Bem-estar de cães e gatos vai muito além de oferecer casa, comida e carinho. É importante conhecer seus comportamentos para identificar os primeiros sinais de possíveis problemas de saúde e dor.
Nos dias 19 e 20 de outubro, a cidade de São Paulo será palco para a segunda edição do Simpósio Dor e Comportamento. Serão dez palestrantes nacionais e internacionais, abordando temas com embasamento científico em prol dos melhores atendimento e acolhimento de famílias multiespécie.
O evento tem como público-alvo médicos-veterinários e profissionais não veterinários do mercado/ramo pet, dada a importância da união desses profissionais para a avaliação, o diagnóstico e o tratamento da dor. São esperados profissionais da área da saúde e pet sitters, dog walkers, groomers, adestradores, consultores comportamentais, monitores de creche e empresários do mercado pet, além de estudantes de medicina-veterinária, biologia, psicologia e zootecnia.
“De que adianta um adestrador treinar um dado comportamento, sem que haja a parceria com um médico-veterinário para a avaliação clínica do animal? E se a alteração comportamental for decorrente de dor, desconforto ou algum problema de saúde? Por isso, profissionais do ramo pet não-veterinários devem saber identificar possíveis sinais de dor e encaminhar o animal ao médico-veterinário. Afinal, quem está semanalmente em contato com os animais são os adestradores, passeadores, tosadores, etc. Infelizmente muitos adestradores ainda rotulam cães como burros ou teimosos, quando na verdade os animais podem apresentar dificuldade em executar um dado comportamento por dor” elucida a dra. Luiza Cervenka, idealizadora do Simpósio Dor e Comportamento.
Da mesma forma, os médicos-veterinários devem ser capazes de compreender a possibilidade do paciente sentir dor ao avaliar os relatos comportamentais do animal informados pelo tutor, além das avaliações específicas feitas em consultório, observando cada sinal expresso pelo animal que possa denotar desconforto. “Um simples lamber de focinho durante a palpação de coluna, por exemplo, pode indicar desconforto e dor. Nem todos os médicos-veterinários foram ensinados a observar sinais sutis e podem deixar passar despercebidas informações importantes” explica Sofia Dressel Ramos, médica-veterinária organizadora do Simpósio Dor e Comportamento.
Como forma de fazer um levantamento para começar a avaliar o panorama da relação entre dor e comportamento no Brasil, o Simpósio receberá relatos de casos dos participantes do evento, que serão avaliados em duas categorias: médicos-veterinários e profissionais pet não-veterinários. Os melhores trabalhos serão premiados e apresentados ao vivo no Simpósio.
Os temas das palestras atendem a todos os públicos e os palestrantes foram selecionados a dedo, como a convidada internacional, Julia Robertson, médica-veterinária do Reino Unido que falará sobre liberação miofacial sob consentimento, dores musculares e a importância da massagem em cães e gatos. Um assunto ainda engatinhando em seres humanos no Brasil já será abordado para os pets.
A médica-veterinária paliativista, Bruna Bianchini Real, falará sobre dor e comportamento em pets idosos. Cães e gatos passam a maior parte das suas vidas sendo velhinhos, pois alcançam essa faixa etária por volta dos 9 anos.
Já a médica-veterinária comportamentalista Joice Peruzzi falará sobre a relação entre agressividade e dor, que é muito maior do que imaginamos!
Para os amantes de gatinhos, a médica-veterinária comportamentalista, Rita Ericson, falará sobre hiperestesia felina, um tema ainda muito controverso.
Pensando na saúde mental dos profissionais, a psicóloga Bianca Gresele falará sobre bem-estar humano no cuidado de pacientes com dor e como abordar assuntos delicados com as famílias dos animais.
Além desses, muitos outros palestrantes incríveis são aguardados, em um total de 10 profissionais de referência na área.
O evento será 100% presencial para que haja muita troca e conexão entre os profissionais, além de haver confraternização e acolhimento entre todos. Isso sem falar no network e indicações.
O tema já é imprescindível em congressos internacionais e chegou a hora de médicos-veterinários e comportamentalistas não-veterinários no Brasil se apropriarem desse conhecimento, para melhorarem seus atendimentos e se destacarem no setor.
Informações e inscrições
http://www.dorecomportamento.com.br