10 PASSOS PARA O CUIDADO À SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES DA SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA
10 PASSOS PARA O CUIDADO À SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES DA SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA
1. Divulgar cuidados psicossociais ampliados entre gestores e equipes de saúdeDiversificar a oferta de cuidados, visto que várias medidas podem propiciar a sensação de pertencimento, de reconhecimento social, e de respeito às fragilidades e singularidades.
2. Estabelecer estratégias para minimizar o estresse vivido no cotidiano do trabalhoAlguns cuidados que refletirão no trabalhador a preocupação para com ele, como mensagens de motivação e reconhecimento aos trabalhadores e organização de espaço acolhedor para a convivência.
3. Estimular estratégias de cuidado mútuo e solidariedade entre os trabalhadoresApoio diante de perda, luto, impotência e cansaço extremo, inclusive aos trabalhadores que se encontram afastados do trabalho, contribuindo para estabilização emocional e aumento da biossegurança no trabalho.
4. Organizar atividades de apoio técnico e de educação permanenteTreinamentos, capacitação, supervisão e discussão de casos podem se constituir em espaços para compartilhar sentimentos e construir conjuntamente outras possibilidades, enquanto ações de promoção de saúde mental.
5. Fomentar nos serviços de saúde acolhimento aos trabalhadoresPossibilitar acolhimento aos trabalhadores por meio de grupos de apoio, espaços de escuta individual, momentos de descontração e/ou relaxamento, breves reuniões de equipe ou rodas de conversa no começo e no final do turno, de forma a oportunizar espaços de fala/escuta e de troca entre os trabalhadores, como fator protetivo.
6. Compreender o ambiente e a organização do trabalho como fatores que influenciam diretamente na qualidade e equilíbrio emocional dos trabalhadoresAvaliação permanente das condições e da organização do trabalho no contexto da pandemia e suas possíveis relações com o sofrimento e o adoecimento mental dos trabalhadores. Também gerenciar continuamente os vários riscos psicossociais do trabalho: sobrecarga, falta de solidariedade, perda de autonomia, redução de pausas e repousos, entre outros.
7. Garantir no ambiente de trabalho condições de autonomia, senso de dignidade, condições de descanso e sensação de segurançaAtuar de modo integrado com os trabalhadores nas definições do ambiente e dos modos de trabalho, valorizando ideias, conhecimentos técnicos, necessidades e solicitações, desenvolvendo, junto a eles, uma relação de confiança.
8. Orientar e facilitar o acesso aos serviços de saúde mental, apoio psicológico e psicossocial quando necessárioO sofrimento psicológico é um estágio anterior ao desencadeamento de adoecimentos mentais. Importante considerar sinais de alerta e história prévia: frequência, intensidade e permanência de sinais e sintomas, crises anteriores ou de abuso de substâncias psicoativas, condutas suicidas, grau de comprometimento funcional.
9. Desenvolver ações preventivas visando minimizar a incidência de quadros de adoecimentos psicopatológicos a médio e longo prazosAdotar medidas de prevenção aos sinais e sintomas que indiquem fadiga laboral, síndrome de esgotamento profissional (“Burnout”), estresse laboral e assédio moral no trabalho, além da preocupação com o risco de suicídio. Investir em medidas que favoreçam a recuperação dos profissionais que poderão precisar de um suporte especial no retorno à rotina e na reintegração às atividades.