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Gestão espiritualista

Carma e darma

Matéria escrita por:

Celso Morishita

27 de maio de 2021

Nossas escolhas nos conduzem ao carma ou ao darma, a ficar apegados a sentimentos e paixões negativos ou então a praticar as qualidades mais nobres, gerindo melhor a vida pessoal, os negócios e os contatos com clientes, fornecedores, colegas e funcionários. Créditos: Markus Schmidt-Karaca Nossas escolhas nos conduzem ao carma ou ao darma, a ficar apegados a sentimentos e paixões negativos ou então a praticar as qualidades mais nobres, gerindo melhor a vida pessoal, os negócios e os contatos com clientes, fornecedores, colegas e funcionários. Créditos: Markus Schmidt-Karaca

Em muitas situações da vida, especialmente em tempos tensos como os atuais, a depressão, a tristeza e o sofrimento ficam à espreita e podem se instalar em nós quando encontram uma brecha. Por serem inevitáveis, resta-nos decidir o que fazer com eles, isto é, como encará-los a fim de poder superá-los.

Essa é uma das maiores e mais antigas batalhas da humanidade. Como lidar com o sofrimento? Como eliminar o sentimento negativo que as adversidades da vida deixam em nós?

Antes de tudo, é preciso desprender-se desses sentimentos negativos, lutar contra os sentimentos de culpa e evitar sentir-se vítima do destino, dos outros ou das circunstâncias da vida. Para sair desse labirinto, precisamos enxergar as coisas por um prisma mais amplo e mais elevado.

Aqueles que adotam uma postura mais espiritualizada podem encarar a depressão, a tristeza e o sofrimento como um processo de “limpeza de carma”. Muitos têm fé que ao final desse processo de limpeza serão agraciados com um destino melhor. Por isso, diante das adversidades, agradecem a oportunidade de realizar essa “limpeza”.

Para pessoas com essa compreensão espiritual, a morte e outras circunstâncias adversas não são meros infortúnios, e o que essas situações nos pedem é uma escolha: ficar atolado no sofrimento ou, por paradoxal que pareça, encará-lo como um caminho para a felicidade, que permitirá, com esforço, compreender o propósito da vida.

De acordo com essa maneira de encarar a vida, a tristeza e o infortúnio são oportunidades para que o ser humano manifeste sua capacidade intelectual ou sua sabedoria em nível mais elevado. Porque, ao deparar com problemas ou incidentes complexos, somos capazes de compreender que se trata de situações que nos dão a oportunidade de aprimorar nosso espírito, nossa ética, nossos padrões.

Nessa visão, fazer a limpeza de carma é muito necessário – e é algo com que deparamos muitas vezes na vida. Teríamos o melhor dos mundos se ninguém mais gerasse carma, de modo consciente ou inconsciente. Ao contrário, se todos gerássemos apenas darma (isto é, carma positivo), seguiríamos juntos pela vida como seres puros, radiantes, corretos e retos.

Nosso mundo oscila entre a dura realidade e uma visão utópica, mas podemos sempre escolher libertar-nos das paixões mundanas e procurar o aprimoramento – o nosso e o do mundo à nossa volta. As grandes e milenares tradições espiritualistas da história sempre ensinaram que o caminho para a cessação do sofrimento passa pelo desapego das paixões mundanas, que provêm dos nossos seis sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar e mente). São essas paixões que nos levam a ser “filhos da matéria”, “filhos do dinheiro” e “obcecados pelo dinheiro”.

Já o oposto disso, isto é, gerar darma, é praticar as qualidades positivas voltadas à benevolência, em contraponto a mostrar-nos impiedosos; é nutrir grande compaixão por aqueles que, em suas trevas, tiram a vida de outros seres; é viver de modo a buscar o contentamento quando nos vemos ciumentos, o desapego quando somos apegados, a caridade quando somos avarentos, a humildade quando somos arrogantes, a paciência quando somos coléricos, a perseverança quando somos indolentes, a serenidade quando a mente nos inquieta, a sabedoria quando somos ignorantes. É compreender o valor das ações virtuosas em comparação com as maléficas. É procurar despertar a constância quando somos inconstantes e a determinação quando nos desencorajamos. É buscar libertar-nos das imperfeições quando as possuímos em excesso e eliminar as ilusões quando somos dominados por elas.

Portanto, gerar darma significa principalmente entender o valor dos sentimentos nobres – amor altruísta, gratidão, sorriso, humildade, sinceridade, verdade, honestidade, perdão, harmonia, perseverança, determinação, bondade e beleza, entre outros.

Trata-se de escolher um caminho de vida e compreender que apenas o esforço dirigido a todo momento nesse sentido pode trazer luz e sabedoria e colocar a nossa vida e a dos demais no caminho da felicidade e da superação do sofrimento.

É manter o tempo todo a atenção e a intenção, para que a luz dos bons sentimentos elimine a negatividade e abra os nossos caminhos.

Colocar em prática essa sabedoria nos ajuda a gerir melhor nossos negócios, a nos relacionar melhor com nossos clientes e fornecedores, colegas e funcionários, e a transformar todas as esferas das nossas relações, fazendo com que nossos empreendimentos tenham qualidades muito mais próximas do sucesso, por estarem alinhados com um sentido mais positivo.