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Gestão espiritualista

Causas e efeitos – sintomas da vida

Quanto atraímos os sintomas que manifestamos?

Matéria escrita por:

Celso Morishita

13 de nov de 2023

Podemos avaliar nossa saúde, nossos relacionamentos e nossa prosperidade, identificando quais são os sintomas que se manifestam, e analisando o quanto podemos modificar nossas condutas para causarmos efeitos positivos em nossas vidas. Créditos: arnd oetting Podemos avaliar nossa saúde, nossos relacionamentos e nossa prosperidade, identificando quais são os sintomas que se manifestam, e analisando o quanto podemos modificar nossas condutas para causarmos efeitos positivos em nossas vidas. Créditos: arnd oetting

Este artigo é um convite a uma grande reflexão sobre o momento que vivemos e principalmente sobre nossa vida nos aspectos de saúde, harmonia e prosperidade.

O primeiro ponto dessa reflexão é fazer um exame dos nossos “sintomas”. Tanto quem tem boa saúde como quem enfrenta problemas nessa área percebe os sintomas disso no corpo físico e/ou no mental, e constata ou que tem corpo e mente sadios ou que sofre com dores, disfunções e anomalias.

Podemos igualmente avaliar nossa harmonia pelos sintomas, sejam relacionamentos gratificantes ou, ao contrário, conflitos, brigas, desentendimentos.

O mesmo vale para o nível de prosperidade, também manifestado por sintomas dos nossos resultados profissionais, sejam eles sucesso e realizações, sejam problemas com dívidas, má gestão, negociações malsucedidas, falta de oportunidades de trabalho, insatisfação profissional, etc. 

Nem sempre é fácil identificar as causas desses sintomas, mas, depois de examinar os nossos nessas áreas, temos uma segunda reflexão importante, principalmente quando eles são desagradáveis. Qual a origem desses sintomas? O que acontece comigo? Sou vítima das circunstâncias da vida ou de alguma forma sou o causador disso?

Num primeiro momento, é natural e mais confortável achar que somos vítimas das circunstâncias, e que, portanto, a culpa não é nossa, mas dos outros. Apontamos os culpados e reforçamos isso com julgamentos, críticas, reclamações e ressentimentos, como se precisássemos justificar a razão do nosso sofrimento para obter algum conforto. Infelizmente, é um conforto ilusório, e seguir nessa linha apenas gera mais sintomas de dor e sofrimento e prolonga a situação por mais tempo.

Se buscarmos compreender as causas, pode surgir a dúvida – muito bem-vinda, inclusive –, e é quando nos questionamos: será que não sou eu o causador desses sintomas? Isso porque percebemos que, quando não nos vemos capazes de mudar o que está fora, acabamos voltando os olhos para nós mesmos e tentamos mudar aquilo que está ao nosso alcance.

É importante ressaltar que assumir e aceitar que sejamos os causadores dos nossos sintomas exige uma reflexão mais aprofundada, que começa justamente com esse olhar para dentro. Como será que estou causando esses sintomas? Será possível que eu mesmo gere doenças no meu corpo físico e mental? Será que são só os outros que provocam discussões, agressões, desentendimentos e intrigas? Será que, em vez de vítima, não sou eu o causador disso? Não sou eu que crio dificuldades no meu trabalho, nos meus negócios e empreendimentos?

Compreender esses mecanismos fica mais fácil ao considerar duas leis universais, imutáveis e às quais estamos todos sujeitos: a Lei de Causa e Efeito e a Lei da Atração.

Já se falou bastante a respeito das duas, mas elas nem sempre são bem compreendidas. A Lei da Causa e Efeito determina que, quando você gera uma ação (causa), ela traz de volta um efeito ou compensação daquilo que foi gerado, seja bom ou ruim. Mas não só isso: essas consequências transcendem nosso tempo e espaço, e muitas vezes estão conectadas a causas geradas por nossos ancestrais, tanto nos aspectos positivos (méritos) como nos negativos (carma), e foram herdadas por nós, seus descendentes. No mecanismo da Lei da Causa e Efeito, nossos méritos e os dos nossos ancestrais são as coisas virtuosas realizadas, principalmente quando fizemos o bem a alguém. Já os carmas referem-se a práticas e ações maldosas contra os demais.

As virtudes ou os carmas também têm a ver com a maneira como foram tratados os animais e a natureza, pois tudo está conectado. Se herdamos méritos, tudo corre bem na saúde, na harmonia e/ou na prosperidade, mas, se herdamos carmas, surgem sintomas negativos nessas áreas.

A outra é a Lei da Atração, e ela potencializa os sintomas, tanto os de realização e satisfação quanto os de dores e dificuldades. Em resumo, atraímos aquilo que estamos sentindo.

Como vemos, nossa vida é feita de escolhas, e são elas que moldam nosso destino. Portanto, aprimorar nossa personalidade e caráter com condutas de humildade, amor altruísta, gratidão, compaixão, aceitação e perdão nos faz perceber melhor até que ponto somos os próprios causadores dos nossos sintomas, pois, com a prática dessas condutas, nos tornamos seres humanos melhores a cada dia, com sintomas de boa saúde, harmonia e prosperidade. E o inverso confirma essas duas leis: quem se coloca como vítima das circunstâncias e manifesta o tempo todo sua insatisfação colhe apenas mais insatisfação e constrói um abismo de dificuldades e sintomas desagradáveis.

Mesmo por meio da complexidade, a vida transparece sua simplicidade. Refletir e estar atento aos sintomas e assumir responsabilidade pelo que o destino nos traz nos leva a escolhas voltadas a desenvolver nossa personalidade e nosso caráter – e com isso nos tornamos pessoas melhores a cada dia.