A raiva no Brasil
A raiva é uma zoonose tropical negligenciada, causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus 1. Caracteriza-se por uma encefalite viral aguda e progressiva 2, considerada fatal após o início dos sintomas clínicos 3.
O vírus da raiva é transmitido pela saliva contaminada, principalmente durante a mordedura, arranhões e lambedura de mamíferos infectados 1. A transmissão também pode ocorrer quando material infeccioso contaminado, geralmente a saliva, entra em contato com a mucosa humana ou com feridas abertas na pele. A infecção por inalação do vírus em aerossóis ou por transplante de órgãos é rara, e a aquisição da enfermidade pelo consumo de carne crua ou tecidos derivados a partir de animais raivosos nunca foi confirmada em seres humanos.
Atualmente, mais de 59 mil mortes humanas por raiva são reportadas anualmente no mundo todo, com 99% na África e na Ásia, onde o cão ainda é o principal transmissor da doença para seres humanos. Nas Américas, os morcegos são os principais transmissores da raiva para o homem, uma vez que a transmissão mediada por cães foi controlada 3. Porém, casos esporádicos de raiva canina ocorrem no Brasil, inclusive uma epidemia relatada em Corumbá, MS, com 47 cães positivos para raiva, dois morcegos não hematófagos positivos, entre outras espécies de animais, e uma pessoa 4.
No Brasil, a distribuição da raiva urbana é heterogênea, com predominância nas regiões Norte e Nordeste, e incidência em alguns estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste, sendo a região Sul considerada controlada 5,6. Existem situações extremas e de vulnerabilidade, principalmente em regiões de fronteira, como o que ocorreu em Corumbá, MS, que está situada na fronteira do Brasil com a Bolívia: cães infectados pela raiva atravessam a fronteira entre os países e acabam gerando situações de possível transmissão para os animais domésticos e seres humanos do município 7. Assim, em 2006 houve a introdução da variante 1 no Brasil, a partir de um cão positivo para raiva proveniente da Bolívia, e casos esporádicos de raiva canina ocorrem em Corumbá desde então 8. Somente em 2015 foram diagnosticados laboratorialmente 47 cães positivos para raiva, não domiciliados ou semi-domiciliados, filhotes e adultos, com e sem vacinação, com transmissão canina da variante 1. Durante a epidemia foi realizada a campanha de vacinação casa a casa para aumentar a cobertura vacinal dos cães no município, em que mais de 24 mil cães foram vacinados. Além disso, o Ministério da Saúde brasileiro doou doses de vacina para os municípios da Bolívia, e foi criado um programa de controle e vigilância em conjunto para o con trole da raiva canina 4. Destaca-se dessa epidemia de raiva canina que é preciso realizar ações sincronizadas dos dois países envolvidos para controlar os casos.
Apesar de a raiva afetar predominantemente populações vulneráveis e que habitam locais remotos e rurais 3, uma epidemia dessa doença ocorreu em 1995 em Ribeirão Preto, SP, uma cidade localizada em uma região de grande desenvolvimento econômico do país. Devido a uma associação de fatores relacionados à baixa cobertura vacinal antirrábica em cães e gatos e à quase ausência de atividades de vigilância no município de Ribeirão Preto, 58 casos de raiva canina, três casos em gatos e em um ser humano foram diagnosticados. Medidas profiláticas e de vigilância foram então retomadas, como a realização de vacinação em massa da população canina e felina, tanto em postos fixos como pelo sistema casa a casa, o que resultou em 18 casos detectados em cães e 2 em gatos em 1996, e apenas 5 casos em cães errantes em 1997 9.
Apesar de se considerar controlada a raiva nos estados do Sul do Brasil, podem ocorrer casos esporádicos de raiva canina, principalmente em cães não vacinados e/ou errantes.
Os morcegos do Brasil
Os quirópteros ou morcegos são o segundo maior grupo de mamíferos em número, com 1.140 espécies catalogadas mundialmente. Dentre essas, 9 famílias, com 178 espécies, pertencentes a 68 gêneros, já foram identificadas no Brasil 10 (Figura 1).
Considerados o segundo maior grupo dentre os mamíferos 11, os morcegos têm 1.140 espécies catalogadas no mundo todo, sendo 9 famílias, pertencentes a 68 gêneros, compreendendo 178 espécies já identificadas no Brasil 10. O vírus da raiva já foi diagnosticado em 41 dessas 178 espécies de morcegos, considerando as três espécies de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus, Diaemus youngi e Diphylla ecaudata), todos da família Phyllostomidae; e 38 espécies de morcegos não hematófagos, pertencentes a 25 gêneros e 3 famílias: Phyllostomidae, composta por espécies de diferentes hábitos alimentares – frugívoras, nectarívoras, carnívoras, onívoras e insetívoras (43,9%) –, Vespertilionidae (29,3%) e Molossidae (26,8%), ambas com hábitos alimentares insetívoros 12.
Raiva transmitida por morcegos no Brasil
Em 2017, os morcegos estiveram presentes na transmissão da raiva nos três casos de mortes humanas por raiva no Brasil. Nos casos de Tocantins e da Bahia, a transmissão do vírus ocorreu diretamente entre morcego hematófago e ser humano, enquanto que no caso de Pernambuco a cadeia de transmissão envolveu morcego hematófago, gato e ser humano, todos os três casos com variante AgV3 com patível com D. rotundus 13.
No Brasil, foram identificadas variantes do vírus rábico associadas ao cão, ao morcego hematófago (D. rotundus) e a espécies de morcegos insetívoros e frugívoros 14,15. Há uma grande diversidade de espécies de morcegos com diferentes hábitos e distribuição, portanto, o conhecimento de seus comportamentos, dinâmica populacional, abrigos tanto em área urbana como rural e as circunstâncias em que os espécimes positivos são capturados é essencial para o desenvolvimento de ações de controle da raiva nessas espécies e também para que se impeça a difusão da doença para animais domésticos como cães e gatos. Grande parte das espécies de morcegos utilizam casas e seus arredores como refúgios 16, o que aumenta a chance de contato com o ser humano e com animais. Entre 2002 e 2010 foram notificados 988 morcegos não hematófagos com raiva no Brasil 17, ressaltando-se a importância dessas espécies na manutenção do ciclo aéreo da raiva urbana.
Entre 2004-2005, surtos de raiva humana transmitidos por morcegos hematófagos (D. rotundus) foram relatados principalmente no Pará e no Maranhão. Nesse período houve um desequilíbrio ambiental por interferência humana que resultou na diminuição da fonte de alimentos dos morcegos, que buscaram, por sua vez, outras fontes – seres humanos, principalmente crianças e adolescentes 18,19 até 15 anos de idade, faixa etária de maior ocorrência de casos de raiva (40% dos casos), independentemente da espécie animal envolvida na transmissão 3.
Os morcegos não hematófagos insetívoros são considerados a principal fonte de infecção do vírus rábico para seres humanos nos Estados Unidos 1 e no México, e em alguns países da América Latina foram também identificadas variantes do vírus da raiva associadas a morcegos insetívoros das espécies Tadarida brasiliensis e Lasiurus cinereus 20-22.
As alterações ambientais devido ao desenvolvimento e à expansão das populações humanas têm reduzido tanto o habitat quando a disponibilidade de alimentos para os morcegos 23. Nesse contexto, o ambiente urbano oferece grande quantidade de alimento e abrigo, associado à falta de predadores, favorecendo a adaptação dos morcegos a esses locais 12. A arborização urbana favorece o estabelecimento de morcegos fitófagos, isto é, que se alimentam da seiva das plantas 24, e a iluminação pública é oportuna para os morcegos insetívoros, pela maior concentração de insetos em torno dos pontos de luz 25,26. Já os abrigos naturais utilizados pelos morcegos, como cavernas e ocos de árvores, foram substituídos pelas construções humanas urbanas, como edifícios, beirais de casas, coberturas com laje ou forro, juntas de dilatação e folhagens, ambientes que se assemelham aos abrigos naturais, incluindo fatores como suas dimensões e amplitude, luminosidade, umidade e tem peratura 23.
O processo sinantrópico dos morcegos causa incômodos à população quanto à entrada deles nos prédios, visualização em seus abrigos diurnos e noturnos, vocalizações emitidas, mau cheiro (presença de colônias e acúmulo de fezes), voos rasantes realizados pelos morcegos fitófagos junto à fonte de alimento, além de contato entre morcegos e seres humanos e animais de estimação, aumentando o risco de transmissão da raiva, entre outras doenças vinculadas por eles 27.
A importância dos morcegos não hematófagos na raiva
Entre abril de 2002 e novembro de 2003, 90% das amostras recebidas pelo serviço de diagnóstico do Instituto Pasteur de São Paulo eram de morcegos não hematófagos, com 1,9% (76/3.978) de positividade, sendo o vírus da raiva mais identificado nos insetívoros e frugívoros 28, assim como observado nas amostras da região noroeste do estado de São Paulo entre 1998 e 2007 29.
Relatos de raiva em morcegos não hematófagos de diferentes espécies foram descritos em muitos municípios de vários estados brasileiros, incluindo: Nyctinomops macrotis em Diadema, SP 30, Molossus ater em Araçatuba, Penápolis e São José do Rio Preto, SP 31, Artibeus lituratus em Botucatu, SP 32, Foz do Iguaçu, PR 28,33, e Montes Claros, MG 34, Molossus molossus em Curitiba, PR 28,33, Tadaria brasiliensis em Campo Largo, PR 33, Lasiurus cinereus em Londrina, PR 33, e Dois Irmãos, RS 23, Nyctinomops laticaudatus no Rio de Janeiro, RJ 35, Artibeus fimbriatus em Campo Grande, MS 36, Carollia perspicillata em Niquelândia, GO 37, e Molossus rufus em Chã de Alegria, PE 38. A lista das 41 espécies de morcegos não hematófagos positivos para raiva já registradas no Brasil foi atualizada em 2010 10. Ressalta-se que o vírus da raiva também já foi identificado em um morcego hematófago em área urbana, no município de Ubatuba, SP, revelando a importância da identificação da espécie e do risco de contato de morcegos com hábito hematófago com animais domésticos e seres humanos 38. A grande variedade de espécies de morcegos não hematófagos com raiva e a dispersão do vírus no território brasileiro demonstram a importância das ações de educação em saúde da população e da vacinação dos animais domésticos.
Spillover: o gato é um exímio caçador de morcegos
Um caso de raiva canina causada pela variante do vírus da raiva de morcego não hematófago da espécie Tadarida brasiliensis foi descrito na região Sul do país, na cidade de Tapes, RS 39. Em outro cenário de possível infecção pelo vírus da raiva a partir de morcegos infectados, há o gato, com maior capacidade de transmissão do vírus rábico para o homem, após ter adquirido a infecção de morcegos (spillover). Os gatos apresentam comportamento de caça mais aguçado que os cães, o que favorece seu contato com morcegos possivelmente infectados, que podem apresentar paralisia ou outras alterações comportamentais, aumentando o risco. O aumento da população felina como animal de companhia, devido às alterações no estilo de vida das pessoas, seja por menor espaço disponível em suas residências, seja pelo tempo disponível para se dedicarem aos animais de companhia, juntamente com a aglomeração de gatos em colônias, muito comum no Brasil, a presença de populações felinas ferais urbanas, a alta rotatividade dos gatos pela alteração/abandono por parte dos proprietários e a baixa cobertura vacinal dos gatos contra a raiva tornam essa espécie um desafio para o controle do ciclo aéreo da raiva urbana 40.
Além disso, pelo contato próximo do homem com os gatos, a chance de transmissão da raiva entre essas espécies é grande. O primeiro registro mundial da transmissão de raiva de um quiróptero para um gato e deste para o ser humano ocorreu em Dracena, SP, Brasil, em 2001. A proprietária do gato foi a óbito por raiva após adquirir a doença de seu gato raivoso 41. Um gato foi encaminhado à clínica veterinária com sinais neurológicos – sialorreia e paralisia de membros torácicos e pélvicos – a suspeita inicial era de intoxicação. Pela evolução do quadro com apresentação de agressividade e paralisia de mandíbula, seguida de óbito, o médico-veterinário responsável pelo caso suspeitou de raiva e encaminhou material para diagnóstico, com resultando positivo. Outro gato da mesma proprietária havia apresentado sintomatologia nervosa um mês antes, porém sem confirmação de diagnóstico. As pessoas que tiveram contato com os gatos, bem como outros felinos cohabitantes, receberam o tratamento profilático contra a raiva 42.
Após a prova de triagem para raiva, a imunofluorescência direta, apresentar resultado negativo, um gato que apresentou convulsão seguida de óbito mostrou-se positivo para raiva na prova biológica, com identificação da variante 4, de morcegos não hematófagos (T. brasiliensis). Isso se deu em Curitiba, PR, onde não ocorriam casos de raiva havia 29 anos. Os dados apresentados reforçam o alerta para a transmissão da raiva morcego/gato/pessoa ou morcego/gato/cão, capaz de atingir o ambiente urbano, sendo necessário manter e incrementar o monitoramento de morcegos em áreas historicamente livres da raiva 43.
Prevenção da raiva por morcegos
Quando um morcego for encontrado em residências ou ambientes escolares, não se deve colocar a mão no animal, mas sim tentar imobilizá-lo e contactar a equipe do município responsável pelo manejo e pela captura desses animais. Caso tenha ocorrido uma agressão ou um contato direto de pessoas com o morcego, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão, pois isso diminuirá a quantidade de vírus no local ferido, e a pessoa deve procurar auxílio médico imediato. O mesmo vale para agressões por cães ou gatos errantes, sem que o histórico vacinal desses animais seja conhecido. Caso um animal tenha sofrido agressão ou contato com morcego, deve-se procurar o auxílio do médico veterinário. Todas as pessoas que entraram em contato com o morcego ou com o animal de companhia devem procurar auxílio médico 44 (Figura 2).
Comumente, os morcegos infectados pelo vírus da raiva apresentam comportamentos diferentes do comum de suas espécies. Podem ser encontrados vivos, prostrados ou não, ou mortos, em locais não habituais como chão, quintal, varanda, garagem, parques, etc. Podem também ser encontrados em horários não habituais para suas atividades fora dos abrigos, entre 10 e 16 horas, o que indica estado doentio e a possibilidade de infecção. Nas condições de paralisia pode haver chances de agressão acidental, envolvendo principalmente crianças e animais de estimação, porém em menor frequência 36.
Ressalta-se a importância da identificação da pessoa e do local onde o morcego positivo foi encontrado para que as medidas de profilaxia tanto à pessoa exposta quanto aos animais de companhia que habitam essa área possam ser aplicadas. Porém, há casos em que não se tem conhecimento dos dados da pessoa para que ela possa ser encaminhada prontamente ao atendimento médico, como o que ocorreu em Curitiba, PR, em 2014, onde dois visitantes do zoológico entregaram um morcego que haviam encontrado enquanto visitavam o parque para a funcionária do zoológico. O morcego foi encaminhado para o diagnóstico, com resultado positivo para raiva, mas não se sabia a identificação dos dois visitantes que tiveram contato com o morcego. Então, um chamado rápido feito pela página da rede social da Prefeitura de Curitiba (Figura 2) foi efetivo na localização das pessoas contactantes 45-47.
O controle da raiva, principalmente em seu ciclo aéreo de transmissão, é um exemplo de aplicação de Saúde Única, uma vez que envolve as alterações ambientais que facilitam o contato entre os animais domésticos e silvestres e o homem, propriciando a transmissão da raiva 48. A Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Aliança Global para o Controle da Raiva (Garc) estabeleceram uma colaboração para alcançar “Zero Mortes Humanas por Raiva em 2030” 49. Essa iniciativa vai utilizar a vacinação dos cães como principal forma de prevenção de casos de raiva, principalmente devido ao fato de a maior parte dos casos de raiva humana ainda serem transmitidos pelos cães na África e na Ásia, mas deveria considerar também outros animais de companhia, como os gatos nesse contexto, além dos morcegos não hematófagos, considerando as variações encontradas nas diferentes partes do globo.
Assim, as ações educativas relacionadas à importância dos morcegos na transmissão da raiva para seres humanos, cães e gatos e à relevância desses animais no equilíbrio ecológico devem ser encorajadas. Da mesma forma, as crianças e os adolescentes devem ser informados no ambiente escolar sobre o que fazer quando encontrarem um morcego ou em caso de agressões a seres humanos e animais (Figura 3). Muitas vezes nem as crianças nem os professores sabem o que fazer nessas situações, o que aumenta a importância de ações educativas que possam utilizar as crianças como multiplicadoras dessas informações. Além disso, há relatos de crianças manuseando e brincando com morcegos encontrados durante o dia, o que aumenta o risco de exposição ao vírus da raiva 50.
Considerações finais
Devem-se realizar ações educativas para esclarecimento da população sobre a importância dos morcegos para o meio ambiente – protegidos pelas leis n. 5.197 de janeiro de 1967 e n. 9.605 de fevereiro de 1998. Logicamente, os riscos oferecidos pelos morcegos também devem ser incluídos, e a integração do atendimento do médico-veterinário com o médico também deve ocorrer para prevenção e profilaxia da raiva 36.
Por fim, a vacinação contra a raiva dos animais de companhia – cães e gatos – é a principal forma de prevenção da raiva urbana. O controle e a vigilância epidemiológica da raiva em morcegos urbanos, associados à educação em saúde da população humana e à união de diversos setores envolvidos com a saúde humana e animal e a comunidade 50 são ações que – juntamente com a profilaxia realizada pela vacinação dos animais e profissionais de risco, bem como de pessoas expostas ao vírus, e o diagnóstico laboratorial para confirmação dos casos 13 – contribuem para o sucesso do controle da raiva em ambientes urbanos.
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