Celebrando os 30 anos da revista Clínica Veterinária, agradecemos e valorizamos os parceiros que têm feito parte da nossa história, proporcionando a oportunidade de compartilharmos com os leitores conteúdos de qualidade, preparados com amor e dedicação.
Nesta edição estamos abrindo espaço para saudar a Boehringer Ingelheim que, há cerca de 140 anos, mantém seu compromisso com pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de novos medicamentos com alto valor terapêutico para a saúde humana e animal.
A empresa conta, globalmente, com mais de 53.500 funcionários, atendendo a mais de 130 mercados, visando construir um amanhã mais saudável, sustentável e equitativo.
Reconhecendo e valorizando a diversidade, a equidade e a inclusão, importantes para o desenvolvimento dos negócios e da sociedade, a Boehringer busca uma força de trabalho diversificada, plural, onde todos possam contribuir, alicerçados no forte propósito de transformar vidas por gerações.
Empresa Top Employer por oito anos consecutivos, foi eleita como uma das melhores empregadoras do mundo por suas iniciativas de recursos humanos, e no Brasil recebeu a certificação do Instituto Great Place to Work, que reconhece as organizações consideradas pelos seus colaboradores como um ótimo lugar para se trabalhar.
No Brasil, tem mais de 60 anos de história, conta com um laboratório de qualidade no Jaguaré e escritório central no Morumbi, ambos na capital paulista, e com a fábrica em Paulínia, SP, além de colaboradores da força de campo espalhados por todo o Brasil.
Conversamos com Pablo Belmont e Geraldine Mauro, que compartilharam suas visões sobre a empresa e permitiram assim que saibamos e valorizemos ainda mais as ações realizadas pela Boehringer Ingelheim no Brasil.
Pablo Belmont, diretor da fábrica de Paulínia
Pablo Belmont, diretor da fábrica da Boehringer Ingelheim de Paulínia é engenheiro e tem MBA em administração de projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pablo lidera a fábrica de Paulínia, uma das principais unidades fabris da multinacional em saúde animal no mundo. Com mais de 20 anos de experiência em gestão de pessoas e processos, o executivo possui uma sólida trajetória em grandes farmacêuticas mundiais, como Elanco e Bayer. Pablo acumula experiência tanto na área da saúde humana quanto na saúde animal, tendo iniciado sua carreira em um cargo operacional dentro de uma fábrica e progredido até alcançar a posição de liderança que ocupa atualmente. Suas principais características como líder são a empatia, a escuta ativa de seus colaboradores, a excelência em gestão de pessoas e o foco em resultados.
Revista Clínica Veterinária (CV) – Por favor, conte um pouco sobre sua carreira, chegada na Boehringer Ingelheim e seu perfil de liderança
Pablo Belmont (PB) – Comecei como ajudante de produção e isso me permitiu vivenciar de perto cada etapa do processo de uma fábrica. A partir daí, passei por diversas áreas e, após quase 20 anos de mundo corporativo, fui construindo o meu perfil de liderança com base nos bons exemplos que tive e naquilo em que acredito: pessoas são mais produtivas e engajadas quando podem ser quem são e atuam com aquilo que gostam. Tenho muito orgulho de ter construído uma carreira consolidada, sempre buscando aprimorar meus conhecimentos e desenvolvendo pessoas para alcançar resultados excepcionais. Hoje, na Boehringer Ingelheim, estou muito feliz com o cargo que ocupo e com o impacto que meu trabalho pode causar na vida de tantas pessoas, animais e no mundo. A fábrica de Paulínia, onde atuo como diretor, é uma das mais importantes dentro da saúde animal da Boehringer Ingelheim a nível global, com quase 800 colaboradores. O portfólio atende não somente animais de companhia como gatos e cachorros, com a família Nexgard® e embalagens de Frontline®, como também produz medicamentos que previnem doenças em cavalos e bovinos, como Eqvalan® e Ivomec®, por exemplo.
CV – Você comentou que fez sua carreira inteira na área da Saúde. Como está sendo a experiência na Boehringer Ingelheim? Quais são os principais pontos positivos?
PB – A experiência tem sido extremamente positiva. Sinto que posso realmente trazer um impacto para a saúde animal no mundo, especialmente no combate às zoonoses e na promoção do bem-estar animal. Um dos compromissos da Boehringer Ingelheim é garantir que nenhum animal sofra por uma doença evitável e trabalhar diariamente para alcançar esse marco é extremamente gratificante. Também ressalto que, embora Paulínia seja uma fábrica que atenda todo o mundo, estar no Brasil é um privilégio. Percebo que a matriz alemã enxerga o mercado de saúde brasileiro como um terreno fértil para a inovação e o desenvolvimento de novas soluções que possam ser aplicadas mundialmente. O país oferece uma combinação única de desafios e oportunidades, que nos permite testar abordagens inovadoras e escalá-las em outros mercados. É muito bom estar em uma região que é uma das prioridades estratégicas para a Boehringer Ingelheim, tanto em termos de crescimento de negócios quanto de desenvolvimento de novas tecnologias e soluções.
CV – Por que o mercado de saúde animal lhe atrai tanto? Você sempre se manteve nesse nicho?
PB – Posso dizer que no mercado que atuo há quase 20 anos, consigo expressar um dos meus propósitos que é gerar impactos positivos na humanidade. Quando desenvolvemos, por exemplo, antiparasitários que protegem cães e gatos, estamos provendo uma relação segura para que esses animais estejam cada vez mais saudáveis e integrados em uma família humana. O mesmo se dá na produção de medicamentos que previnem doenças zoonóticas, evitando assim a contaminação de seres humanos e promovendo a saúde interconectada, entre espécies.
CV – Consegue dimensionar um pouco mais o impacto que a fábrica de Paulínia tem para a saúde animal? Qual o impacto para a região, Paulínia e Campinas, em que vocês atuam?
PB – Posso dizer que somos gigantes! Os produtos fabricados em Paulínia são comercializados em mais de 108 países, e nossa fábrica é responsável por quase toda a produção global de Nexgard®, nossa principal linha de medicamentos para pets. Gosto de destacar esses números para evidenciar a magnitude de nossa operação tanto para a Boehringer Ingelheim quanto para o mercado de saúde animal em geral. Para ser mais didático, imagine que se pudesse enfileirar toda a produção de Nexgard® do ano, poderíamos cobrir a distância de São Paulo até a cidade de Santiago no Chile. Já com o peso das pastas de Eqvalan® (pasta oral para cavalos) produzidas por ano, por exemplo, poderíamos chegar ao peso de 16 carros populares no Brasil. Esses são apenas alguns exemplos de produtos que são feitos em Paulínia e que são distribuídos globalmente. Por aqui, ainda produzimos: Ivomec®, embalagens para Frontline®, Gastrogard®, e diversos outros medicamentos.
Já para a localidade em que a fábrica existe, somos responsáveis por impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos, contribuindo com o desenvolvimento econômico da região. Hoje, como já comentamos, somamos quase 800 funcionários!
CV – Quais iniciativas de sustentabilidade a fábrica aplica para diminuir seu impacto no meio ambiente?
PB – Internamente, a Boehringer Ingelheim segue o programa SD4G (Sustainable Development for Generations) – que é como chamamos nossa estratégia de sustentabilidade ambiental, social e de governança (Environmental, Social and Governance – ESG). Essa estratégia é sobre nosso compromisso em criar impacto social para toda a população. O SD4G permeia todas as nossas ações e negócios, focando em uma visão de equidade em saúde e em proporcionar oportunidades sociais para comunidades vulneráveis. Dentro desse programa, existe um pilar chamado More green, que busca implementar inciativas focadas na sustentabilidade, como a neutralidade de carbono de nossas operações e a reutilização de água.
Diversas ações já foram realizadas para a diminuição do impacto ambiental na fábrica, por exemplo: desde 2021, a fábrica de Paulínia não envia mais nenhum tipo de resíduo para aterro; foram instalados sistemas de captação de água de chuva para irrigação do jardim e limpeza de algumas áreas; 100% de nossa energia elétrica vem de fontes renováveis. Essas ações já estão trazendo impacto para nossa operação e para a região como um todo: a fábrica de Paulínia já é considerada carbono neutro desde julho de 2023, quando reduziu em 65% a emissão de gases de efeito estufa, passando a compensar as emissões remanescentes. Todas essas ações mostram nosso comprometimento com a sustentabilidade e a preocupação com as gerações futuras.
CV – Qual é a estratégia de sustentabilidade da Boehringer Ingelheim e como ela está organizada?
PB – A estratégia de sustentabilidade da Boehringer Ingelheim, denominada Desenvolvimento sustentável para gerações, foi estabelecida em 2021 e está organizada em três pilares: Mais potencial, Mais saúde e More green. Esses pilares destacam o compromisso da empresa em contribuir positivamente para a saúde do planeta e podem ser exemplificados por diversas iniciativas da fábrica de Paulínia, como a utilização de 100% de energia renovável em sua operação e seus esforços de diminuição das emissões de carbono na atmosfera (além da compensação total das emissões remanescentes).
CV – Quais são algumas das realizações da Boehringer Ingelheim no âmbito do pilar More green?
PB – No âmbito do pilar More green, a Boehringer Ingelheim já alcançou reduções significativas nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, além de compensar as emissões restantes. A fábrica de Paulínia atingiu antecipadamente a meta de reduzir em 100% a destinação de resíduos para aterros sanitários e opera com 100% de energia elétrica proveniente de fontes renováveis desde 2021.
A empresa também implementou um concurso interno para promover ideias sustentáveis e adota práticas de reuso de água.
Os 4 principais pilares para neutralidade de carbono na operação da empresa são 50% da redução da emissão de C02 (100% da compensação das emissões remanescentes); 100% de energia elétrica renovável adquirida; 100% dos ativos avaliados e abaixo do limite de detecção; 80% de redução dos resíduos destinados a aterros sanitários.
Resumindo, a fábrica de Paulínia da Boehringer Ingelheim já cumpriu 75% desses requisitos e não envia mais nenhum tipo de resíduo para aterros, 100% da energia elétrica vem de fontes renováveis e desde junho de 2023 houve uma redução de 65% da emissão de gases de efeito estufa (35% restante está sendo compensado).
CV – Como a Boehringer Ingelheim descreve seu compromisso com a sustentabilidade?
PB – As certificações conquistadas pela Boehringer são provas do compromisso da empresa com a saúde do planeta. A empresa está comprometida em proteger o meio ambiente para as atuais e futuras gerações, buscando ser um dos líderes do mercado pela inovação sustentável. A visão da empresa vai além do presente, orientando decisões com uma perspectiva de longo prazo e criando um impacto positivo duradouro, promovendo um futuro sustentável para todos.
CV – Quais pilares serão fundamentais para a ação da Boehringer em 2025?
PB – Globalmente, já investimos em pesquisa e desenvolvimento para trazer soluções inovadoras em prol da saúde humana e animal.
Em 2025, isso continuará, seja na esfera global ou local. Como fábrica, temos alguns compromissos que direcionam nossa atuação. Em 2025, estaremos comprometidos com a entrega de todo o nosso portfólio, focando em nossos principais produtos, afinal abastecemos mais de 100 países.
Para isso ocorrer, seguiremos vendo como inegociável a entrega com qualidade e continuaremos focados na melhoria contínua de nossos processos internos, garantindo a longevidade de nossas operações.
CV – Para finalizar, o que você espera do mercado de saúde animal em 2025? Quais serão as principais tendências do setor?
PB – As expectativas para 2025 no setor de saúde animal são bastante promissoras, com inovações tecnológicas e mudanças impactantes nos hábitos das pessoas.
Quando penso no mercado de animais de produção, percebo os consumidores cada vez mais questionadores sobre a origem e a segurança da proteína que ingerem, e produtores rurais mais ávidos por inciativas de sustentabilidade que sejam financeiramente viáveis.
Em 2024, o Brasil viu um crescimento de mais de 12% na população de pets, e essa tendência deve continuar no ano que vem, aumentando a demanda por novos medicamentos e vacinas para garantir a saúde desses animais.
Os tutores estão cada vez mais próximos de seus animais, cada vez mais considerando-os como membros da família, o que resulta em um aumento significativo nos gastos médios com cuidados e com produtos para eles.
Além disso, a inteligência artificial novamente se destaca como uma tendência importante para 2025, especialmente no monitoramento da saúde animal e na análise comportamental. Essas tecnologias serão fundamentais para a medicina preventiva, permitindo a identificação precoce de doenças e seu rápido tratamento.
Geraldine Mauro, Head de Sustentabilidade da Boehringer Ingelheim
Geraldine Mauro é a Head de Sustentabilidade da Boehringer Ingelheim. Nascida na Argentina, a executiva já está na Boehringer há 13 anos, sendo oito deles na matriz brasileira. A profissional conta com mais de 10 anos de experiência em cargos de destaque na área da saúde, mas também acumula passagens relevantes em outros segmentos do mercado de trabalho, como na Vodafone e na Thomson Reuters, sempre ocupando posições ligadas à sustentabilidade e ao negócio. Em seu currículo, Geraldine possui certificações de destaque internacional, como administração de negócios pela Henley Business School, no Reino Unido; publicidade, propaganda e relações públicas pela Dublin Business School na Irlanda; e participou do Programa de Liderança da IESE Business School da Universidade de Navarra na Espanha.
Revista Clínica Veterinária (CV) – Como você enxerga o papel da liderança em garantir que as práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança (Environmental, Social and Governance – ESG) sejam implementadas em todos os níveis da organização?
Geraldine Mauro (GM) – O papel da liderança é fundamental na implementação de ESG. A responsabilidade ESG não pode ser delegada a uma única pessoa. Para ser verdadeiramente eficaz, seus pilares e resultados precisam estar enraizados na mentalidade de cada colaborador, permeando toda a cultura da empresa e alinhando-se completamente com o seu propósito. Isso começa, sem dúvida, pela liderança. Na minha visão, a educação de cada indivíduo da organização em relação aos princípios e às práticas de ESG é absolutamente fundamental para que a empresa evolua de forma sustentável. Por isso, considero essencial que os líderes incorporem essas práticas em todas as decisões, tanto estratégicas quanto operacionais. É importante que os conceitos ESG sejam implementados no curto prazo pensando nos efeitos no longo prazo. Ao fazerem isso, eles criam um ambiente de responsabilidade coletiva expansivo, inspirando os colaboradores a abraçarem os valores ESG e a contribuírem ativamente para um futuro mais sustentável. Liderança pelo exemplo é crucial para inspirar colaboradores e construir uma cultura sólida e duradoura.
CV – Como os funcionários da Boehringer Ingelheim são envolvidos nos projetos de sustentabilidade e como isso impacta o ambiente de trabalho?
GM – Em nossa empresa, a sustentabilidade não é apenas um discurso, é uma prática diária. As nossas iniciativas estão amparadas em três pilares principais, chamados de “Mais saúde”, “Mais potencial” e “More green”, que englobam nove programas trazendo o olhar focado em equidade em saúde para as pessoas, animais, comunidades vulneráveis e meio ambiente. A atuação dos nossos colaboradores é fundamental para que esses 9 programas – Inovação, Prevenção de doenças, Acesso, Suporte em cuidados de saúde, Modelos de engajamento social, Impacto através de nossas pessoas, Fornecedores responsáveis e sustentáveis, Medicamentos sustentáveis, e Descarbonização e gestão da água – se tornem realidade. Para citar alguns exemplos, a nossa fábrica de Paulínia alcançou a certificação de carbono neutro em 2023, um trabalho de um time crossfunctional em nossa empresa. Nos últimos anos, realizou-se o treinamento de crianças em escolas para identificar os sinais e sintomas do acidente vascular cerebral (AVC), como parte da iniciativa “Fast heróis”, visando disseminar o conhecimento entre suas famílias. Tivemos também o selo de biosseguridade, em parceria com a Embrapa, com a criação de mais de 140 protocolos de segurança para a produção de leite. Além disso, nossos funcionários também são convidados a fazer voluntariado em parceria com diversas ONGs, como em mutirões de cuidado ou mentorias para jovens talentos em situação de vulnerabilidade. Essa pauta é constante e permeia todas as nossas decisões do dia a dia. Buscamos integrar a sustentabilidade em tudo o que fazemos.
Além disso, vivenciamos o ESG de forma holística, com programas voltados para o bem-estar dos nossos colaboradores, abrangendo saúde financeira, mental, social – com foco em diversidade, equidade e inclusão – e física, incluindo check-ups regulares. Esse compromisso se reflete em certificações atestadas pelo mercado, como GPTW e Top Employers, que reconhecem nosso esforço em criar um ambiente de trabalho positivo e saudável.
CV – Quais são as suas prioridades na liderança do time de ESG e como você avalia o sucesso das suas iniciativas na área?
GM – Estamos constantemente avaliando nossas operações para identificar novas oportunidades de integrar práticas de ESG e medindo o impacto dos projetos já implementados. Contamos com uma gestão eficiente de recursos e programas de diversidade, equidade e inclusão que promovem uma cultura focada nos grupos minoritários. O monitoramento das nossas iniciativas é feito por meio de relatórios periódicos e revisão constante das nossas metas para entender nossos avanços e nossos pontos de melhoria. Nosso compromisso com as práticas ESG se estende além das nossas operações no Brasil. Globalmente, temos metas ambiciosas até 2030, como expandir o acesso à saúde para 50 milhões de pessoas em comunidades vulneráveis e melhorar a vida de outras 50 milhões em comunidades carentes ao redor do mundo por meio de voluntariado e intraempreendedorismo social. Para alcançar esses objetivos, engajamos funcionários, parceiros e empreendedores sociais na busca por soluções que promovam comunidades economicamente mais sustentáveis, inclusivas e saudáveis. E, claro, temos também metas ambientais robustas que nos impulsionam a mitigar nosso impacto no planeta.
CV – Como a Boehringer Ingelheim está utilizando a inovação para desenvolver soluções que atendam às demandas ambientais e sociais da atualidade?
GM – Um de nossos pilares de trabalho dentro de ESG é inovação, onde incluímos sustentabilidade em toda a cadeia de valor, desde o Mapa de doenças até diversidade e inclusão em estúdos clínicos. Investimos em tecnologias que não apenas atendem às necessidades de saúde, mas também minimizam o impacto ambiental. Nosso foco em inovação se traduz no desenvolvimento de novos tratamentos para necessidades médicas ainda não atendidas e desenvolvemos soluções inovadoras para expandir o acesso à saúde e combater as zoonoses, garantindo não somente a segurança dos animais, mas também do ser humano que está em contato direto com eles.
CV – Olhando para o futuro, como você imagina que a estratégia de ESG e de desenvolvimento sustentável (SD4G) da Boehringer Ingelheim continuará a evoluir, e qual é o impacto que você mais deseja deixar em termos de sustentabilidade?
GM – A forma que a Boehringer Ingelheim Global executa as práticas ESG é por meio da estratégia SD4G, cujos compromissos para 2030 já foram mencionados. Nossa estratégia está se tornando cada vez mais integrada, dentro de cada negócio, e é fundamental para nossas operações, com foco em colaboração e inovação. Temos como objetivo deixar um legado de impacto positivo nas comunidades que atendemos, promovendo saúde e bem-estar por meio de iniciativas sustentáveis e inclusivas. Aspiro que a Boehringer Ingelheim continue sendo reconhecida como uma das líderes do segmento em responsabilidade social e ambiental, inspirando outras empresas a adotarem práticas semelhantes. Em 2024, nós tivemos a oportunidade de iluminar o Congresso Nacional no Dia Mundial das Zoonoses, chamando a atenção em escala nacional para um assunto tão relevante como esse para a população brasileira, e queremos fazer cada vez mais ações que tragam saúde, sustentabilidade, impacto social e benefícios diretos para essa população.
CV – Pode me contar um pouco mais sobre a parceria com a ONG Moradores de Rua e Seus Cães e a importância de parcerias entre indústrias e o terceiro setor?
GM – A parceria com a ONG Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC), que foi iniciada em 2023, é algo que nos orgulha muito! Para nós, essa colaboração é muito mais do que um apoio financeiro; é uma oportunidade de colocarmos nossos valores de responsabilidade social em ação e contribuir diretamente para a saúde de seres humanos e animais no Brasil. Reconhecemos a MRSC como uma ONG fundamental no país, que realiza um trabalho incrível ao levar suprimentos para pessoas e medicamentos e vacinas para cães e gatos em situação de rua, impactando positivamente a saúde pública e os tutores, e alinhando-se com nossos objetivos de responsabilidade social.
Acreditamos que parcerias entre indústrias e o terceiro setor, como essa, são essenciais para gerar impacto positivo em larga escala. A combinação de nossa expertise como farmacêutica com a atuação da MRSC resulta em uma sinergia poderosa. Essa união de forças permite ampliar o alcance da ONG, maximizando o impacto de suas ações e contribuindo para um futuro melhor aos envolvidos. Essa união, por exemplo, possibilitou à ONG a distribuição de 30 toneladas de ração, e a aplicação de 4 mil doses de vacinas como Recombitek® e Rabisin®. Além disso, junto com a ONG, já protegemos os pets com mais de cem unidades de NexGard Spectra® e 1.400 unidades de Frontline® Spray 250 mL em 11 cidades no Brasil, nas quais o MRSC está presente. É notório como a parceria nos proporciona um aprendizado valioso sobre as necessidades específicas dos animais em situação de rua, o que nos ajuda a aprimorar nossas práticas e a desenvolver soluções ainda mais eficazes para a saúde animal!