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14 de junho – Dia Mundial do Doador Humano

Transfusão de sangue em animais - uma terapia que salva!

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

13 de jun de 2022


É muito comum e já bastante difundida a doação de sangue entre seres humanos, o que, aliás, ainda precisa de maior incentivo para que mais vidas possam ser salvas.


Bem menos sabido é que a doação entre animais também pode ser uma chance de preservar a vida de cães e gatos, e que a terapia transfusional é um modelo de tratamento de várias patologias associadas aos animais de companhia, como, por exemplo: anemias, hemorragias, deficiências de coagulação e hipoproteinemia. A propósito, essa última corresponde a uma diminuição das proteínas plasmáticas que pode ser causada por diversas enfermidades de base.


Diariamente, os clínicos e cirurgiões médicos-veterinários se deparam com situações diversas em que a única saída para tentar salvar a vida de um cão ou gato é utilizar-se da transfusão sanguínea. Essa iniciativa pode ser considerada um transplante, pois se obtém o sangue de um determinado doador que se transplanta para um receptor.


O sangue advindo do doador pré-selecionado pode ser transfundido de forma pura e íntegra (sangue total) logo após a coleta ou ser armazenado e/ou separado em seus componentes parciais por meio de centrifugação.


Para cada enfermidade em que se indica a transfusão de sangue total ou de seus hemocomponentes haverá uma melhor indicação – por exemplo, um plasma fresco congelado terá uma indicação diferente da de um sangue total fresco. Assim como em seres humanos, algumas regras precisam ser seguidas para que tanto o doador como o receptor do sangue ou de seus hemocomponentes possam ser candidatos à transfusão, sempre com o intuito de melhorar a oxigenação e de estabelecer os valores normais de proteínas e das plaquetas de coagulação para o paciente receptor.


Para que um doador canino seja considerado apto a doar, há que se respeitar alguns requisitos como:

– ser um adulto saudável com idade entre 1 e 8 anos, em boas condições de saúde;

– não apresentar pulgas e carrapatos;

– não ser portador de doença infecciosa;

– ter peso acima de 27 kg; e

– estar com o esquema vacinal completo e em dia.


Além do exame físico e da avaliação do escore corporal, o médico-veterinário solicitará alguns exames de sangue para confirmar que o doador esteja livre de doenças que possam ser disseminadas via sangue, como Ehrlichia canis, causadora da erliquiose, e Babesia canis, causadora da babesiose, ambas transmitidas por carrapatos. Além dessas doenças, deve-se investigar a Dirofilaria immitis, mais conhecida como verme do coração ou dir