
O envelhecimento da população pet é uma realidade crescente. Graças aos avanços da medicina veterinária e ao maior cuidado dos tutores, cães e gatos estão vivendo mais. No entanto, essa longevidade traz desafios que exigem uma abordagem especializada dos médicos-veterinários para garantir qualidade de vida aos animais na terceira idade.
A campanha Fevereiro Roxo, voltada à conscientização sobre Alzheimer, lúpus e fibromialgia em seres humanos, também pode ser um alerta importante para doenças degenerativas em pets idosos. Condições como cognição alterada, osteoartrite e doenças crônicas são comuns nessa fase da vida, e o acompanhamento veterinário faz toda a diferença para um envelhecimento saudável, já que os animais hoje já fazem parte da família.
Principais doenças em pets idosos
Síndrome da disfunção cognitiva (SDC)
Muitas vezes comparada ao Alzheimer humano, a SDC provoca alterações comportamentais, como desorientação, distúrbios do sono e perda de interação com tutores. O diagnóstico precoce e o manejo adequado podem retardar a progressão da doença e melhorar o bem-estar dos pets dando a eles uma melhor condição de vida na 3ª idade.
Osteoartrite-osteoartrose e problemas musculoesqueléticos
A dor articular afeta a mobilidade e o conforto dos animais mais velhos. Tratamentos como fisioterapia, condroprotetores e mudanças na rotina ajudam a minimizar os impactos da osteoartrite ou as osteoartroses crônicas, permitindo que os pets continuem ativos e independentes.
Doenças crônicas: renais, cardíacas e endócrinas
O declínio da função renal, cardiopatias e doenças hormonais, como o hipotireoidismo e diabetes, são frequentes em animais idosos. Monitoramento clínico, exames regulares e um plano nutricional adequado são fundamentais para o controle dessas condições. As visitas ao médico-veterinário nessa fase da vida precisam ser mais constantes, isto é, em menores espaços de tempo.
O papel do médico-veterinário
O profissional veterinário tem a responsabilidade de orientar tutores sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas enfermidades. Estratégias como check-ups geriátricos, exames laboratoriais periódicos e ajustes na alimentação e ambiente doméstico são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pets idosos.
Além disso, a comunicação eficaz entre o médico-veterinário e os tutores pode desmistificar muitos mitos sobre o envelhecimento animal e reforçar a importância do acompanhamento profissional.
O Fevereiro Roxo nos convida a refletir sobre o cuidado com a saúde ao longo da vida, e isso deve incluir também os animais de estimação. Como médicos-veterinários, temos o dever de promover uma velhice digna e confortável para nossos pacientes, unindo conhecimento técnico, inovação e empatia para garantir o bem-estar dos pets idosos.
Na Faculdade de Medicina Veterinária Qualittas, seguimos comprometidos com a formação de profissionais capacitados para atender às demandas da medicina veterinária moderna, incluindo os desafios do envelhecimento animal incluindo em nosso portfólio a geriatria em cães e gatos. Afinal, envelhecer bem é um direito de todos, inclusive dos nossos pets.