A grande quantidade de animais abandonados nas ruas ou recolhidos em abrigos tem como principal causa o abandono 1 e a falta de políticas públicas direcionadas ao manejo populacional de cães e gatos 2. A falta de conhecimento dos tutores sobre o comportamento animal e sobre a guarda responsável contribuem para a contínua ocorrência do abandono de animais 3.
Algumas das estratégias utilizadas para reduzir o número de cães e gatos nas ruas são o recolhimento seletivo, a reabilitação e a reintrodução desses animais na sociedade por meio da adoção 2. Entretanto, para essa abordagem ser efetiva, é necessário que os abrigos tenham políticas internas e programas preventivos bem definidos para a promoção do bem-estar animal.
Abrigos de cães e de gatos podem ser definidos como um local que reúne um grupo de animais, visando atender as necessidades fisiológicas, sensoriais, físicas, ambientais, comportamentais, sociais, psicológicas e cognitivas 4. Podem ser locais públicos ligados às secretarias de Saúde ou de Meio Ambiente (canis, gatis, centros de controle de zoonoses, unidades de vigilância em zoonoses, etc.), locais privados (primeiro setor ou de pessoa física) e locais do terceiro setor (Organizações Não Governamentais).
Segundo o CRMV-PR, 20165, os abrigos têm três objetivos principais: ser um refúgio seguro para os animais no âmbito de uma política de captura altamente seletiva; funcionar como local de passagem, buscando a recolocação desses animais em lares definitivos; e ser um núcleo de referência em programas de cuidado, controle e bem-estar animal.
É importante citar que ONGs e órgãos de saúde pública apresentam missões diferentes. As primeiras objetivam a proteção dos animais e o seu encaminhamento para lares responsáveis; e os demais visam primariamente a proteção da saúde humana, em decorrência das zoonoses e de outros riscos, como os relativos a acidentes no trânsito. Apesar dos diferentes objetivos, e do fato dos animais poderem permanecer um longo período nos abrigos, ambas as instituições devem garantir segurança, elaborar programas de prevenção de doenças 4 e políticas de bem-estar baseadas em boa alimentação, saúde, moradia confortável e condições que permitam o comportamento natural da espécie 1. Tanto a falta de cuidados durante a manutenção dos animais como a não aplicação dos preceitos de medicina de abrigos podem resultar em maus-tratos aos animais, levando o responsável pelo abrigo, o responsável técnico e a equipe veterinária a serem denunciados. Logo, o conhecimento sobre como gerir adequadamente um abrigo de animais deve ser um dos primeiros passos a ser alcançados pelos responsáveis do local.
Em consequência do elevado número de animais nas ruas e das baixas taxas de adoção, os animais podem permanecer longos períodos no interior dos abrigos. Independentemente do tempo de permanência do animal e da missão do órgão, é sua função ser um local seguro, com programas de prevenção de doenças e promoção do bem-estar animal 4, políticas de bem-estar baseadas em boa alimentação e saúde, moradia confortável e condições que permitam o comportamento natural da espécie 1.
Um dos objetivos dos abrigos é o alojamento temporário, com garantia de que os animais – saudáveis e que não representem riscos para a saúde humana – encontrem novos lares 6. Esse processo de reintrodução na sociedade pode ser influenciado por diversos fatores, sendo o comportamento do animal, a sua socialização 7 e os protocolos sanitários dentro do abrigo 8 alguns dos mais importantes. O aumento na taxa de adoção está diretamente relacionado com a melhora do bem-estar dos animais no abrigo 1.
O elevado nível de estresse dos animais em abrigos é decorrente da forma de confinamento e da existência de problemas, como, por exemplo, a separação social, o ruído excessivo devido aos latidos de outros cães abrigados e a necessidade de contenção física. Esses e outros fatores, ao serem associados com a experiência de vida do animal recém-abrigado, podem culminar com o desenvolvimento de padrões comportamentais anormais, que podem ser repetitivos ativos (com ritmo repetitivo em uma rota fixa) ou compulsivos (automutilação, lambedura de cercas ou do chão) 1,9,10, influenciando negativamente as taxas de adoção e aumentando o tempo de permanência dos animais nos abrigos.
A falta de programas preventivos de saúde baseados na medicina de abrigos – como a quarentena, a adequada limpeza e desinfecção das instalações, a vacinação e a desverminação na entrada dos animais – pode resultar na ocorrência de surtos de doenças, mortes desnecessárias, altas taxas de eutanásia e aumento dos custos de manutenção 1. O reconhecimento da importância de boas práticas e políticas para o adequado manejo dos animais nos abrigos é evidenciado nas publicações já existentes para orientar os médicos-veterinários e outros profissionais. Assim, atualmente é possível obter informações sobre: design de instalações, saneamento, programas preventivos de saúde, manejo sanitário, alojamento, comportamento, adoção e bem-estar animal, entre outros 1,5,8,10.
Uma importante ferramenta utilizada na avaliação do bem-estar de cães em abrigos 1, o protocolo Shelter Quality (Qualidade do Abrigo), se baseia em quatro princípios: alimentação, conforto, saúde e comportamento. A avaliação é feita em três níveis: abrigo, canil e indivíduo, e inclui procedimentos de gerenciamento (relativos às práticas e ao manejo) e verificação das condições do ambiente de alojamento (referentes às instalações do abrigo) e dos resultados diretos no bem-estar dos animais (com base no seu estado). Esse protocolo possibilita a identificação de áreas que precisam de intervenção, por meio de um diagnóstico situacional que visa a correção dos problemas existentes que afetam negativamente o bem-estar dos animais e, consequentemente, as taxas de adoção.
Avaliação do abrigo
A avaliação dos procedimentos de gerenciamento do abrigo é feita com um responsável pelo local que saiba informar sobre a rotina dos animais. Os questionamentos contribuem para a detecção de falências nas práticas e políticas internas que afetam o bem-estar dos animais abrigados de forma geral. As informações requeridas se referem à alimentação, à rotina de exercícios, ao número de animais por canil e à planta do abrigo (projeto arquitetônico) (Figura 1), com a finalidade de determinar a ocorrência de isolamento social devido ao alojamento ser individual, a possibilidade de expressar comportamentos normais da espécie e as falhas nos protocolos nutricionais.
Abrigo: | Dia: | Avaliador: | |
Informações gerais | |||
Dia da avaliação: | Identificação do abrigo: | ||
N° de cães no abrigo no dia da visita: | N° de cães hospitalizados no dia da visita: | ||
Temperatura no dia da visita (°C): | Umidade (%): | ||
Tipo de canis | |||
N° de canis individuais: | N° de canis pares: | N° de canis em grupos (< 5): | |
N° de canis em grupos (> 5): | N° total de canis: | ||
Exercício | |||
Os cães são deixados em uma área cercada ao ar livre | |||
( ) Diariamente (30 minutos ou mais) | ( ) Semanalmente | ( ) Não/ Não regularmente | |
Os cães passeiam com coleira, acompanhados por voluntários do abrigo | |||
( ) Diariamente | ( ) Semanalmente | ( ) Não/ Não regularmente | |
Cirurgias / Controle da dor | |||
Possui canis hospitalares ? | ( ) sim | ( ) não | |
Possui local para monitoramento pós-cirúrgico ? | ( ) sim | ( ) não | |
Possui protocolo de analgesia ? | ( ) sim | ( ) não | |
Mortalidade | |||
Nº de eutanásias (por problemas de saúde): | |||
N° de óbitos (exceto casos de eutanásia): | |||
População média de cães no abrigo: | |||
Morbidade | |||
Despesas com tratamentos clínicos (nos últimos 12 meses): | |||
Alimentação | |||
Tipo de dieta | ( ) ração seca | ( ) comida cozida | ( ) ração úmida/enlatada |
Regime alimentar | ( ) uma vez ao dia | ( ) duas vezes ao dia | ( ) à vontade |
Dieta especial para cães | ( ) sim | ( ) não | |
Dieta especial para animais hospitalizados | ( ) sim | ( ) não | |
Dieta especial para animais senis | ( ) sim | ( ) não | |
Anotações
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Horário do início da avaliação: | Horário do término da avaliação: | ||
Esboço da disposição do abrigo
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Figura 1 – Dados sobre a gestão do abrigo de cães. Adaptado 1
Os registros em relação à saúde dos animais (controle da dor, morbidade e mortalidade) (Figura 1) não se referem a uma descrição detalhada da ocorrência de doenças ou à implementação de programas preventivos. Porém, altas taxas de mortalidade e um alto investimento na saúde dos animais em consequência da apresentação de quadros clínicos de doenças (critério que avalia a morbidade) refletem falências no gerenciamento de programas de saúde dos animais. Um programa de saúde adequado deve incluir a avaliação clínica dos animais na entrada e, de forma rotineira, quarentena e isolamento na entrada e diante de suspeita de doenças infecto-contagiosas, elaboração de programas de vacinação e desverminação na entrada do animal, entre outros 8.
Avaliação do canil
Os canis podem ser avaliados quanto aos recursos disponíveis para os animais alojados, observando-se: espaço disponível por animal; presença de área interna e externa; cama para descanso, analisando-se o material, a limpeza e o conforto que promove; fornecimento de água, observando tipos de recipientes e a acessibilidade, disposição e limpeza dos be bedouros e a frequência da distribuição de água (Figura 2); conforto térmico dos animais, avaliado pela presença de animais ofegantes, de boca aberta, com tremores ou amontoados uns sobre os outros (Figura 3). Também inclui as medidas de saúde do animal por meio da avaliação quanto à presença de dor e diarreia. Animais com dor podem apresentar depressão e não responder a estímulos 8. A avaliação deve incluir dados sobre a presença de materiais como arames, ferros pontiagudos ou objetos semelhantes que coloquem em risco a segurança dos animais.
Abrigo | Dia | |
Avaliador: | ||
ID do canil | ||
Comprimento | ||
Largura | ||
N° de cães < 20 kg | ||
N° de cães > 20 kg | ||
Habitação | ||
Área interior | ( ) sim | ( ) não |
Área externa | ( ) sim | ( ) não |
Tipo de cama | ||
( ) abrigo | ( ) cesta | ( ) outros |
Cama | ||
( ) adequada | ( ) adequada | ( ) ausente |
Arestas afiadas | ( ) sim | ( ) não |
Fornecimento de água | ||
Tipo de bebedouro | ||
( ) pote | ( ) automático | ( ) outros |
Trabalhoso | ( ) sim | ( ) não |
Seguro | ( ) sim | ( ) não |
Água limpa | ( ) sim | ( ) não |
Figura 2 – Lista para verificação de recursos disponíveis por canil para a avaliação do abrigo e do bem-estar dos cães. Adaptado1
Abrigo: | Dia: | |
Avaliador: | ||
ID do canil | ||
N° de animais por canil | ||
N° de animais ofegantes | ||
N° de animais c/ tremores | ||
N° de animais latindo | ||
Comportamento do cão ao final da avaliação de cada canil | ||
Atividade repetitiva | ( ) sim | ( ) não |
Figura 3 – Observações comportamentais por canil para a avaliação do bem-estar de cães em abrigos. Adaptado1
Alterações comportamentais podem indicar altos níveis de estresse dos animais, dificuldades na adaptação ao confinamento e mal-estar 1,8. A avaliação deve incluir informações sobre o nível de latidos e a presença de comportamentos anormais repetitivos ativos, compulsivos e outros, que podem indicar problemas relativos ao tamanho dos canis, ao fornecimento de contato social com outros cães e com as pessoas e aos protocolos de enriquecimento ambiental 1 (Figura 3).
Avaliação individual
Alguns autores recomendam que seja feita a avaliação individual de no máximo 3 cães por canil e de no máximo 20 canis por abrigo, ou seja, no máximo 60 animais em cada abrigo avaliados individualmente 1. Devem ser selecionados apenas animais com mais de seis meses de idade e com tempo superior a dois meses de estada no abrigo, para padronizar a avaliação.
Os cães são examinados quanto à faixa etária, à reação diante de uma pessoa desconhecida (sinais de medo ou agressão) e à saúde (por meio de sinais de escore corporal, das condições da pele, de claudicação e de tosse) (Figura 4). A reação do animal em relação a uma pessoa desconhecida (sinais de medo ou agressão) é avaliada em dois diferentes testes, cada um por 30 segundos.
Abrigo: | Dia: |
Avaliador: | |
ID canil | ID animal |
N° de animais/canil | |
Faixa etária | ( ) jovem |
( ) adulto | ( ) idoso |
Reação aos seres humanos | |
Medo/ agressão | |
0 – sem sinais | 1 – apenas medo |
2 – defensivo/agressivo | 3 – ofensinvo/agressivo |
Avaliação de saúde | |
Condição corporal | ( ) adequado |
( ) magro | ( ) obeso |
Figura 4 – Avaliação individual relativa ao bem-estar de cães. Adaptado1
No primeiro, a pessoa fica de pé e ignora o cão, e no segundo, a pessoa fica agachada e fala gentilmente com o cão. Os sinais clínicos podem ser observados sem a necessidade de contenção do animal. Quando for possível, deve-se escolher um animal localizado na frente, um no meio e outro na parte traseira do recinto. O número de cães amostrados será selecionado de acordo com o número total de animais alojados.
Considerações finais
A medicina veterinária de abrigos surgiu para atender à necessidade dos animais alojados, visando aumentar as taxas de adoção e diminuir o tempo de permanência nos canis. Todos os órgãos e instituições que fazem a manutenção de animais devem considerar a medicina de abrigos como um importante guia para a promoção de uma boa qualidade de vida aos animais, sendo a aplicação do Shelter Quality uma importante ferramenta para o diagnóstico de bem-estar de cães alojados nestes espaços. A elaboração e a aplicação de um protocolo que vise o conhecimento do grau de bem-estar de gatos em situação de alojamento em grupos também deve ser realizada, visto que esta espécie tem diferentes necessidades da canina.
Os médicos-veterinários que atuam em abrigos de vem ser capacitados nessa área e ter conhecimento aprofundado nas áreas de medicina preventiva, doenças infecciosas, epidemiologia, saúde pública e clínica médica 4.
Atualmente, no Brasil, a medicina veterinária do coletivo, disciplina que interliga três áreas – saúde coletiva, medicina veterinária legal e medicina de abrigos –, está em expansão nos cursos de medicina veterinária, capacitando profissionais para atuarem na área. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) possui programa de residência específico para medicina veterinária do coletivo (inscrições para o processo seletivo 2018/2019: www.nc.ufpr.br).
Um dos documentos mais importantes de orientação para a medicina de abrigos, Guidelines of Association of Shelter Medicine Veterinarians Association 8, em breve terá uma versão em português, a ser lançada pelo Instituto PremierPet. Também o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Paraná (CRMV/PR) lançou em 2016 o Guia técnico para a construção e manutenção de abrigos e canis, que servirá como base para as fiscalizações nesse tipo de estabelecimento (www.crmvpr.org.br).
Em 23 e 24 de maio de 2019 acontecerá a X Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo em João Pessoa, Paraíba, na Universidade Federal da Paraíba (www.itecbr.org). O prazo para a submissão de trabalhos é 30/11/2018.
Neste ano, em setembro, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba organiza a Pré-conferência de MVC (http://crmvpb.org.br). Outros três cursos de Medicina Veterinária do Coletivo e de Formação de Oficiais de Controle Animal (Foca) acontecem este ano em Araucária, PR (18 a 21/9/2018), Belo Horizonte, MG (6 a 9/11/2018) e Fortaleza, CE (11-14/12/2018). Maiores informações pelo site www.itecbr.org.
Referências sugeridas
01-BARNARD, S. ; PEDERNERA, C. ; VELARDE, A. ; DALLA VILLA, P. Shelter quality – welfare assessment protocol for shelter dogs. Teramo: Instituto Zooprofilattico Sperimentale dell’Abruzzo e del Molise ‘G. Carporale”, 2014. ISBN: 978-8890869167.
02-GARCIA, R. C. M. ; CALDERÓN, N. ; FERREIRA, F. Consolidação das diretrizes internacionais de manejo de populações caninas em áreas urbanas e propostas de indicadores para seu gerenciamento. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 32, n. 2, p. 140-144, 2012.
03-HETTS, S. ; HEINKE, M. L. ; ESTEP, D. Q. Behavior wellness concepts for general veterinary practice. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 225, n. 4, p. 506-513, 2004. doi: 10.2460/javma.2004.225.506.
04-SOUZA, M. F. A. ; GARCIA, R. ; CALDERÓN, N. ; MACGREGOR, E. Bem-estar animal em abrigos de cães e gatos. Rio de Janeiro: Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, 2010. 19 p. Disponível em: < h t t p : / / w w w. a g r a r i a s . u f p r . b r / p o r t a l / m v c / w p -content/uploads/sites/32/2018/06/BEM-ESTAR-EM-ABRIGOSFNPDA-2.pdf>. Acesso em 17 de junho de 2018.
05-CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DO PARANÁ. Guia técnico para construção e manutenção de abrigos e canis. Curitiba: CRMV-PR, 2016. 35 p. Disponível em < http://www.agrarias.ufpr.br/portal/mvc/wp-content/uploads/sites/32/2018/07/Guia-Tecnico-para-Construcao-e-Manutencao-de-Abrigos-e-Canis-CRMV-PR.pdf>. Acesso em 30 de junho de 2018.
06-SMEAK, D. D. Teaching veterinary students using shelter animals. Journal of Veterinary Medical Education, v. 35, n. 1, p. 26-30, 2008. doi: 10.3138/jvme.35.1.026.
07-WELLS, D. L. ; HEPPER, P. G. The influence of environmental change on the behaviour of sheltered dogs. Applied Animal Behaviour Science, v. 68, n. 2, p. 151-162, 2000. doi: 10.1016/S0168-1591(00)00100-3.
08-NEWBURY S. ; BLINN, M. K. ; BUSHBY, P. A. ; COX, C. B. ; DINNAGE, J. D. ; GRIFFIN, B. ; HURLEY, K. F. ; ISAZA, N. ; JONES, W. ; MILLER, L. ; O’QUIN, J. ; PATRONEK, G. J. ; SMITH-BLACKMORE, M. ; SPINDEL, M. Guidelines for standards of care in animal shelters. The Association of Shelter Veterinarians, 2010. 67 p. Disponível em <https://www.sheltervet.org/assets/docs/shelter-standards-oct2011-wforward.pdf>. Acesso em 17/6/2018.
09-BARRERA, G. ; JAKOVCEVIC, A. ; BENTOSELA, M. Calidad de vida en perros alojados en refugios: intervenciones para mejorar su bienestar. Suma Psicológica, v. 15, n. 2, p. 337-354, 2008. ISSN: 0121-4381.
10-MILLER, L. ; ZAWISTOWSKI, S. Shelter medicine for veterinarians and staff. 1. ed. Iowa: Blackwell Publishing, 2004. 546 p. ISBN: 978-0813824482.