A hipersensibilidade alimentar (HA) é uma reação adversa ao alimento de caráter imunomediado, considerada a terceira dermatopatia de origem alérgica mais frequente em cães, segundo Salzo e Larsson (2009).
Apesar de ser um distúrbio frequente, realizar seu diagnóstico costuma ser um desafio na rotina clínica devido a três principais motivos: 1) não há sinais clínicos patognomônicos de HA; 2) os sinais clínicos mais comuns, como prurido, alopecia, eritema e otites recorrentes, se assemelham a outras dermatopatias, como atopia e dermatite alérgica a picada de ectoparasitas (DAPE); 3) o diagnóstico é realizado em etapas e não é imediato, exigindo organização, tempo e paciência, tanto do médico-veterinário como por parte do tutor.
O primeiro passo para o diagnóstico da HA é realizar a exclusão de outras dermatopatias com sinais clínicos semelhantes, como a DAPE. Feito isso, o segundo passo é fornecer uma dieta de eliminação para confirmar a suspeita clínica desse distúrbio.
A dieta de eliminação deve ser composta por uma fonte única de amido e de proteína (sendo que esta última deve ser inédita ou, preferencialmente, hidrolisada) e deve ser fornecida por 6 a 12 semanas. Durante todo esse período, o cão não deve receber nenhum outro tipo de alimento ou medicamentos que possam mascarar a melhora dos sinais clínicos pela dieta.
Caso o cão não demonstre melhora com a instituição da dieta de eliminação, descarta-se o diagnóstico de HA. Já para os casos em que houve melhora clínica, o diagnóstico de HA ainda não deve ser fechado, pois é necessário realizar o terceiro e último passo: desafiar o animal ofertando uma dieta em que se suspeita ser alérgico.
Após a provocação, e caso o animal retorne a demonstrar os sinais clínicos, confirma-se o diagnóstico de HA. Caso o animal não demonstre piora clínica após ser desafiado, a provável suspeita é que esse animal seja atópico.
A HA não tem cura, contudo seu prognóstico é favorável desde que o animal não receba alimentos aos quais seja alérgico. Para isso, é essencial fornecer, exclusivamente, uma dieta hipoalergênica, preferencialmente formulada com proteína hidrolisada de baixo peso molecular, por dois principais motivos: 1) as proteínas hidrolisadas de baixo peso molecular não são reconhecidas como antígenos pelos mastócitos, o que colabora para que não se manifestem os sinais clínicos da HA; 2) a oferta de novas fontes de proteínas pode levar ao desenvolvimento de uma nova reação de hipersensibilidade
Portanto, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento da HA, o acompanhamento médico-veterinário, aliado à escolha de uma dieta ideal com fonte única de carboidrato e proteína, preferencialmente hidrolisada e de baixo peso molecular, é essencial para promover qualidade de vida ao cão acometido por esse distúrbio.
Levando em conta essas necessidades, Fórmula Natural Vet Care Hipoalergênica foi formulado sob os conceitos mais avançados da nutrição clínica, contendo fonte única de carboidrato e de proteína hidrolisada de baixo peso molecular. Além disso, colabora para a saúde intestinal pela inclusão de fibras especiais e prebióticos e oferece cuidados com a pele e pelagem pela associação de proteína de alta qualidade, ômega 6 e 3, teores adequados de EPA+DHA, vitamina A, biotina e zinco. Fórmula Natural Vet Care Hipoalergênica contém antioxidantes naturais e não possui ingredientes transgênicos em sua composição, atendendo assim aos tutores que prezam por essas características.
Referência
1-SALZO, P. S. ; LARSSON, C. E. Hipersensibilidade alimentar em cães. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 61, p. 598-605, 2009.
Gustavo Quirino
MV e analista de treinamento técnico
Adimax