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Animal Health Expo Fórum + Pet Congress 2023

Grande evento internacional de saúde animal acontecerá na capital paulista de 4 a 6 de outubro

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

16 de maio de 2023


O Animal Health Expo Forum terá lugar em São Paulo, SP, de 4 a 6 de outubro, no Centro de Eventos ProMagno. Maior evento de saúde da área de pequenos animais, o Animal Health Expo Forum, realizado agora em parceria com os fundadores da Feira Hospitalar apresenta também o Animal Health Expo Fórum + Pet Congress. Dividido em quatro grandes áreas, o congresso visa levar conteúdos de alta qualidade a médicos-veterinários, por meio de palestras e discussões de renomados profissionais dos diversos setores relacionados com a clínica de pequenos animais e a saúde única.

Essas quatro áreas são: a) Cirurgia, anestesiologia, ortopedia e intensivismo; b) diagnóstico, medicina integrativa e doenças infecciosas; c) medicina interna e especialidades; e d) medicina veterinária do coletivo, que envolve também questões relacionadas com a medicina de desastres, a legal, o bem-estar animal, além do direito médico-veterinário e do direito animal.

O Animal Health Expo Forum visa conectar num só local líderes e profissionais de hospitais, clínicas e centros de diagnóstico veterinário a toda a cadeia de fornecedores. Estarão presentes as principais empresas da cadeia produtiva de serviços, produtos, indústrias, laboratórios farmacêuticos, empresas de nutrição animal, equipamentos médicos e alta tecnologia diagnóstica laboratorial e de imagem, abrangendo os mais diversos setores da clínica e da cirurgia, e de especialidades como anestesiologia, odontologia, fisioterapia e reabilitação, ortopedia e oftalmologia, entre tantas outras, além de trazer as maiores inovações em medicina integrativa e tratamentos alternativos, formando o maior comunidade de soluções e profissionais em um único ecossistema. Com a expectativa de fomentar o maior volume de negócios já visto em um evento de saúde animal realizado no Brasil, durante três dias, mais de 250 marcas e 22 mil profissionais, entre visitantes e congressistas terão contato com o que há de mais inovador, tecnológico e importante em termos de equipamentos, produtos e serviços da medicina veterinária.

 

Medicina veterinária do coletivo

Uma das quatro grandes seções do Animal Health Expo Fórum + Pet Congress 2023 é a de medicina veterinária do coletivo. Nas próximas edições, abordaremos em detalhes também as outras três, ou seja, cirurgia, anestesiologia, ortopedia e intensivismo; diagnóstico, medicina integrativa e doenças infecciosas; e medicina interna e especialidades.

Com o sucesso da temática sobre desastres e da atuação do médico-veterinário como agente de saúde única na primeira edição do Animal Health em 2019, a área de medicina veterinária do coletivo, uma das quatro grandes áreas que compõem o evento, está presente nos três dias do evento. A medicina veterinária de desastres será focada no dia 4 de outubro, a medicina veterinária legal, o direito animal e o direito médico-veterinário no dia 5, e outros temas de importância da medicina veterinária do coletivo no dia 6.­

 

Para o dia 4 de outubro, dedicado à medicina de desastres, renomados profissionais como Laiza Bonela Gomes, Valeria Ruoppolo, Cecilia Boller Bissoli, Paula Helena Santa Rita e Leonardo Maggio de Castro, entre outros, além de representantes do Ministério do Meio Ambiente, Bombeiros e Defesa Civil, tratarão das seguintes temáticas: 

• o que todo médico-veterinário precisa saber para atuar em desastres envolvendo animais; 

• o gerenciamento e a resposta à fauna em derramamentos de petróleo, abordagem nacional e internacional; 

• o resgate técnico de cães e gatos em desastres e protocolos de ação para fase de recuperação; 

• quando e como resgatar animais silvestres em desastres; 

• o uso de tecnologias para o resgate técnico de animais domésticos de médio e grande porte em situação de desastre; e

• a atuação integrada e plurissetorial entre os órgãos e os profissionais, bem como as perspectivas para a resposta a desastres envolvendo animais domésticos e silvestres no Brasil.

 

No dia 5 de outubro, a temática envolverá conteúdos de medicina veterinária legal, direito animal e direito médico-veterinário, com palestras abordando: 

• o cenário atual e futuro em relação ao direito médico-veterinário; 

• o que os clínicos devem saber a respeito de maus-tratos e direito animal;

• o que devem saber sobre negligência, referente ao próprio médico-veterinário, e sobre como diagnosticar esses quadros;

• o que fazer em casos de suspeita de maus-tratos aos animais;

• as causas dos processos éticos e por que médicos-veterinários vêm sendo processados; e

• sobre a importância da boa comunicação e do relacionamento interpessoal como prevenção aos processos éticos.

Já estão confirmados os palestrantes Antonio Felipe Wouk, José Alfredo Dalari Junior, Vicente Ataide, Alessandra Lacerda Dias, Fabio Fernando Manhoso, Rosemary Viola Boch, Ana Tasaka e Mara Massad.

 

No dia 6 de outubro, outros temas importantes da medicina veterinária do coletivo serão abordados em palestras e discussões sobre: 

• o abandono de cães e gatos, suas causas, consequências e prevenção;

• a esporotricose e o grande desafio para o seu controle;

• o enfrentamento da esporotricose zoonótica sob a estratégia de saúde única com o manejo de gatos de vida livre;

• como proceder quando o cliente tem transtorno de acumulação de animais;

• a conexão entre a violência doméstica e os maus-tratos aos animais (Teoria do Elo);

• a medicina de abrigos; e

• a depressão e seu enfrentamento na medicina veterinária.

Entre os palestrantes, já temos confirmadas a presença de Rosangela Gerbara, Lucas Galdioli, Marconi Rodrigues de Farias, Paulo Abílio Varella Lisboa; Danielle Magalhãres; Laiza Bonella, Sandra Prado e Renata Crupp.

 

Breve histórico da medicina veterinária do coletivo

A medicina veterinária do coletivo (MVC) foi reconhecida como especialidade em 2019 pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), habilitando o Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo (IMVC) a certificar especialistas. Atualmente são consideradas 5 áreas na interface da medicina veterinária do coletivo (MVC): saúde coletiva, medicina de abrigos, medicina veterinária legal, medicina veterinária indigenista e a medicina veterinária de desastres.

A atuação na área exige a formação de um profissional diferenciado, que tenha conhecimentos, entre outras áreas, sobre saúde pública, clínica médica e cirúrgica, perícias, planos de contingência e, em especial, que se articule no campo das ciências sociais. 

O manejo populacional humanitário e sustentável de cães e gatos (MPCG) em áreas urbanas é um dos grandes temas dentro da MVC, sendo um problema para saúde pública e medicina de abrigos, mas com consequências também forenses.

A medicina de abrigos engloba toda a política interna dos locais públicos, privados ou do terceiro setor que fazem a manutenção de cães e gatos no coletivo, mas que têm relação direta e sofrem as consequências das políticas externas de MPCG. Inclui os protocolos de admissão de animais, programas preventivos, capacitação de funcionários e demais demandas para que os animais possam ser reintroduzidos na sociedade sem representarem riscos. 

Maus-tratos aos animais é um tema que deve ser abordado intersetorialmente, como indicador de outras formas de violência, e envolve a saúde, a assistência social, os conselhos tutelares e de defesa dos direitos dos idosos e das mulheres; as intervenções legais, caso as ações socioeducativas não tenham efeito; e a aplicação dos 4Rs da medicina de abrigos (recolhimento seletivo, reabilitação, ressocialização e reintrodução na sociedade por meio da adoção) para a melhoria dos níveis do bem-estar dos animais.

As áreas de medicina veterinária de desastres e indigenista lidam com toda a problemática das interações entre ser humano, animais e meio ambiente. O médico-veterinário é fundamental para a prevenção das zoonoses e a promoção de relações positivas. A participação do médico-veterinário em eventos de desastres exige formação e preparação, já que a medicina veterinária de desastres tem desenvolvimento recente no Brasil. Também a participação do médico-veterinário junto às comunidades tradicionais e indigenistas é fundamental para os trabalhos de controle de zoonoses, e para o entendimento das interações entre o ser humano, os animais e os ecossistemas nessas comunidades, a fim de promover ações que sejam aceitas pela comunidade e, principalmente, que sejam participativas. 

A partir de 1999, a medicina veterinária do coletivo começou a fazer parte do currículo de algumas escolas veterinárias americanas, e programas especiais começam a ser desenvolvidos. No Brasil, o primeiro curso de Medicina Veterinária do Coletivo foi realizado pelo Programa de Proteção e Bem-estar de Cães e Gatos da Cidade de São Paulo em junho de 2009, com apoio internacional do Centro de Pesquisa da Interação da Saúde Animal, Humana e Ecológica da Universidade De La Salle, na Colômbia; da Secretaria de Estado da Saúde; do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo e do Instituto Técnico de Educação e Controle Animal.

As primeiras Conferências de Medicina Veterinária do Coletivo ocorreram na Universidade de São Paulo (2010 e 2011). Em 2012 e 2013, elas aconteceram na Universidade Federal do Paraná – que desde 2012 oferece a disciplina para graduação e residência na área –; em 2014 e 2015, na Universidade Federal de Minas Gerais; e em 2016 e 2017 na UniRitter de Porto Alegre. A partir de 2017, a Conferência passou a ser bianual, ocorrendo em 2019 na Universidade Federal da Paraíba e em 2021, de forma virtual, devido à pandemia. Neste ano, agora em maio, ela acontece no Recife, na Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 

Animal Health Expo Fórum + Pet Congress

www.animalhealthexpoforum.com