No último artigo, “Gestor educador”, destacamos que os gestores e empreendedores selecionam seus profissionais a partir de vários fatores, como requisitos técnicos, qualificações comportamentais (liderança, comunicação, relacionamento, humildade, disciplina, determinação, perseverança, organização etc.) e que levam em conta também vários aspectos espirituais (como virtudes, força interna, propósito de vida, ética, inspirações, criatividade, otimismo, atividades ambientais, sociais e humanitárias, entre outros).

Neste artigo, reforçamos a sugestão de que gestores e empreendedores, na formação de seus profissionais, busquem dar maior ênfase aos aspectos comportamentais e espirituais. Eles contribuem muito para tornar os profissionais mais bem preparados e aptos a entregarem seu trabalho em níveis mais elevados.

Quando refletimos com maior profundidade nas questões de formação, principalmente nos quesitos comportamentais e espirituais, vemos o quanto eles dependem das atitudes e comportamentos efetivamente colocados em prática, e que se manifestam como condutas virtuosas. É nessas condutas que se apoia o desenvolvimento do “caráter” (isto é, o objetivo mais amplo de nos tornarmos pessoas melhores).

Um dos melhores exemplos disso é a prática de sentimentos apoiados na humildade, que levam as pessoas a expandirem possibilidades e oportunidades – ao contrário da arrogância, que gera inevitavelmente limitações. É fácil perceber na prática que a compaixão e o amor aproximam as pessoas, enquanto o rancor e as mágoas criam conflitos e as afastam.

Portanto, estar atento e tomar a decisão de praticar uma liderança voltada a formar, educar, promover, oportunizar e delegar é o que direciona a gestão a colher os melhores frutos. Por isso é essencial evitar assumir a posição de um chefe cuja equipe apenas aguarda o comando dele para cumprir ordens, o que normalmente cria um clima marcado por insatisfações e pela ausência de harmonia. 

No dia a dia, em cada situação enfrentada no ambiente de trabalho, é fundamental perceber o valor da prática efetiva da gratidão. Ela deve poder expressar-se em relação a tudo, mas principalmente no que se refere à dor e às eventuais dificuldades, pois nos permite sair delas de maneira mais fluente e natural. Além disso, quando se busca promover uma comunicação aberta, com compaixão e clareza das necessidades de todos os envolvidos nos relacionamentos, abre-se um caminho positivo e desimpedido. É esse o caminho que nos permite superar as dificuldades criadas por sentimentos que nos inclinem a criticar e a julgar os outros, e que criam ambientes nos quais muito da energia é gasta buscando solucionar conflitos, quando poderia ser mais bem aplicada diretamente em desenvolver o empreendimento e cuidar do bem-estar de todos.

A adoção do enfoque e das práticas marcadas pela gratidão favorece o desenvolvimento do caráter. Mas não é algo fácil e que aconteça de uma hora para outra, e sim o fruto de muita atenção e esforço, exigindo disciplina, ordem, determinação e perseverança. 

Ao longo do tempo, essas práticas de conduta nos permitem ser pessoas melhores, relevantes para o momento atual de mudanças vibracionais do planeta, pois são práticas que diante de todos os desafios enfrentados nos permitem uma harmonização com as potentes energias vibracionais que estão sempre presentes e à espera de nossa conexão com elas. É essa a chave simples e quase evidente que nos leva a alcançar realizações em nossa vida de forma produtiva e com alegrias.