Menu

Clinica Veterinária

Início Opinião MVDesastres Resultados e protocolos utilizados no socorro e resgate técnico animal nos incêndios florestais no Chile em 2023
Grupo de Resgate Animal de Belo Horizonte – GRABH

Resultados e protocolos utilizados no socorro e resgate técnico animal nos incêndios florestais no Chile em 2023

Atendimento médico-veterinário a campo de um cão atingido por incêndio no Chile. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto Atendimento médico-veterinário a campo de um cão atingido por incêndio no Chile. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto

Introdução

Desastres em massa são caracterizados por acidentes coletivos nos quais verifica-se grande número de vítimas graves ou fatais, em uma escala que justifica a mobilização de auxílios externos à zona atingida 1. Tais incidentes são resultado de forças ditas naturais ou causados por uma ação ou omissão humana, sendo nesses casos, denominados desastres antropogênicos 2.

Percebe-se que a ascensão da intervenção humana sobre a natureza na última década tornou os desastres em massa assunto de grande repercussão, principalmente no que tange ao salvamento e ao resgate animal 3. Sendo assim, a medicina veterinária de desastres vem ganhando espaço como um campo profissional promissor, pois além de intervir e promover a dignidade dos animais acometidos, também reduz a vulnerabilidade da sociedade a longo prazo, e melhora a preparação da resposta a incidentes futuros 2.

E foi nesse contexto que, recentemente, a Resolução 1.511 de 2023 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) 4 instituiu as diretrizes para a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas no resgate técnico, triagem, manejo zootécnico, assistência, manutenção e destinação de animais domésticos e selvagens em situações de desastres em massa. E, a partir disso, a profissionalização dessa área requer automaticamente a capacitação de equipes de médicos-veterinários especializados em resposta a emergências, com procedimentos de resgate apropriados que propiciem uma abordagem organizada entre médicos-veterinários e equipes de campo de outras especialidades 5.

No Chile, as alterações climáticas começaram a tornar-se evidentes recentemente em nível local. Isso se deve à relação entre as alterações climáticas recentes e o aumento dos danos causados pelos incêndios florestais 6. Além disso, a vegetação mediterrânea é favorável à ocorrência de incêndios florestais naturais e criminosos, associada à marcada sazonalidade, ao clima seco e à alta concentração de empresas de reflorestamento, com plantas do gênero Eucalyptus sp. 6,7. No entanto, apesar dos incêndios serem reconhecidos como um dos principais fatores que ameaçam a conservação da biodiversidade do Chile, são poucos os estudos e/ou as informações históricas publicadas sobre esse fenômeno nessas áreas 6.

Os incêndios florestais que acometeram o Chile em 2023 concentraram-se em três principais regiões no sul do país: Ñuble, Bío-Bío e Araucania. Os focos de incêndio tiveram início em fevereiro e começaram a ser controlados pelos brigadistas, bombeiros e exército em meados de março. Atingiram principalmente as regiões de Hualqui, Tomé, Santa Juana, Coronel e Patagual. Segundo dados da Corporação Nacional Florestal do Chile, a região de Bío-Bío foi a mais afetada, com 184.032,87 hectares queimados. O número de hectares atingidos pelos incêndios em 2023 supera todos os registros anteriores 8.

Em desastres, a preparação para a atuação com os animais tem efeitos econômicos e sociais, mas muitos países continuam omitindo cães e gatos no seu planejamento de contingência regional. As respostas, portanto, são muitas vezes ineficientes, descoordenadas ou totalmente ausentes. Experiências documentadas no Chile, envolvendo o terremoto e o tsunami de 2010, afirmam a necessidade de inclusão de animais de companhia em desastres. Esses planos servem para preparar as comunidades e autoridades, identificar os recursos disponíveis, estabelecer uma cadeia de comando, desenvolver prioridades locais e, subsequentemente, reduzir os efeitos negativos 9.

­

Lesão cutânea ulcerativa periocular em um cão, vítima direta do incêndio no Chile. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto

­

Tendo em vista esse cenário, a falha no uso de técnicas de socorro e resgate durante as fases de um desastre, por exemplo em incêndios florestais, revoga o bem-estar animal, reduz as chances de sobrevivência das vítimas e aumenta os riscos de acidentes com os animais e com a equipe 1. Portanto, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência prática e os resultados da aplicação dos protocolos de resgate técnico animal utilizados nos incêndios florestais no Chile em 2023, a fim de divulgar o serviço técnico prestado à sociedade e aos animais, e fazer um levantamento de dados acerca dessa temática.

Para o deslocamento da equipe de médicos-veterinários do Brasil foi feito contato com as autoridades locais da região afetada. Assim, por meio de uma parceria foi expedido pelo governo regional de Tomé um documento oficial com uma solicitação de ajuda emergencial, direcionada ao Grupo de Resgate Animal de Belo Horizonte (GRABH), que é atualmente reconhecido como organização não governamental (ONG).

Após o acordo administrativo foi iniciado o estudo pré-operação (EPO), que consiste em uma análise minuciosa do cenário. Esse estudo antecede o deslocamento da equipe, e deve incluir a detecção do tipo de desastre envolvido e as características das zonas de trabalho, bem como definir os objetivos de atuação do grupo e determinar os tipos de equipamentos e materiais para o atendimento pré-hospitalar que serão levados. No Chile, a equipe realizou as atividades durante uma semana e todos os dados foram reunidos diariamente em um relatório. Posteriormente, os dados aqui apresentados foram agrupados em um software de planilha eletrônica.

A equipe realizou as atividades nas regiões de Bío-Bío, Tomé, Coliumo, Menque, Coronel, Patagual, Quetra e Punta Parra, e o fluxograma de trabalho foi estabelecido em consonância com as atividades desempenhadas pelos demais órgãos do Sistema de Comando de Incidentes (SCI). Dentre as atividades empregadas, a maioria incluía o resgate de fauna (40%), seguida de translocação de fauna (35%) e, por último, da evacuação preventiva de animais em áreas de risco (25%). A translocação de fauna era realizada em áreas de risco, onde foi feita a captura, seguida de soltura imediata em área segura.

De acordo com os dados registrados, foram assistidos 20 animais, dos quais 60% eram domésticos, incluindo animais de companhia e de produção, e 40% eram silvestres. Dos chamados atendidos, 50% eram solicitados pela população local ou iniciados por meio de busca ativa em áreas de incêndio. Além da busca ativa, os outros 50% dos trabalhos foram previamente operacionalizados em ocorrências advindas do SCI, que continham informações da localização, da situação do animal e dos riscos iminentes da região.

Independentemente do chamado ou ocorrência, observaram-se durante os trabalhos de resgate, translocação e evacuação, vítimas atingidas direta e indiretamente pelos incêndios florestais, na proporção de 15% e 85% respectivamente. No grupo das vítimas diretas, foi feito o socorro e o resgate utilizando as técnicas de socorro e salvamento para animais descritas e publicadas como sistema 5S 10 (Figura 1).

 

 

Socorrista Função
S1 Coordena o atendimento à vítima e realiza as avaliações primária e secundária
S2 Responsável pela estabilização e contenção da cabeça e avaliação do nível de consciência da vítima
S3 Responsável pelo transporte e fornecimento dos fármacos e equipamentos requisitados pelo S1
S4 Responsável pela segurança do espaço de trabalho, auxilia na contenção e na transferência da vítima para veículo de resgate
S5 Responsável pela radiocomunicação com o centro de comando, preenche a ficha de ocorrência e organiza a destinação do animal
Figura 1 – Sistema 5S de organização e atividade integrada a campo

 

A partir do socorro e resgate, os animais domésticos eram encaminhados para três possíveis destinos: o Posto Médico-Veterinário Avançado (PMVA), o centro veterinário municipal ou a devolução imediata aos tutores. Os animais silvestres que não estavam em condições de serem rapidamente liberados em área segura após sua captura, eram encaminhados ao centro de reabilitação local de animais silvestres Nãcurutú. A destinação dependia diretamente do estado clínico da vítima, como demonstrado no fluxograma da figura 2.

­

Figura 2 – Fluxograma de trabalho da equipe

­

O trabalho médico-veterinário de socorro e resgate consiste em uma atividade de alto risco aos profissionais, a segurança individual e coletiva da equipe precisa ser considerada tão importante quanto o socorro à vítima 11. Esse socorro é uma ação que precisa ser organizada e dimensionada antes de sua execução. No entanto, ao contrário do trabalho de socorro às vítimas humanas para o qual existem diversos protocolos pré-estabelecidos, os protocolos publicados para os animais não humanos são escassos. Nesse contexto, o grupo atuante nos incêndios florestais ocorridos no Chile propõe a utilização do Sistema 5S no socorro e resgate animal em cenários de incêndios florestais 10.

O Sistema 5S compreende organização e atividades integradas, porém distintas, de cinco socorristas, que em campo atendem à ocorrência e prestam o serviço de socorro e resgate às vítimas em situação de urgência e emergência. É composto por cinco socorristas, sendo pelo menos um médico-veterinário. É aconselhável que também faça parte dessa equipe um bombeiro civil ou brigadista profissional e/ou um auxiliar em medicina veterinária 10. Nessa composição, cada socorrista possui uma função e um protocolo a ser seguido para cada ação que integra o atendimento pré-hospitalar veterinário (APHV). A definição do papel de cada socorrista sempre é dada pelo líder de campo, e está resumida na figura 1.

De maneira geral, quando avaliamos o impacto dos incêndios sobre a fauna, como ocorrido no Chile, os animais atingidos devem ser classificados como vítimas diretas e vítimas indiretas. É considerada vítima direta qualquer animal, seja doméstico ou silvestre, que sofra diretamente os impactos causados pelo calor das chamas e pelo produto da combustão, que podem provocar a morte de forma imediata ou tardia 2,3.

Os animais resgatados identificados como vítimas diretas (15%) apresentavam principalmente lesões cutâneas de queimadura por calor, muitas vezes em toda a superfície corporal ventral, incluindo cabeça e cauda, além de quadros de intermação. Grande parte dos animais foram encontrados sem vida, completamente carbonizados, e não foram computados neste estudo como animais resgatados. Incêndios de grandes proporções impedem que os animais utilizem estratégias de fuga que são intrínsecas do seu comportamento, como a busca de abrigo em refúgios subterrâneos, ou fuga para áreas próximas não queimadas 12.

­

Atendimento médico-veterinário de um cão, vítima indireta do incêndio no Chile. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto

­

O avistamento do óbito de indivíduos de uma espécie de marsupial nativa, os monitos del monte (Dromiciops gliroides), preocupou a equipe pelo fato de sua população no Chile ser de apenas 7%. Além disso, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, essa é uma espécie quase ameaçada de extinção 13.

A dispneia por inalação da fumaça e a depleção de oxigênio também são alterações encontradas em vítimas diretas 12,14. Uma ave da espécie Gallinula galera foi socorrida ao cair em uma residência após grande incidência de fumaça na região de Patagual.

Mesmo contando com os quimiorreceptores de fumaça e os mecanismos comportamentais para evitar o fogo, podemos considerar que a herpetofauna é o grupo que mais sofre com essas alterações em seu habitat. Isso porque em incêndios de baixa intensidade muitos desses animais recuam para abrigos subterrâneos ou sobem em árvores, na tentativa de se afastar das chamas ou reduzir a concentração de dióxido de carbono, que é maior na superfície 12. Mas, incêndios de grandes proporções deflagram esses mecanismos e tornam mínimas as chances desses animais sobreviverem 12. Como reflexo, na região de Bío-Bío, anfíbios e répteis foram encontrados já carbonizados.

As vítimas indiretas são aquelas atingidas pelas consequências dos incêndios tendo em conta efeitos de curto, médio ou longo prazo 14. Exemplo disso é a redução ou a ausência dos recursos hídricos e, principalmente, dos alimentares, já que a vegetação e muitas das presas das quais os animais se alimentavam morreram com o fogo. Esse cenário é denominado “fome cinzenta”, em virtude do ambiente visualmente cinza que não oferece alimento ou água para os sobreviventes 12. O que pode ser observado nessas situação são vítimas com condição corporal ruim, desidratadas, com atrofia de musculatura esquelética e escassa deposição de tecido adiposo subcutâneo, que pode resultar em morte por inanição. Em comparação com os animais vitimados no pantanal mato-grossense, a atuação rápida da equipe em áreas com fogo ativo possibilitou a retirada precoce de animais e de seu deslocamento para áreas seguras, antes do surgimento de consequências de longo prazo.

­

Cão com lesão cutânea em dígito por queimadura por calor. Após o atendimento médico-veterinário, o animal foi entregue à tutora. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto

­

Os incêndios aumentam o trânsito de animais em rodovias, na tentativa de fuga das chamas, em função da perda de seu habitat e em busca de demarcação territorial e de alimento e água, e esse trânsito associado à circulação de veículos em alta velocidade, aumenta os casos de vítimas indiretas por acidentes de trânsito 14. Em contraste com os incêndios ocorridos no pantanal mato-grossense, nas regiões de atuação da equipe no Chile foram mínimas as vítimas indiretas envolvidas em acidentes de trânsito, talvez resultado da rápida interdição de rodovias nas regiões atingidas e da existência de alguns pontos de fuga distantes das margens da rodovia.

A busca ativa é caracterizada pela exploração do ambiente à procura de vítimas a serem resgatadas 10. Essa técnica demanda organização e referência espacial por parte da equipe, e foi empregada nos incêndios do Chile em 2023, onde a equipe se dividiu em pequenos grupos para identificar rastros, pegadas ou esconderijos que os animais pudessem utilizar como refúgio no momento do incêndio. Os três animais silvestres vitimados diretamente, todos eles foram localizados por meio da busca ativa.

A evacuação dos animais pode ocorrer de forma preventiva ou emergencial, e quanto antes ela for executada, maior será a padronização das ações de prevenção e de resposta, mitigando a quantidade de animais atingidos diretamente, o que otimiza principalmente os gastos com insumos médicos, transporte de vítimas e equipes de campo 11. Além disso, facilita a devolução dos animais aos seus respectivos turoress, e reduz a aglomeração e a destinação de animais para abrigos e ao posto médico-veterinário. No Chile, nas regiões de Quetra, Punta Parra e Neuque, foram realizadas evacuações preventivas, com a retirada de 5 animais domésticos de áreas de risco com fogo ativo. Grande parte desses animais foram imediatamente encaminhados aos seus tutores.

Em relação à necessidade de atuação emergencial de grupos de resgate animal no Brasil e no exterior, a expedição do aceite de uma ajuda emergencial pelo governo regional muitas vezes não pode ser garantida durante o EPO, em razão do desastre imensurável que aquela sociedade enfrenta. Diante disso, deve ser previamente definido um processo formal no qual uma autoridade competente aprove oficialmente e regulamente a atividade de resgate animal por entidades que estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos pela autoridade responsável 15. A homologação prévia de grupos técnicos de resgate de animais é um processo importante para garantir que esses grupos operem de forma rápida e em consonância com padrões elevados, e proporcionem cuidados de qualidade aos animais resgatados 15.

­

Limpeza de ferida periocular ulcerativa por queimadura por calor, em um cão vítima do incêndio no Chile. Créditos: GRABH / Aldair J. W. Pinto

­

Considerações finais

Incêndios florestais de grandes proporções, como os ocorridos em diferentes regiões do Chile, reforçam a importância do estudo pré-operação, do estabelecimento prévio de protocolos técnico-científicos bem fundamentados, padronizados, abrangentes, inclusivos e multidisciplinares. A experiência prática acumulada pela equipe permitiu disseminar informações técnicas sobre um ramo de atuação da medicina veterinária que pode ser considerado restrito não só no Brasil, mas também em outros países, e que precisa ser profissionalizado.

 

Referências

01-FRANÇA, General, desastres de massa – sugestões para um itinerário correto de auxílios. João Pessoa, PB. Revista Bioética, p. 1-6, 2009.

02-SOUZA, M. M. V., Medicina veterinária de desastres e catástrofes: plano de ação, Manhuaçu, MG. Pubvet, v. 13, n. 10, a429, p. 1-7, 2019.

03-VIEIRA, J. Medicina veterinária de desastres e catástrofes. Contributo para a extensão do Plano Municipal de Emergência. Lisboa, 2016.

04-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução n◦ 1511, de 28 de março de 2023. Institui diretrizes para a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas em desastres em massa envolvendo animais domésticos e selvagens.

05-FIDAN A. F. ; ASLAN R. Rescue Glide use in emergency large animal rescue. Kocatepe Vet J, (2018).

06-FAÚNDEZ PINILLA, J. ; CASTILLO SOTO, M. ; NAVARRO CERRILLO, R. M. Impactos de los incendios forestales de magnitud en áreas silvestres protegidas de Chile Central. Bosque (Valdivia), v. 44, n. 1, p. 83-95, 2023.

07-KLUBOCK, T. M. La Frontera: Forests and Ecological Conflict in Chile´s Frontier Territory. Duke University Press, 2014. 

08-CONAF (Corporación Nacional Forestal, CL). 2023. Estadísticas de incendios forestales. Número y superficies afectadas. Disponivel em: http://www.conaf.cl/incendios-forestales/incendios-forestales-en-chile/estadisticas-historicas/ Acesso em 16 de dezembro de 2023. 

09-GARDE, E. et al. Challenges encountered during the veterinary disaster response: An example from Chile. Animals, v. 3, n. 4, p. 1073-1085, 2013.

10-PINTO, A. J. W. In: Manual Técnico de socorrismo e resgate animal. v. 1, p. 103-131, 2021.

11-GOMES, B. et al. Plano Nacional de Contingência de Desastre em Massa Envolvendo Animais. CFMV, 2020.

12-ENGSTROM, R. T. First-order fire effects on animals: review and recommendations. Fire Ecology, v.  6, n. 1, p. 115, 2010.

13-FONTÚRBEL, F. E. et al. The ecology and evolution of the monito del monte, a relict species from the southern South America temperate forests. Ecology and Evolution, v. 12, n. 3, p. e8645, 2022.

14-MARQUES, V. Desastres em massa. Revista CFMV, Ano XXVI, n. 86, p. 8-13.

15-BRASIL. Decreto nº 15.651, de 15 de abril de 2021. Institui o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (GRETAP), e dá outras providências. Poder judiciário, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Campo Grande. DOMS nº 10.476, de 16.4.2021, p. 3-5, 2021.