelas ideais para a toxoplasmose humana 15, exceto em países onde há consumo de carne dessa espécie, como a China, quando passam da posição de sentinelas à de fontes de infecção para os seres humanos.
A leptospirose é uma zoonose em expansão, ocasionada pela bactéria do gênero Leptospira, sendo o rato (Rattus norvegicus) o principal reservatório. O cão pode atuar tanto como sentinela como fazer parte do ciclo da doença. O monitoramento de animais saudáveis e doentes possibilita a instituição de medidas de redução da contaminação ambiental e de novos casos, tanto em pessoas como em animais 16. No papel de indicadores de zoonoses, a probabilidade de trans missão pelos animais-sentinelas deve ser baixa, não devendo operar como amplificadores e reservatórioa, o que invalidaria sua função de predizer o risco de infecção 1.
Cães errantes dispostos em abrigos podem atuar como potenciais sentinelas de zoonoses, pelo contato direto com outros animais de rua nessa mesma situação, pela busca de alimento através da caça de roedores e no lixo, e também pelo consumo de água parada. Tais situações aumentam as chances de doenças como toxoplasmose, leptospirose e brucelose 17. É válido chamar a atenção para o fato de que os funcionários de abrigos de animais têm contato direto com cães errantes, o que pode expô-los a esses riscos biológicos.
A oncologia comparativa prevê a utilização de cães e outras espécies animais como modelos naturais de estudo de cânceres de ocorrência comum no homem. O menor tempo de vida e a reduzida variabilidade genética em raças individuais de cães facilita a busca pelas homologias, antecipando a compreensão das vias de desenvolvimento, o prognóstico e as medidas terapêuticas plausíveis para ambas as espécies 18. Um exemplo é o melanoma, que, apesar das diferenças de prevalência no homem e no cão, têm mutações somáticas afins, justificando tais comparações 19.
Em casos de violência doméstica, acredita-se que tanto os cães quanto as crianças e os idosos são alvos preferenciais, e correm maior risco de dano intencional e/ou negligência 20. Indivíduos que tratam seus cães com violência tendem a agir da mesma forma com outros seres humanos vulneráveis 21. Esse contexto qualifica também os animais de companhia como sentinelas do comportamento humano, e exige que os médicos veterinários estejam preparados para reconhecer tal situação e recorrer às autoridades 22.
Em resumo, os cães podem ser utilizados como bioindicadores de contaminação ambiental, de alimentos e da água, além de evidenciar doenças infecciosas, não infecciosas e até mesmo ataques bioterroristas, atuando como sentinelas da saúde humana, animal e ambiental (saúde única). A ocorrência de “casos-índices” de determinada doença ou agravo na população animal sugere a necessidade de alerta para melhorar as estratégias de prevenção. Equipes multidisciplinares e intersetoriais envolvendo médicos veterinários e outros profissionais da saúde pública podem colaborar para o monitoramento de riscos à saúde, otimizando o diagnóstico e intervenções para prevenir que a afecção se dissemine na população-alvo. A medicina veterinária do coletivo contribui com esse cenário, uma vez que trabalha na relação entre os seres humanos e os animais de companhia, em particular nas populações humanas socialmente vulneráveis e nas de animais em risco.
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