A tridimensionalidade das inteligências: uma chave para a nova era do empreendedorismo
A humanidade passa por grandes reviravoltas em todas as áreas – saúde, economia, educação, política, organização social, alimentação etc. A inteligência intelectual e a inteligência emocional produziram até hoje grandes feitos. No entanto, a complexidade da situação planetária atual exige inovações. É o caso de alguns empreendedores que propõem uma nova visão da prosperidade, com práticas de realização e bem-estar que abrangem toda a cadeia de relacionamentos – clientes, fornecedores, colaboradores, comunidade. A ênfase está no respeito ao próximo e na atenção aos recursos naturais e à sustentabilidade do planeta e da humanidade.
Essa nova visão tem por base uma terceira inteligência, além da intelectual e da emocional: a “inteligência espiritual”. Suas práticas refletem sentimentos positivos, valores e ética, e principalmente a intenção de utilizar nossas competências sem restringi-las ao ganho individual, mas adotando uma visão abrangente que inclua o bem-estar do próximo.
Até hoje, vimos predominar as inteligências intelectual e emocional. O QI mede raciocínio lógico, conhecimento, aprendizado e planejamento, ou seja, a materialização do abstrato. Grandes líderes e empreendedores com QI acima da média geraram grande avanço tecnológico. A inteligência emocional é a habilidade nos contatos interpessoais, a aptidão em se relacionar, liderar, trabalhar em equipe, comunicar-se, persuadir, perseverar, adaptar-se etc. – ou seja, harmonizar-se em prol da produtividade.
Essas duas inteligências deram grande impulso à humanidade, mas também geraram preocupações quanto ao futuro, como a questão climática, novas doenças, a degradação do ecossistema e crises políticas e sociais mundiais.
Inteligência espiritual
É comum empresários e altos executivos, apesar de todo o seu sucesso material, sentirem um vazio e uma angústia quanto ao sentido da própria vida. É a dor de viver o mero ciclo da vida: nascer, crescer, procriar, envelhecer e morrer. Infelizmente, é assim que a maioria passa pela vida, apenas existindo, o que reflete um grau baixo de espiritualidade.
Outros empresários e executivos, porém, exibem atitude oposta, alegre, positiva, vendo valor e sentido na vida. Eles se dedicam ao bem-estar do próximo, criam fundações de pesquisa ou voltam suas competências para o bem comum. Em geral, são pessoas com elevado grau de espiritualidade.
Espiritualidade
Nada mais complexo do que definir a espiritualidade, mas ela pode ser descrita como a capacidade de se conectar com as vibrações do universo.
As pesquisas sobre inteligência espiritual ganharam consistência com o estudo e a compreensão das funções da nossa glândula pineal, localizada no centro do cérebro e responsável por detectar sensações, vibrações e energias mais sutis. Essa glândula é vista como a sede do nosso espírito e como a nossa interface com o mundo invisível.
A inteligência espiritual enfatiza a necessidade humana de ter propósito e objetivo na vida. Busca o sentido da existência, o desenvolvimento de valores éticos e de crenças que norteiem nossas ações no dia a dia. Conhecer seu potencial e desenvolvê-lo nos permite alcançar metas com maior eficiência e eficácia.
Entrelaçar as inteligências
A combinação das três inteligências leva o empreendedorismo a um patamar mais elevado, pois combina aspirações materiais, mentais e espirituais para chegar à prosperidade. A inteligência intelectual e emocional pode ser desenvolvida nas universidades e nas empresas. Já a inteligência espiritual exige autoconhecimento e um esforço para adotar pensamentos e sentimentos positivos, buscando sintonia com as energias e com as vibrações do universo. A espiritualidade propõe práticas norteadas por altruísmo, humildade e gratidão. Ela abre caminho para uma compreensão do valor de atitudes como servir, colocar amor em tudo que fazemos, até mesmo em coisas simples como sorrir e orar.
Vale refletir sobre sua atividade respondendo a uma pergunta básica: Qual a real intenção do seu empreendimento? Qual o seu real objetivo? A questão é se a sua atividade está focada ou não em gerar felicidade ao próximo (clientes, for necedores, consumidores, colaboradores). O sucesso des se modelo está em utilizar todas as suas competências – intelectuais, emocionais e espirituais – para que a gestão do seu negócio tenha em mente o bem-estar dos outros. É esse o segredo dos novos empreendedores.
Método de negociação: ganha-perde ou ganha-ganha? |
No foco materialista, toda negociação com clientes, parceiros, fornecedores ou colaboradores visa extrair o maior ganho possível. É comum então surgirem práticas de ética e moral duvidosa, que emitem vibrações negativas. E quem perde fica insatisfeito (ganha-perde). Já no contexto espiritualista, a melhor negociação é aquela em que os dois lados saem satisfeitos (ganha-ganha). |
Nossa vida é o reflexo de nossas escolhas, das vibrações que emanamos e atraímos. A intenção materialista cria situações infelizes, devido às energias negativas que gera e atrai, levando à perda da saúde, da harmonia e da prosperidade. A intenção espiritualista cria uma vida de tranquilidade e paz, pois atraímos e geramos energias positivas, que resultam em saúde, harmonia e prosperidade. Somos todos espiritualistas por natureza – portanto, com alto potencial para elevar a nossa inteligência espiritual. |