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Resgate do cavalo Caramelo

Salvamento em meio à tragédia no Rio Grande do Sul


Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior tragédia natural de sua história, quando intensas enchentes devastaram a região, afetando 470 municípios e deixando um rastro de destruição. Com precipitações acima da média, a combinação de solo saturado e chuvas torrenciais resultou em inundações que surpreenderam a população e as autoridades. De acordo com dados do governo estadual, cerca de 170 pessoas perderam a vida, enquanto mais de 82.000 foram resgatadas em operações de emergência que mobilizaram esforços em várias frentes 1.

As consequências das enchentes foram devastadoras não apenas para os seres humanos, mas também para a fauna local. Aproximadamente 12.000 animais, incluindo gado, cães e gatos, perderam suas vidas, resultando em uma crise adicional para os proprietários, tutores e a sociedade. Os esforços de resgate para animais afetados mobilizaram uma rede de solidariedade entre médicos-veterinários, ONGs e voluntários, que trabalharam incansavelmente para salvar aqueles que conseguiram escapar das águas 1.

Além da perda de vidas e do sofrimento animal, a tragédia expôs a fragilidade das infraestruturas nas áreas afetadas. Estradas, pontes e casas foram destruídas, e muitas comunidades ficaram isoladas, dificultando a chegada de ajuda e a recuperação. Em resposta à calamidade, de todos os estados da nação, bombeiros, policiais, médicos, médicos-veterinários e voluntários das mais diversas áreas mobilizaram-se para atender às vítimas e auxiliar na recuperação das áreas afetadas. Essas equipes enfrentaram condições adversas, arriscando a vida para garantir a segurança e o bem-estar da população.

Dentro desse contexto de desespero e destruição, surgiram histórias de resiliência e esperança. Uma dessas narrativas emocionantes é o resgate de um cavalo caramelo, que se tornou símbolo de superação e força diante da adversidade. O cavalo, que havia sido separado de seu responsável pela enchente, foi encontrado por um grupo de voluntários que, após dias de buscas, conseguiu resgatá-lo em segurança. A história do cavalo caramelo não é apenas um relato de sobrevivência, é um reflexo do espírito humano em tempos de crise e da conexão profunda entre as pessoas e os animais.

Este artigo se dedica a contar essa narrativa, explorando os desafios enfrentados durante as enchentes e as lições aprendidas sobre a importância da preparação para desastres naturais. Além disso, discute a importância do apoio a iniciativas que promovem a proteção e o resgate de animais em situações de emergência.

 

Ajuda humanitária

Para conceituar o termo ajuda humanitária, podemos fazer uso das palavras do Manual de Campanha – Operações de Ajuda Humanitária, do Exército Brasileiro: “São um conjunto de atividades desenvolvidas pelo componente militar de um país, normalmente em ambiente conjunto e interagências, concebidas especificamente para aliviar o sofrimento humano em resposta a desastres provocados pelo homem ou não, em território nacional ou no exterior, tanto em tempo de paz relativa como em tempo de guerra 2.

Muitas vezes as ajudas humanitárias estão relacionadas a eventos climáticos extremos que acometem determinada região, fazendo com que as forças de segurança e de atividades de defesa civil locais não sejam suficientes para responder ao evento, sendo necessário o apoio de forças externas para que sejam preservadas ou restabelecidas as condições de segurança e de bem-estar dos habitantes da região afetada 2.

As operações de ajuda humanitária, em território nacional, devem estar em consonância com o que prescreve a Lei nº 12.608 3, de 10 de abril de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (CONPDEC) e o Decreto nº 10.593 4, de 10 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil e sobre o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Sistema Nacional de Informações sobre desastres.

Além disso, para que o efetivo do Corpo de Bombeiros de um estado seja enviado para o apoio humanitário em outro estado, deve haver um acordo entre os entes federativos, na figura dos chefes do poder executivo de cada estado, para que o auxílio se concretize e o efetivo coloque a operação em prática.

 

Autossuficiência

A autossuficiência é um conceito de extrema importância quando se fala em apoio humanitário e auxílio em grandes calamidades. 

A autossuficiência de uma equipe de bombeiros que atua em apoio a outro estado ou país refere-se à capacidade dessa equipe de operar de maneira independente e eficaz durante missões de auxílio. Essa capacidade é crucial para garantir que a equipe não sobrecarregue os recursos locais e possa oferecer um suporte significativo e eficiente nas operações de emergência. A autossuficiência envolve vários aspectos:

• Equipamentos e suprimentos: a equipe deve levar consigo todos os equipamentos e suprimentos necessários para a missão, incluindo equipamentos de proteção individual (EPIs), veículos especializados, embarcações, alimentos, água, combustível e itens médicos. Isso assegura que possam atuar imediatamente ao chegar ao local, sem depender de recursos externos.

Treinamento e especialização: os bombeiros devem estar bem treinados e preparados para lidar com a variedade de situações de emergência que possam encontrar. Por exemplo, no apoio ao Rio Grande do Sul, foi de grande importância contar no efetivo com militares especializados em salvamento aquático e atuação em enchentes, bem como com a equipe de médicos-veterinários.

• Comunicação e coordenação: é essencial que a equipe tenha sistemas de comunicação eficazes para manter contato com as autoridades locais, com outras equipes de socorro e com seus próprios centros de comando. A capacidade de se coordenar com outras unidades e de se adaptar a diferentes sistemas de comando e controle é fundamental para a integração eficiente nas operações conjuntas.

• Logística e sustentabilidade: a autossuficiência logística envolve a capacidade de planejar e gerenciar o transporte de pessoal e equipamentos, bem como a manutenção e reabastecimento durante a missão. Isso inclui a capacidade de estabelecer bases operacionais autônomas, como acampamentos temporários, e de realizar manutenção de equipamentos sem depender de infraestrutura local.

• Autonomia operacional: a equipe deve ser capaz de operar de forma autônoma por períodos prolongados, o que implica ter seus próprios meios para resolver problemas emergenciais que possam surgir, desde pequenos reparos de equipamentos até a gestão de necessidades médicas básicas para seus membros.

A autossuficiência é vital não apenas para a eficácia da equipe de bombeiros em suas tarefas de apoio, mas também para minimizar o impacto sobre os recursos locais, que podem já estar sobrecarregados. Ao ser autossuficiente, a equipe garante que seu papel de apoio realmente contribua positivamente para o esforço geral de combate e na resolução da emergência, em vez de se tornar um fardo adicional para as autoridades e comunidades locais.

A condição logística da Força Tarefa 1, da Missão Humanitária do CBPMESP, permitiu que todos tivessem em Porto Alegre plenas condições de iniciar as operações de forma independente e segura (Figuras 1 a 4).

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Figura 1 – Barracas de posto de comando e refeitório. Créditos: Tiago Franco

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Figura 2 – Interior da barraca de Posto de Comando. Créditos: Tiago Franco

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Figura 3 – Contêiner de Logística Operacional. Créditos: Tiago Franco

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Figura 4 – Da esquerda para a direita, o 1º tenente Flora, o major da PM Barufaldi e o capitão da PM Franco na entrada do alojamento. Créditos: Tiago Franco

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Foram levados para a missão:

• 1 contêiner com materiais diversos de salvamento;

• 1 caminhão (CA) com todo o material logístico para autossuficiência por 10 dias;

• 5 viaturas 4×4;

• 7 embarcações;

• 2 barracas grandes para montagem de Posto de Comando (PC) e base de alimentação;

• 35 barracas individuais;

• 35 camas de campanha;

• 35 sacos de dormir.

A estrutura foi amplamente elogiada pelo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), que por diversas vezes trouxe autoridades para conhecer as instalações do Corpo de Bombeiros Militar do do Estado de São Paulo (CBPMESP), visitadas pelo governador e pelo vice-governador do RS, por deputados e secretários do poder executivo.

Os bombeiros da equipe ficaram alojados no interior de uma sala na academia de bombeiros do CBMRS, bem como os materiais e equipamentos dos membros da equipe.

 

Planejamento do resgate do cavalo Caramelo

Todas as noites, após o atendimento das ocorrências, as equipes operacionais se reuniam no posto de comando para a reunião de término de período operacional, na qual se realizava a atualização das informações a respeito dos atendimentos realizados, o registro e a análise detalhada dos procedimentos e as histórias que marcaram o dia.

No quarto dia de operações (8 de maio de 2024) no Rio Grande do Sul, chegou ao conhecimento do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros de São Paulo a demanda de atendimento de um cavalo sobre um telhado no bairro de Mathias Velho na cidade de Canoas. As informações ainda eram desencontradas e imprecisas, sem nem ao menos uma localização aproximada do animal. Apesar da falta de maiores informações, as equipes de médicos-veterinários da RTA Brazil e os bombeiros decidiram iniciar buscas na região. Após algumas horas de trabalho, o fim daquela tarde se aproximou com a diminuição da iluminação natural e mau tempo, com forte chuva e muitos raios, o que obrigou as equipes a encerrarem a operação e saírem da água.

De regresso à base dos bombeiros, no momento da reunião daquela noite, fez-se novo planejamento e traçaram-se novas estratégias de busca, bem como planos para as diferentes técnicas de extração do animal em caso de resgate (Figura 5).

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Figura 5 – Cavalo Caramelo ilhado na enchente. Rede Globo

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Para o planejamento a equipe lançou mão do Plano de Atendimento de Emergência (PAE), um recorte dos “8 passos do primeiro respondedor”, em que foram considerados a situação atual da ocorrência, os objetivos da equipe, as estratégias para o alcance dos objetivos, a atribuição de funções e responsabilidades para os membros e, por fim, o contingente de efetivo, veículos, embarcações e materiais para compor as estratégias (DSA) 5.

 

Operação de resgate do cavalo Caramelo

Logo nas primeiras horas da manhã do dia 9 de maio de 2024, as equipes coordenadas pelo médico-veterinário Leonardo Castro da RTA Brazil e pelo capitão Franco entraram na água com 5 embarcações para realizar as buscas do paradeiro do animal que se encontrava no Bairro Matias Velho, na cidade de Canoas.

A busca se deu em uma situação extremamente complexa, uma vez que a navegação em águas advindas de enchente é muito perigosa pela constante presença de fios de postes, placas de trânsito e obstáculos submersos. Todos esses fatores dificultavam a busca ao animal, agravada ainda pela inexistência da localização exata, tornando necessária grande navegação e busca.

Após as equipes percorrerem 4,5 quilômetros em aproximadamente 2 horas, avistou-se uma laje com pessoas em cima. No primeiro momento, as equipes de resgate não avistavam o animal, porém, na medida em que se aproximaram do local, constataram que eram munícipes que da laje avistavam um cavalo em cima de um telhado. As equipes desembarcaram também naquela laje e ali estabeleceram um Posto de Comando Avançado para coordenação das ações (Figura 6). Com a visão completa do cenário e das condições do animal (Figura 7), foram delineados os planos e suas etapas para realização do resgate. Concluiu-se que a extração mais segura seria com o animal colocado dentro da balsa, sob efeito de anestesia total intravenosa.

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Figura 6 – Equipes do Corpo de Bombeiros de São Paulo e de médicos-veterinários no Posto de Comando Avançado em cima da laje em frente ao telhado onde se encontrava o cavalo Caramelo, momentos antes do inicio do resgate. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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Figura 7 – Visão geral do cenário e da condição do cavalo Caramelo momentos antes do resgate. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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Ficou estabelecido que se utilizariam 3 embarcações a remo para a primeira etapa do resgate. Uma levaria dois médicos-veterinários e um bombeiro, com a função de chegar até o telhado para a equipe desembarcar, realizar a aproximação e conter o equino. Uma segunda levaria exclusivamente os bombeiros para o apoio pós-contenção do animal, e que permaneceria a uma distância segura para não o assustar. A terceira seria uma embarcação extra com médicos-veterinários de prontidão, um pouco mais recuada, que levaria todo o material de resgate necessário para a ação. Foram designados dois bombeiros mergulhadores que se aproximariam do telhado a nado, na medida em que o animal fosse contido, que teriam a função de realizar mergulho emergencial, em caso de queda do cavalo na água. Uma equipe ficou responsável por confirmar e garantir a melhor via e caminho de extração até terra firme.

A primeira embarcação chegou cuidadosamente até o telhado e o primeiro médico-veterinário desembarcou munido de um cabresto. Em seguida e cuidadosamente, o outro médico-veterinário e o bombeiro também desembarcaram e aguardaram a contenção do animal (Figura 8). A aproximação foi bastante cautelosa, pois o telhado estava escorregadio e o animal, apesar de não sair de sua posição, demonstrava certo incômodo com toda a movimentação em sua direção. Os dois bombeiros mergulhadores se aproximaram pela água e permaneceram de prontidão, ao mesmo tempo em que a embarcação com os demais bombeiros se aproximou suavemente.

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Figura 8 – Aproximação cuidadosa do médico-veterinário junto ao cavalo Caramelo, para a colocação do cabresto com apoio na retaguarda de um bombeiro e de outro médico-veterinário. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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Assim que o médico-veterinário estabeleceu contato físico com o cavalo e colocou o cabresto, conseguindo contê-lo e acalmá-lo, o outro colega e mais 2 bombeiros também subiram no telhado para auxiliar a preparação do animal (Figura 9). Colocaram-se 3 flutuadores Life Belt, 1 na base da região cervical e 2 na região torácica na porção cranial próxima ao esterno.

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Figura 9 – Médicos-veterinários e bombeiros preparando o animal para sedação após contenção. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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Durante a avaliação clínica, constatou-se leve grau de desidratação, com tempo de preenchimento capilar de 3 segundos e mucosa oral ressecada. Estabeleceu-se o peso do cavalo e, em seguida, introduziu-se e fixou-se um cateter 14G. Realizou-se sedação com xilazina 10% (1mg/kg) por via intravenosa e após cerca de 6 minutos da aplicação da medicação pré-anestésica (MPA), realizou-se indução anestésica pela mesma via, com cetamina (2,2mg/kg) associada a diazepam (0,1mg/kg). O animal respondeu satisfatoriamente ao procedimento de indução, evoluindo gradativamente ao decúbito, sendo acomodado cuidadosamente no interior da balsa. Instituiu-se imediatamente a manutenção anestésica total intravenosa com éter gliceril guaiacol (EGG), com o dobro da dose de xilazina 10% e de cetamina, para manter o animal em plano anestésico adequado por todo deslocamento. Monitoraram-se os parâmetros clínicos do animal ao longo de todo percurso.

Os dois médicos-veterinários (Leonardo Castro e Bruno Neves) acompanharam o cavalo na embarcação, para manter o animal anestesiado e estável clinicamente. Dois bombeiros se encarregaram da “função leme” para direcionamento da balsa, que foi rebocada por uma embarcação motorizada (Figura 10).

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Figura 10 – Transporte em balsa rebocada por embarcação motorizada do cavalo Caramelo anestesiado, acompanhado por 2 médicos-veterinários e 2 bombeiros. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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A partir daquele momento, o objetivo era retornar até o viaduto principal do bairro de Mathias Velho, onde foi estabelecida a zona de segurança e o ponto de encontro para o desdobramento das próximas etapas. A extração do animal pelas embarcações ocorreu por outro caminho que não o percorrido durante as buscas iniciais, uma vez que a nova rota, apesar de mais longa (aproximadamente 7 quilômetros), apresentava menos obstáculos e curvas, o que daria mais celeridade ao processo.

Dentro do planejamento prévio havia sido estabelecido e coordenado que o animal seria encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), transportado após sair da água pelo caminhão do Regimento de Cavalaria da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. 

Ao chegar ao viaduto, a área já estava isolada e a balsa, com a equipe e o cavalo, foi colocada em uma carreta para barco, já acoplada a uma viatura do Corpo de Bombeiros de São Paulo. O conjunto foi levado até a rampa do caminhão da Cavalaria e com o auxílio de bombeiros e policiais, colocou-se o animal no interior do caminhão, sendo prontamente encaminhado ao Hospital Veterinário da ULBRA. 

A chegada ao hospital ocorreu em aproximadamente 15 minutos e o desembarque foi direcionado para a sala de recuperação anestésica, para a adoção dos cuidados intensivos necessários (Figura 11).

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Figura 11 – Cavalo Caramelo na sala de recuperação anestésica, recém-chegado ao Hospital Veterinário da ULBRA, sob cuidados intensivos pós-resgate. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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O atendimento do animal foi transferido para a equipe de médicos-veterinários da ULBRA, para a corrção da hipotermia e da desidratação, com reposição eletrolítica e vitamínica. Após aproximadamente 1 hora e 30 minutos dentro da sala de recuperação, o cavalo Caramelo adotou a posição quadrupedal de maneira estável, com boa condição clínica, ficando sob os cuidados da equipe do Hospital Veterinário da ULBRA (Figura 12).

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Figura 12 – Equipe do Corpo de Bombeiros de São Paulo e médicos-veterinários da RTA Brazil responsáveis pelo resgate do cavalo Caramelo. Créditos: Leonardo Maggio de Castro

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Considerações finais

O resgate técnico do cavalo Caramelo se tornou um grande exemplo da necessidade e da importância do trabalho integrado entre médicos-veterinários e o Corpo de Bombeiros. O atendimento especializado, técnico e multiprofissional promove maior segurança para todos os envolvidos e culmina em maior chance de sucesso nessas ações, sobretudo com animais de grande porte. 

Além disso, esse salvamento coroa todo um trabalho que acontece desde 2020 entre médicos-veterinários voluntários e o Corpo de Bombeiros de São Paulo, reforçando o quão importante é essa parceria e colaboração que vem, ano após ano, sendo aprimorada, tanto em treinamentos, quanto em ocorrências reais do cotidiano ou em situações de desastres e catástrofes. 

Desse modo, a doutrina do resgate técnico animal tem sido cada vez mais difundida e aplicada, preservando e garantindo o bem-estar de equídeos e ruminantes em situações de risco, aumentando significativamente a sobrevida desses animais.

 

Referências

1-AGÊNCIA MARINHA DE NOTÍCIAS. A tragédia em números: um balanço da tragédia no RS. Centro de Comunicação Social da Marinha. 2024. Disponível em: https://www.agencia.marinha.mil.br/cuidando-da-nossa-gente/tragedia-em-numeros-um-balanco-da-calamidade-no-rs#:~:text=Os%20n%C3%BAmeros%20retratam%20um%20cen%C3%A1rio,de%202.336%20milh%C3%B5es%20de%20afetados.

2-BRASIL. Manual de Campanha – Operações de Ajuda Humanitária. Ministério da Defesa. 1ª Edição. 2023. Disponível em: https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/12041/1/EB70-MC-10.236%20Opera%C3%A7%C3%B5es%20de%20Ajuda%20Humanit%C3%A1ria.pdf

3-BRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (CONPDEC). Brasília. 2012.

4-BRASIL. Decreto nº 10.593, de 10 de dezembro de 2020. Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil e sobre o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Sistema Nacional de Informações sobre desastres. Brasília. 2020.

5-DEPARTAMENTO DE SALVAMENTO AQUÁTICO (DSA). Manual de Referência de Salvamento Aquático. 1ª Edição. Edição Independente. São Paulo. 2020.