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Manejo do complexo respiratório felino em abrigos


Introdução

Os abrigos são locais em que os gatos estão mais predispostos às doenças infecciosas, em função da alta densidade, do estresse, de nutrição inadequada e de doenças sistêmicas ¹. Os gatos domésticos são predadores territorialistas e solitários ², e mantê-los em um abrigo gera estresse, principalmente em função da alta densidade animal 2,3, o que também dificulta a eliminação de doenças infecciosas 4. No entanto, as práticas de gestão e manejo podem reduzir substancialmente a frequência e a severidade das doenças 5. Cada abrigo tem uma estrutura física peculiar, e o manejo e a gestão diferem em cada caso, necessitando de protocolos personalizados para o desenvolvimento adequado das ações e a manutenção de bons níveis de bem-estar dos animais mantidos 4. 

Prevenir a transmissão de patógenos do complexo respiratório felino (CRF) em um abrigo é desafiador, devido aos sinais clínicos inespecíficos e à possibilidade de coinfecção 5,6. Doenças do trato respiratório superior (DTRS) são comuns em gatis, sendo as duas principais a herpesvirose felina tipo 1 (FHV) e a calicivirose felina (FCV). Entretanto, outros agentes menos comuns podem estar envolvidos nas DTRS, como o Mycoplasma sp, a Chlamydophila felis e a Bordetella bronchiseptica 1,5,7. 

O tratamento de DTRS em gatos de abrigos difere do proporcionado a animais que não vivem em situações de alto risco. Os gatos de abrigo são mais expostos a patógenos respiratórios, como a Bordetella bronchiseptica e a Chlamydophila felis, além de uma variedade de infecções bacterianas secundárias, em virtude da concentração dessas bactérias nesses ambientes. Em vez de tratar todos os gatos levemente afetados com sinais respiratórios com antibióticos, devem-se adotar medidas para reduzir o risco de infecções bacterianas secundárias 8.

Uma das medidas para o controle e a prevenção de enfermidades infecciosas é submeter todos os animais a testes de diagnóstico no momento da entrada no abrigo 5, mas isso nem sempre possível, devido às restrições orçamentárias e à falta de conscientização dos gestores.

 

Complexo respiratório felino

O complexo respiratório felino (CRF) refere-se à apresentação aguda característica de doença contagiosa respiratória ou ocular causada por um ou múltiplos patógenos. Pelo menos cinco patógenos têm sido implicados como agentes causadores de doença respiratória superior em felinos: calicivírus felino (FCV), herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) e espécies de Mycoplasma, Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica 7,9,10. O CRF raramente acomete gatos alojados individualmente dentro de casa, sendo um grande problema em abrigos de animais 11.

A apresentação clínica do CRF é semelhante em gatos filhotes e adultos, e os sinais clínicos variam de leves a muito graves. Os sinais mais comuns de CRF incluem secreção nasal serosa, mucoide ou mucopurulenta; espirros; conjuntivite e secreção ocular; ulcerações dos lábios, língua, gengivas ou plano nasal; salivação; tosse, febre, letargia e inapetência 6. As infecções bacterianas secundárias podem levar a complicações graves, incluindo infecções no trato respiratório inferior (pneumonia). As infecções virais secundárias simultâneas também são possíveis, especialmente em abrigos de animais. A presença de duas ou mais infecções pode complicar a doença clínica 12-14. Tanto a inespecificidade dos sinais clínicos como a possibilidade de coinfecção tornam a investigação clínica e o diagnóstico dificultosos 15-17.

A vacinação, comum para herpesvirose, calicivirose e Chlamydophila felis pode atenuar, mas não garante uma proteção completamente eficaz contra essas doenças, nem impede a excreção do vírus pelos animais já infectados 15-17. Todos esses agentes podem ser detectados em gatos clinicamente saudáveis na forma latente 18 ou persistente 19, ou como parte de infecções da flora normal 20-22.

 

Prevenção

Um programa eficaz de prevenção às doenças infecciosas em abrigos é mais eficiente, humanitário e barato, a longo prazo, do que o seu tratamento 6. Mas, devido à falta de conhecimento específico em medicina de abrigos tanto dos gestores quanto dos médicos-veterinários, bem como à falta de recursos humanos e de tempo, os protocolos preventivos não são aplicados corretamente 4.

 

Quarentena

A quarentena inicialmente foi empregada nos abrigos para controlar os surtos de raiva, na década de 1980 4. Contudo, verificou-se que manter os animais em observação por até 21 dias era eficiente para controlar as demais doenças infecciosas 5. No que se refere à admissão de novos animais no abrigo, a quarentena de no mínimo 10 dias é essencial para manter a segurança dos animais já abrigados. Estes devem ser avaliados por um médico-veterinário até 24 horas após a chegada, e vacinados e desverminados 23 na admissão.

Em relação à prevenção de DTRS, as gaiolas que ficam de frente uma para a outra devem ter pelo menos 1,5 m de distância entre si para evitar a transmissão de gotículas quando os gatos espirram 8. A figura 1 representa a quarentena de um abrigo de gatos em que ocorre um surto de CRF e onde não há espaço suficiente para alojar corretamente as gaiolas, de forma a cumprir a distância citada. 

 

Figura 1 – Quarentena de um abrigo de gatos onde não há espaço suficiente para alojar corretamente as gaiolas. Créditos: Rita de Cassia Maria Garcia

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Isolamento

O isolamento é um local dentro do abrigo destinado à manutenção dos animais que apresentam sinais clínicos de doenças infecciosas, cujo período de permanência nesse ambiente deve se estender até a cura da enfermidade. Embora os gatos possam continuar a eliminar o patógeno após o desaparecimento dos sinais clínicos (por períodos variáveis ​​e muitas vezes prolongados), eles devem ser removidos do isolamento quando totalmente recuperados, e passados para a quarentena 5. Após a quarentena, idealmente devem ser alojados em lares transitórios até a adoção. No Brasil, as ONGs não têm um local específico e nem recursos humanos e financeiros suficientes para manejar os animais doentes dentro do próprio abrigo, razão pela qual o isolamento se dá em clínicas ou hospitais veterinários parceiros. 

 

Vacinação 

As vacinas contra enfermidades respiratórias não previnem a infecção, a transmissão do agente ou os estados carreadores após a infecção 24. Em vez disso, são projetadas para diminuir a gravidade dos sinais clínicos da doença. 

O protocolo de vacinação em abrigos difere do utilizado em clínicas, uma vez que em abrigos é necessário manejar o coletivo, e não o indivíduo 4. Para parvovírus, calicivírus e herpesvírus felino tipo 1, recomenda-se a vacinação de filhotes (4-6 semanas de idade) utilizando vacina de vírus vivo modificado na entrada do animal no abrigo, e a repetição de doses a cada 2-3 semanas, até o animal completar 16-20 semanas de idade. Para adultos (16-20 semanas de idade), a primeira dose deve ser aplicada na entrada do animal no abrigo e repetida após 2-4 semanas, totalizando duas doses. O reforço deve ser anual. Esse protocolo deve ser realizado independentemente da saúde e da condição corporal de cada animal, incluindo aqueles com febre moderada, doenças ou lesões, gestantes ou lactantes 5,6,25,26-28.

Contra a Bordetella bronchiseptica, recomenda-se realizar a vacinação intranasal em todos os gatos 3 dias (72 horas) antes de deixar a quarentena – apenas em animais que não tenham apresentado nenhum tipo de sinal clínico durante esse período 22.

 

Redução do estresse 

Para diminuir a contaminação com agentes infecciosos, é fundamental reduzir o estresse e, consequentemente, a imunossupressão, principais responsáveis pelo reaparecimento de infecções por herpesvírus, entre outras 2,6. Os gatos conseguem se adaptar mais facilmente a abrigos que disponham de estratégias de enriquecimento ambiental (Figura 2), produzindo menos cortisol, o que indica menor nível de estresse 3. A redução do estresse também contribui para a adoção do animal, uma vez que os problemas comportamentais são as principais causas de abandono e rejeição por parte dos tutores 28,29

 

Figura 2 – Enriquecimento ambiental em um abrigo de gatos. Créditos: Rita de Cassia Maria Garcia

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Melhorar o isolamento acústico de latidos de cães e outros sons, dispor de janelas e outras fontes de luz natural, prover esconderijos e áreas elevadas acima do chão são fatores que contribuem para que os gatos se sintam mais seguros e reduzem significativamente o estresse nos abrigos 3. Os gatos têm o hábito de arranhar, caçar, mastigar, escalar, esconder-se e brincar, que devem ser supridos para aumentar o seu grau de bem-estar 2,30. Para melhorar o convívio entre gatos confinados em abrigo coletivo, recomenda-se manter uma caixa de areia para cada gato adulto, além de comedouros, bebedouros, arranhadores, brinquedos e esconderijos suficientes para todos os indivíduos 2.

No caso de abrigos que realizam o alojamento em gaiolas ou durante o período de quarentena, verificou-se que uma distância triangulada inferior a 60 cm entre a colocação da bandeja sanitária, o local de repouso e a área de alimentação afeta de forma adversa a ingestão de alimentos pelos gatos (Figura 3). Foi constatado que os gatos alojados em gaiolas com 1 m² de área útil sofrem significativamente menos estresse do que aqueles que dispõem apenas de 0,4 m² de espaço 26. ­

 

Figura 3 – Espaçamento mínimo recomendado entre a colocação da bandeja sanitária, o local de repouso e a área de alimentação

 

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Limpeza e desinfecção 

Práticas corretas de limpeza e desinfecção ajudam a reduzir a transmissão de doenças infecciosas tanto para os animais quanto para os seres humanos, e resultam num ambiente mais limpo e saudável 26. A higienização adequada é realizada em três etapas: remoção mecânica dos resíduos (recolhimento das fezes e troca da areia das caixas disponíveis) e uso de detergente emoliente, seguido de uso de desinfetante. Os protocolos de limpeza e desinfecção eficazes removem o agente infeccioso do ambiente 5,6, porém não há um detergente ou desinfetante ideal, e recomenda-se alternar os métodos de higienização para abranger maior quantidade de agentes no momento da limpeza 6.

A transmissão de agentes em abrigos ocorre principalmente de forma horizontal, direta ou indireta. A transmissão horizontal direta ocorre de um animal infectado para outro, enquanto a indireta depende de fômites ou do ar 5. As mãos, os sapatos e as roupas dos funcionários e visitantes podem servir de fômites pelos seres humanos 5,6.

 

Manejo terapêutico 

A eliminação de infecções do trato respiratório superior em gatos de abrigo é dificultada devido à alta infectividade dos agentes e à facilidade de transmissão, pela incapacidade de a vacinação prevenir a infecção e pela suscetibilidade dos gatos à reinfecção. As práticas de gestão podem reduzir a frequência e a gravidade da doença 8.

O manejo terapêutico recomendado com o objetivo de reduzir a carga patogênica do ambiente e dos animais inclui a separação dos animais sintomáticos em área de isolamento e a avaliação da necessidade de antibioticoterapia para combater a infecção conjunta de Bordetella bronchiseptica e Mycoplasma haemofelis e infecções secundárias. Os derivados das tetraciclinas são os antibióticos utilizados com maior frequência em gatos. A doxiciclina é o fármaco de eleição, por ter menos efeitos colaterais que as demais tetraciclinas nessa espécie 31,32,33 e pelo baixo custo de mercado, o que reduz o valor do tratamento.

A ingestão de alimentos é extremamente importante para a recuperação da saúde. Muitos gatos deixarão de comer por causa da perda olfativa ou de úlceras orais. Os alimentos devem ser altamente palatáveis e podem ser misturados e aquecidos para aumentar o sabor 34. Podem-se usar estimulantes do apetite (por exemplo, ciproeptadina). Deve-se realizar limpeza com solução fisiológica em gatos que apresentem corrimento nasal. Pode-se usar nebulização com soro fisiológico para combater a desidratação das vias aéreas (Figura 4). Os gatos em estado grave devem ser levados para clínicas ou hospitais veterinários, uma vez que a maioria dos abrigos brasileiros não dispõe de local para tratamentos intensivos. É importante ressaltar que os animais tratados e recuperados da infecção podem tornar-se portadores assintomáticos por tempo indeterminando, e até por toda a vida 32

 

Figura 4 – Nebulização como parte do manejo terapêutico do complexo respiratório felino. Créditos: Lorena Teles de Santana

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Considerações finais 

Os gatos alojados em abrigos são mais suscetíveis a infecções por diversos agentes patogênicos. Dentre eles, os agentes do CRF são de difícil controle e diagnóstico. As DTRS são comuns em gatis, e o tratamento de gatos de abrigo difere do tratamento individualizado de animais que têm tutor.

As medidas de prevenção são mais eficazes e baratas para os abrigos do que o tratamento medicamentoso posterior à infecção. A realização correta dos protocolos de quarentena, isolamento e vacinação tem sido efetiva para o controle da doença nos ambientes coletivos. Além disso, a redução do estresse e o aumento do grau de bem-estar também estão diretamente relacionadas à ocorrência da doença.

 

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