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Clinica Veterinária

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Editorial

E 2022?

Editorial 155

Matéria escrita por:

Maria Angela Sanches Fessel

1 de dez de 2021


Estamos encerrando mais um ciclo anual que, como já havia acontecido em 2020, continuou trazendo para os médicos-veterinários um sem-número de situações atípicas e desafiadoras. Entre máscaras, isolamento, EADs, horas e horas quebrando a cabeça para encontrar soluções ou paliativos, chegamos ao final do ano, com a esperança de um novo ano melhor e a certeza de que muitas coisas não serão mais como antes.

Isso é algo que assusta mas também estimula, pois de qualquer modo recomeçaremos com a clareza de que as condições serão diferentes. Naturalmente, continuaremos ainda construindo em cima dos alicerces que já temos e do que já está, mas as direções forçosamente são agora mais diversificadas, muitas delas inéditas. E, entre as muitas aprendizagens que para cada um de nós com certeza foram particularíssimas, uma delas sem dúvida se destaca.

Todos e especialmente nós, que vivemos em função dos cuidados para com o outro, como médicos, pesquisadores, professores, enfim, como profissionais ligados ao universo da medicina-veterinária, fomos obrigados a aprender ou a revisitar algo muito simples – ou seja, cuidar melhor de nós mesmos e dos outros. A utilização de máscaras, o isolamento social e os procedimentos e reformulações de todo tipo nos fizeram prestar muito mais atenção à realidade incontornável de nossa interdependência mútua, estreita, íntima, algo que agora é mais que evidente.

Assim, cuidar de nós virou uma questão de sobrevivência, e ao mesmo tempo passou a ser equivalente a cuidar também do outro. E vice-versa. Estamos diante da necessidade de valorizar um cuidado de outro tipo, compartilhado, um distanciamento social, sim, mas que paradoxalmente nos fez atentar para o valor da proximidade social, de uma proximidade de outro tipo, menos física, mais conceitual – isto é, a consciência de que somos parte de uma unidade que engloba todos nós, e também os animais e o meio-ambiente; e isso nos mostra de maneira clara e incontornável como esse tipo de proximidade é fundamental para a nossa continuidade.

Que o ano de 2022 nos traga clareza cada vez maior a respeito dos nossos valores e alicerces mais importantes, e nos permita olhar para nós e para os outros com menos apego ao que nos diferencia e mais atenção ao que pode nos unir e nos permitir avançar juntos, como corpo social, como uma espécie de singular importância no planeta – mas uma entre tantas igualmente importantes.

Que possamos celebrar este momento com a atenção e o zelo que ele merece. Um excelente 2022 a todos nós!!!