Tradicionalmente, o Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina vem sendo realizado em Belo Horizonte, MG, sob a coordenação da Anclivepa-MG. Há alguns anos, essa coordenação passou a ser feita pelo Brasileish, Grupo de Estudos em Leishmaniose Animal, mantendo o vínculo com a Anclivepa-MG.
Em 2015, o XVII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina foi realizado em 28 e 29 de novembro na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como evento paralelo ao Congresso Mineiro.
Entre os diversos palestrantes presentes no XVII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, esteve o médico-veterinário Renato Vieira Alves, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (MS). O especialista compartilhou, em sua palestra ‘Diagnósticos e manejo da leishmaniose visceral canina no programa de leishmaniose visceral, entre outras informações, as conclusões do III Fórum de Experts sobre o Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina no Brasil. Esse evento, realizado em março de 2015, contou com a presença de diversos especialistas, entre eles, médicos, médicos-veterinários e membros do Brasileish. Dentre as conclusões do III Fórum consta a recomendação da aceitação do tratamento da leishmaniose visceral canina no Brasil, desde que feito com produtos não destinados ao tratamento da leishmaniose visceral humana. Essa medida seria de caráter individual e não aplicada como medida de saúde pública. Para serem aceitos, os protocolos de tratamento devem possuir comprovação científica. Preconiza-se também que os cães em tratamento recebam medidas de proteção individual, por meio de colares e/ou repelentes tópicos, e sejam identificados para permitir seu rastreamento. Além disso, é importante que haja critérios para acompanhamento e cumprimento dos protocolos de tratamento, bem como fluxo de informações entre os órgão responsáveis pela saúde humana e animal.
O Brasileish levou ao MS uma proposta de fluxo e tratamento da leishmaniose canina no Brasil. Essas novas tendências exigem, haja vista a evolução e a possibilidade da aceitação do tratamento canino pelos órgão responsáveis, que outras entidades envolvidas revejam suas posturas e busquem o diálogo.
Também é oportuno compartilhar as recomendações do Brasileish para prevenção e controle da leishmaniose canina no Brasil, publicadas na revista Clínica Veterinária n. 101, de novembro/dezembro de 2012.