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SBDV – Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária

O 2º Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária comprova o avanço da especialidade

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

8 de nov de 2019

Abertura do 2o CBDV, evento máximo do setor. Créditos: SBDV/CBDV Abertura do 2o CBDV, evento máximo do setor. Créditos: SBDV/CBDV

Maior evento brasileiro do setor, o 2º Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária (CBDV), realizado de 21 a 24 de outubro de 2019 em Campos do Jordão, reuniu mais de 600 participantes, cerca de quarenta palestrantes de renome nacional e internacional.

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O evento reuniu mais de 600 participantes. Créditos: SBDV/CBDV

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Apresentou uma rica grade científica, composta por seis foros de duas horas cada, para uma abordagem sintética dos principais temas da especialidade.

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O 2o CBDV reuniu palestrantes de altíssimo nível. Créditos: SBDV/CBDV

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As palestras de abertura, “A evolução da dermatologia veterinária” e “O que esperar do futuro na prática da dermatologia veterinária”, foram apresentadas pelos professores doutores Carlos Eduardo Larsson e Ronaldo Lucas. Ao longo do evento, palestras magnas abordaram temas como a enfermidade lúpica, dermatopatias de felinos e prós e contras da imunoterapia. Houve ainda a apresentação de uma série de exemplos com a temática “meus melhores e meus piores casos”, a cargo de dois palestrantes internacionais, dirigida a clínicos dermatólogos, sobre questões desafiadoras do cotidiano dos veterinários. Os trabalhos científicos foram expostos em comunicações orais e na modalidade de pôsteres eletrônicos (e-posters) de forma resumida, dinâmica e continuada.

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O professor Carlos Eduardo Larson em uma das suas palestras. Créditos: SBDV/CBDV

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Integração e abrangência

Evento bilíngue, com aproximadamente 60 horas de atividades lideradas por renomados dermatólogos veterinários brasileiros, dermatologistas de medicina humana e docentes das principais instituições de ensino superior, o congresso teve a participação dos sócios da SBDV e de associações de dermatólogos latino-americanos, além de associados das congêneres brasileiras coirmãs (Abrovet, Abev, SBCV), cujos afiliados também praticam, direta ou indiretamente, a dermatologia veterinária. A magnitude de pontuação em educação continuada foi um grande atrativo para os associados da SBDV que pleiteiam a obtenção e a perpetuação do título de especialistas pela SBDV/CFMV. O evento foi também uma ótima oportunidade para as melhores empresas nacionais e multinacionais de produtos farmacêuticos, de alimentos, de serviços, de equipamentos e da área editorial se aproximarem ainda mais desse segmento de especialistas e especializados, que prescrevem, indicam, recomendam e adotam práticas de diagnose, terapia e prevenção.

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O professor Alejandro Blanco, palestrante argentino. Créditos: SBDV/CBDV

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Entrevistas com especialistas

Entrevistamos quatro dos palestrantes do evento e eles expuseram vários pontos interessantes sobre os temas tratados em suas palestras. 

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As palestrantes Romeika Karla dos Reis Lima e a professora Mary Marcondes. Créditos: SBDV/CBDV

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O evento foi um sucesso graças a participação da Elanco, MSD, Virbac, Hills, Royal Canin, Zoetis, Vetnil, Agener União, Bayer, Vansil, Avert, Ceva, Interbooks, Tecsa e Centragro, que continuamente apoiam e valorizam a educação continuada dos médicos-veterinários do país. 

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Palestra da professora Ana Claudia Balda. Créditos: SBDV/CBDV

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O professor Paulo Salzo e o MV Alexandre Merlo. SBDV/CBDV

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Estandes das empresas apoiadoras, parceiras do sucesso do evento. Créditos: SBDV/CBDV

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Estande da MSD, líder em pesquisa farmacêutica para saúde animal. Créditos: SBDV/CBDV

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Confira a cobertura fotográfica completa no facebook: http://abre.ai/cbdv.

 

Royal Canin

A Royal Canin® participou compartilhando conhecimento com profissionais especialistas dispostos a dividir suas experiências, com o objetivo comum de levar para o dia a dia da clínica o melhor cuidado para gatos e cães com problemas dermatológicos.

As doenças dermatológicas são uma das principais causas de visitas aos médicos-veterinários, e o manejo adequado, que inclui a nutrição, desempenha importante papel no tratamento e no controle das principais dermatopatias e, consequentemente, na qualidade de vida do animal. A troca de experiências, portanto, é crucial para a capacitação dos profissionais da área e para gerar benefícios a gatos e cães. 

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Equipe da Royal Canin, referência em alimentos coadjuvantes no tratamento de dermatopatias. Créditos: SBDV/CBDV

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A empresa divulgou seu portfólio de alimentos coadjuvantes ao tratamento de doenças dermatológicas, composto por suas linhas Hypoallergenic e Skin Care, formuladas para reduzir sensibilidades alimentares por meio de uma seleção de proteínas hidrolisadas, altamente digestíveis e de baixo potencial alergênico. O Skin Care é um alimento coadjuvante indicado no suporte nutricional a cães com dermatite atópica e pele sensível, como em casos de dermatoses e queda de pelo.

 

Agener União

A Agener União focalizou sua participação no congresso da SBDV em seus produtos associados ao tratamento de infecções dermatológicas, como o Cloresten, líder absoluto de mercado, e o Biocan M, uma vacina que induz resposta celular no tratamento da dermatofitose causada pelo Microsporum canis de cães e gatos. 

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Equipe da Agener União presente no evento. Créditos: SBDV/CBDV

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Segundo Ludmila Aires, gerente de Marketing da empresa, “foi muito bom voltar a destacar este produto, que é excelente alternativa para pacientes com intolerância a antifúngicos orais, para animais hepatopatas e até mesmo para animais agressivos ou tutores que têm dificuldade em aderir aos tratamentos orais diários estipulados pelos médicos-veterinários”. 

 

Labyes

A Labyes focou sua participação em sua linha dermocosmética Labyderm, da qual fazem parte o Skin Soldier, um xampu hipoalergênico com extratos naturais; o Premium Cover, ampola spot-on para reposição profunda dos componentes da barreira cutânea; e o Bioforce, um spray pós-banho para reposição rápida da película hidrolipídica.

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Equipe da Labyes: excelência em dermocosmética. Créditos: SBDV/CBDV

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A linha contém nanoesferas para liberação gradual e progressiva dos princípios ativos e foi aprovada pela Sociedad Latinoamericana de Dermatología Veterinaria (SLDV). Seu principal uso é nas dermatites atípicas e no controle das recidivas.

 

Vetnil

A Vetnil destacou para os congressistas os produtos Ômega 3+SE® 550 e Ômega 3+SE® 1100, à base de ácidos graxos essenciais da família ômega 3. Obtidos de peixes marinhos de águas frias, fornecem EPA e DHA na proporção ideal (33:22), recomendada por especialistas. Além do ômega 3, possuem em sua composição vitamina E e selênio, conhecidos como potentes antioxidantes. A cápsula opaca, ajuda a preservar as características do produto, garantindo sua qualidade. 

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A Vetnil marcou presença com sua linha de antioxidantes e hipoalergênicos. Créditos: SBDV/CBDV

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Pelo&Derme Hipoalergênico, que contém em sua fórmula o óleo essencial de Melaleuca, Aloe Vera e Arginina e são especialmente formulado para cães e gatos, para garantir a higiene e refrescância para a pele, também fez parte dos produtos da Vetnil que receberam destaque no evento.

 

Ceva 

A Unidade Pet da Ceva expôs produtos para a saúde e o bem-estar de cães e gatos, como a linha Douxo de xampus e sprays com fitosfingosina, para reestruturar a barreira cutânea; o Marbopet, antibiótico à base de marbofloxacina; Leish-Tec e Vectra 3D, para a proteção dos cães contra a leishmaniose visceral canina; e sua linha comportamental –  Feliway e Adaptil.

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Equipe da Ceva destacou no evento os cuidados com a barreira cutânea. Créditos: SBDV/CBDV

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Priscila Brabec, médica-veterinária e gerente de Produtos da Unidade Pet da Ceva, destacou a importância da participação no congresso, “para estreitar o relacionamento com veterinários participantes e atualizar os conhecimentos”.

 

Centagro 

A Centagro marcou presença no congresso da SBDV com a linha Sensy & Trat e o lançamento da linha Nutri & Trat, à base de produtos naturais para cães e gatos.

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Centagro: produtos naturais para proteção cutânea. Créditos: SBDV/CBDV

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Sensy & Trat é uma proposta natural para higiene, proteção e hidratação cutânea para animais atópicos e sensíveis. Nutri & Trat é um novo conceito de suplementação animal, com ingredientes naturais de efeitos benéficos e tecnologia inspirada na natureza. Além dessas, a empresa destacou os produtos de suas linhas tradicionais, como Xandog, Centagro Vet, Pet Smack e Panetteria di Canni. 

 

Virbac

Palestras e lançamentos de novas tecnologias marcaram a participação da Virbac no evento. O Leish Meeting apresentou palestras sobre leishmaniose visceral canina, ministradas pelo dr. Roberto Teixeira. Entre as novidades que a empresa levou ao evento está o Allederm Spot On® que conta com a S-I-S (Skin Innovative Science), que estimula as defesas naturais e o equilíbrio do microbioma, para manutenção de uma pele saudável.

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Equipe da Virbac: ênfase em novas tecnologias. Créditos: SBDV/CBDV

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Foram lançados o Hexadene 500mL (solução dermatológica à base de clorexidina 3% para combater bactérias, leveduras e outros fungos, controlar infecções secundárias e garantir potente ação antisséptica), o Grantelm (vermífugo que combate as principais verminoses intestinais e possui amplo espectro de ação na prevenção de zoonoses, indicado para cães a partir de 3 semanas de vida) e as novas embalagens do Endogard (combate as verminoses intestinais, a giardíase e previne o verme do coração; permite a divisão do comprimido e é extremamente palatável e seguro, podendo ser administrado em qualquer raça e em filhotes a partir de 15 dias de vida).

 

Entrevistas com palestrantes 

Confira abaixo as entrevistas com os médicos-veterinários e palestrantes do evento: profa. Mary Marcondes, da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp; prof. Alejandro Blanco, da Universidade de Buenos Aires; e profa. Ana Claudia Balda, da FMU.

 

Mary Marcondes

Leishmaniose

Clínica Veterinária (CV) – Qual a importância da leishmaniose do ponto de vista zoonótico no mundo? Qual a situação atual do Brasil?

Mary Marcondes (MM) – A leishmaniose é uma zoonose negligenciada, de grande importância mundial, que infecta de 700 mil a 1 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. No Brasil, a leishmaniose visceral (LV) já foi identificada em seres humanos em todos os estados e no Distrito Federal, exceto no Acre, Amapá, Amazonas e em Rondônia.  Em cães, casos autóctones de LV só não foram identificados no Acre e no Amazonas. 

 

CV – Quais as formas de apresentação mais frequentes da doença em cães e gatos?

MM – Tanto cães como gatos podem apresentar leishmaniose visceral (LV) ou tegumentar (LT). A LV é a mais frequentemente observada; no entanto, dependendo da região do país, identifica-se a ocorrência de ambas. A LV causa lesões de pele em 50 a 90% dos cães que desenvolvem quadro clínico da doença – o que pode gerar confusão com a LT. Além disso, a LV causa alterações renais, oftálmicas, gastrintestinais, neurológicas, cardíacas e poliartrites. 

 

CV – Quais os passos diagnósticos que o médico-veterinário deve seguir para confirmar a leishmaniose?

MM – Inicialmente, se existe suspeita clínica de LV, pode-se iniciar realizando uma sorologia quantitativa (ensaio imunoenzimático – Elisa – ou reação de imunofluorescência indireta – Rifi) ou qualitativa (testes rápidos). A sorologia é apenas um teste de triagem. Pode confirmar o diagnóstico somente quando o título da Rifi for 4 x acima do ponto de corte, ou o do Elisa for 150% acima do ponto de corte. Normalmente, na presença de sintomas, realiza-se uma citologia de linfonodos, medula óssea ou lesão de pele. Se forem identificadas formas amastigotas de Leishmania spp., o diagnóstico está confirmado. Caso contrário, podemos realizar técnicas mais sensíveis, como imuno-histoquímica e reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR). 

 

CV – Quais os kits diagnósticos disponíveis hoje no Brasil?

MM – Temos laboratórios particulares que realizam as técnicas de Elisa e Rifi, e também alguns testes rápidos que podem ser usados em clínicas veterinárias como triagem.  

 

 CV – Qual o critério em relação às vacinas contra leishmaniose no Brasil?

MM – As vacinas contra LV canina são consideradas opcionais, isto é, o médico-veterinário decide se existe ou não necessidade de aplicá-las. O mais importante a saber é que elas podem impedir o desenvolvimento de sintomas, mas o cão vacinado pode ser infectado e, nesse caso, transmitir a leishmaniose para um flebotomíneo caso seja novamente picado. Por essa razão, todo cão vacinado precisa fazer uso de inseticidas tópicos, preferencialmente coleiras impregnadas por piretroides.  As vacinas são uma ferramenta a mais para proteger os cães, mas o mais importante é quebrar o ela da cadeia de transmissão por meio do uso de coleiras tanto em cães vacinados como tratados. 

 

CV – Quais as recomendações em caso de o tutor ser HIV positivo?

MM – A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem demonstrado preocupação pela elevada associação entre leishmaniose visceral e HIV. Se o indivíduo HIV positivo é dono de um cão que vive em área endêmica, corre o risco de se infectar porque viaja para áreas endêmicas ou já se encontra infectado, é imprescindível o uso de coleiras impregnadas com piretroides, associado ao tratamento desse animal por um médico-veterinário, se estiver doente, e um acompanhamento veterinário frequente, a cada quatro meses, para uma avaliação minuciosa. Cães tratados também podem infectar vetores, portanto, necessitam do uso de inseticidas tópicos. 

 

Alejandro Blanco

Farmacodermias

Clínica Veterinária (CV) – Qual a melhor definição de um processo de farmacodermia?

Alejandro Blanco (AB) – A farmacodermia pode ser definida como qualquer efeito não desejado na estrutura da pele, originado pela utilização de um ou mais fármacos.

 

CV – Quais os passos a seguir para obter o diagnóstico de um quadro de farmacodermia?

AB – Primeiramente, é fundamental a realização de uma profunda anamnese, indagando sobre qualquer medicamento que o paciente possa ter recebido nos últimos três meses, a dose, a via de administração, a época em que apareceram as lesões e se existe informação relacionada com a evolução do quadro uma vez suspendida essa medicação. Em seguida devem ser avaliados os sinais clínicos. Devem ser levadas em consideração todas as possíveis formas de apresentação dos diferentes quadros clínicos de reação adversa a medicamentos em cães e gatos, desde uma reação maculopapular leve da pele até uma necrólise epidérmica tóxica. Existem casos nos quais é conveniente tomar uma amostra de biópsia. Em outros, esse procedimento não aporta nenhum elemento significativo. Outro passo fundamental é suspender a medicação e avaliar a resposta. Caso haja melhora, o ideal seria voltar a dar a medicação para avaliar a resposta, porém isso é  contraindicado do ponto de vista ético, já que o paciente poderia sofrer uma reação grave.

 

CV – Quais os fármacos mais comuns que podem desenvolver esse tipo de enfermidade?

AB – Os fármacos mais comuns são os antibióticos, como as sulfonamidas, a cefalexina e a penicilina, e também os produtos de aplicação tópica e o fenobarbital.

 

CV – As farmacodermias são mais frequentes em cães ou em gatos?

AB – As farmacodermias são mais frequentes em cães.

 

CV – A supressão do medicamento é suficiente? O senhor recomenda algum tipo de tratamento para esse tipo de caso?

AB – A maioria das farmacodermias são benignas, e na maioria dos casos a supressão do medicamento agressor costuma ser suficiente; porém, em alguns pacientes pode ser necessário indicar prednisolona (2 mg/kg/dia) durante 5 dias. Nas farmacodermias graves, como na necrólise epidérmica tóxica, a suspensão da medicação deve acompanhar tratamentos sistêmicos como fluidoterapia, analgésicos e antibióticos.

 

Manejo de feridas

CV – Qual a origem mais comum das feridas que o senhor costuma tratar no seu consultório?

AB – As mais frequentes são as feridas provocadas por mordeduras, por acidentes com veículos ou por queimaduras.

 

CV – O que fazer com as feridas provocadas por automutilação?

AB – É fundamental primeiro encontrar a causa da automutilação, já que podem se apresentar quadros que vão de uma lambedura intensa por dermatite atópica até quadros neurológicos, como uma parestesia. Não adianta fazer tratamento local se não se resolve a causa “de base”.

 

CV – No caso de feridas de origem traumática, qual seria sua recomendação mais importante? 

AB – É fundamental conhecer a origem do trauma, já que numa queimadura a fase inflamatória é diferente da provocada por um corte feito por vidro. Perante uma ferida traumática, é fundamental sempre priorizar a estabilização do paciente, verificar se existe risco de morte, fazer uma correta analgesia, avaliar todos os órgãos e sistemas envolvidos e, uma vez cumpridas essas premissas, dedicar-se ao cuidado das feridas cutâneas. 

 

CV – Qual a sua opinião em relação aos efeitos das pomadas cicatrizantes? Em que momento o senhor aplica esse tipo de tratamento?

AB – O problema mais importante no tratamento das feridas cutâneas é que não existem estudos comparativos, e, em muitos casos, relata-se a evolução do “antes” e do “depois”, sem que seja possível comparar como elas evoluiriam com outros tratamentos. De qualquer forma, existem pomadas que favorecem o processo de cicatrização e podem ser úteis no tratamento. O momento da aplicação depende da composição da pomada, mas de uma forma geral elas podem ser utilizadas após a remoção dos tecidos desvitalizados e necróticos.

 

Ana Claudia Balda

Avaliação da qualidade de vida de pacientes com dermatopatias crônicas

 

Clínica Veterinária (CV) – Na sua experiência, qual a dermatopatia crônica mais frequente em cães e em gatos? 

Ana Claudia Balda (ACB) – Temos atendido muitos casos de dermatite atópica, apesar de os dados ainda apontarem a dermatite alérgica a ectoparasitas como a mais importante em termos de ocorrência. 

A dermatite trofoalérgica (ou hipersensibilidade alimentar) é a mais frequente em gatos.

 

(CV) – Quais as alterações mais comuns que sofrem os pacientes com dermatopatias crônicas ?

(ACB) – A doença crônica mais frequente no atendimento é a dermatite atópica, que desencadeia muito desconforto por causa do prurido. A coceira é a queixa principal.

 

(CV) – Qual o papel do proprietário desse tipo de paciente?

(ACB) – É muito importante que o proprietário entenda bem o que é a doença e que concorde com a proposta terapêutica. 

 

(CV) – O enriquecimento ambiental pode influenciar esse tipo de paciente?

(ACB) – Provavelmente em quadros de ansiedade pode ajudar, mas ainda precisamos de mais estudos.

 

(CV) – Qual a sua experiência com o uso de fármacos “tranquilizantes” em animais com dermatopatias crônicas?

(ACB) – Não costumamos prescrever essa classe de medicamentos; é mais comum controlarmos o prurido para que haja menos desconforto.