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Indústrias de alimento do seguimento de animais de companhia deve faturar R$ 41,5 bilhões, sem real crescimento, em função da alta das matérias-primas

Para segurar a alta que chega ao consumidor, indústrias têm diminuído margens de lucro, mas situação é insustentável a médio prazo

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

6 de out de 2022


Crédito: New Africa

 

As indústrias que produzem alimentos e outros itens voltados para animais de estimação devem concluir o ano de 2022 com faturamento projetado em R$ 41,5 bilhões. Apesar da alta de praticamente 16% em relação ao ano passado, o aparente bom momento é reflexo da alta dos preços. 

 

Desse total, o segmento de pet food deve chegar aos R$ 33 bilhões. Pet vet, R$ 5,8 bilhões, e pet care R$ 2,7 bilhões. 

 

“Os números apontam que a indústria de pet food representa 80% do faturamento do setor. Pet vet atualmente é cerca de 14%, e pet care 6%. Essas porcentagens são praticamente as mesmas em relação aos números de 2021, o que demonstra que não existiu grandes alteração na cadeia de produção e demanda, segundo José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, em relação ao crescimento de cada segmento industrial – o crescimento apontado para o pet food, é de 17%; pet care, 16% e pet vet, 11%. 

 

Os números de crescimento mantêm-se motivados principalmente pela inflação, e a alta dos preços de commodities prosseguem impactando o preço final, explicou o porta-voz da entidade. 

 

Entre 2020 e 2021, as matérias-primas de origem animal, passaram por aumento que superou os 50% no valor no caso da farinha de carne, 45% na farinha de vísceras e 70% no óleo de frango. Como base de comparação, o arroz, um dos ingredientes do pet food mais usados, subiu mais de 100% nos últimos cinco anos. O milho, mais de 200%, e a soja, mais de 130%. Todos esses ingredientes influenciados tanto pelo câmbio do dólar quanto pela demanda internacional. 

 

“Para não onerar tanto o consumidor, as indústrias têm diminuído suas margens de lucro. Essa estratégia evita que o preço aumente tanto quanto o custo de produção tem aumentado, e permite que as famílias continuem oferecendo o alimento para seus animais. Mas sabemos que, a médio prazo, a conta não fecha. Uma alternativa seria a redução da carga tributária para o setor, ainda muito alta”. De acordo com França, a cada R$ 1 pago pelo consumidor, praticamente R$ 0,50 são impostos. É uma das cargas tributárias mais altas do mundo, e muito mais elevada do que outros países no top 10 mundial, ainda que o setor tenha sido declarado essencial durante o período mais duro da pandemia, entre 2020 e 2021. Dessa forma, além de não passar por desabastecimento nas indústrias, os produtos também estiveram à disposição da população do Brasil todo tanto no varejo convencional (mercados e supermercados) e no varejo especializado (pet shops).

 

Mercado internacional

No mundo todo, o mercado pet cresceu em faturamento 5,4% em 2021, quando comparado com o ano de 2020. Dessa forma, o faturamento do setor globalmente é de US$ 139,2 bilhões. 

 

De acordo com as estimativas da Abinpet com base nos dados mundiais informados pela Euromonitor International, o Brasil, até o final de 2022 deve chegar aos top 3 do mercado mundial em faturamento. Atualmente, ao lado do Japão, o país é o quarto faturamento mundial com 4,5% da fatia. Logo à frente está o Reino Unido e Alemanha (4,6%), China (9%) e Estados Unidos (44,8%).