Março amarelo – doenças renais também apresentam grande incidência entre gatos e cães
Março amarelo - doenças renais também apresentam grande incidência entre gatos e cães
Para retardar a progressão da doença renal crônica, é importante que o tutor fique atento aos sintomas iniciais de problemas nos rins
Em 2021, no dia 11 de março será comemorado o Dia Mundial do Rim. A data, celebrada sempre na segunda quinta-feira do mês, assim como acontece na medicina tradicional, se tornou inspiração para a medicina veterinária também trabalhar a campanha “Março Amarelo”. O objetivo é conscientizar os tutores de pets sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de doenças renais crônicas, especialmente de gatos e cães.
Não existe uma regra sobre a idade que a doença possa aparecer nos pets, mas ela têm a tendência a atingir especialmente gatos e cães com mais de 6 anos. Importante ressaltar que os sinais clínicos, geralmente, aparecem quando a doença já está em estágio mais avançado, quando os rins estão com quase toda a capacidade de funcionamento comprometida. Isso porque, antes desse estágio, os sintomas não são visíveis clinicamente, somente através de exames de sangue ou de imagem.
A doença renal crônica pode ter origem congênita ou adquirida. Por isso, algumas raças de gatos e cães podem ser mais propensas a desenvolver problemas renais, principalmente quando associada a anormalidades hereditárias.
A dra. Natália Lopes, médica-veterinária e gerente de comunicação científica da Royal Canin® , afirma que existem sintomas a serem observados pelos tutores. “O animal pode apresentar sinais inespecíficos, como um aumento significativo de sede e na micção, vômito, halitose, diminuição do apetite e perda de peso”.
A doença renal crônica não possui cura e têm potencial de evolução constante, além de degenerar a saúde do pet. Entretanto, caso seja detectada em estágio inicial, o tratamento é menos invasivo e a doença pode ser controlada, permitindo que o animal de estimação tenha uma qualidade de vida muito próxima do normal.
“É essencial que o tutor tenha um médico-veterinário de confiança e leve seu pet com regularidade às consultas, já que com a realização dos exames de rotina é possível que o profissional identifique se algo não está bem, como apontar problemas renais, por exemplo.” complementa a dra. Natália.
A nutrição é a base da conduta terapêutica do paciente doente renal crônico. A dieta específica a ser oferecida ao pet com problemas renais deve ser cuidadosamente calculada em seus constituintes e a participação do tutor no dia a dia é essencial. Cabe a ele estimular o consumo de água do pet, trocando regularmente o pote de água fresca e mantendo-o disponível 24 horas. Além disso, é importante oferecer os alimentos prescritos específicos para esta condição e evitar petiscos, a fim de evitar o desbalanço dos micronutrientes que ajudam ou afetam a saúde renal.
Para aqueles pacientes com maior dificuldade de ingestão hídrica, exemplo dos felinos, boas alternativas para auxiliar são a compra de uma fonte de água corrente, além da introdução de alimento úmido.