2025 será um ano de comemorações, mas os preparativos começam agora!

Menu

Clinica Veterinária

Início Notícias Mercado Contribuições Os desafios nutricionais dos filhotes
Royal Canin

Os desafios nutricionais dos filhotes

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

25 de set de 2017

Créditos: hagit berkovich Créditos: hagit berkovich

A alimentação dos filhotes de gatos e cães é muito particular. Nas primeiras 12-24 horas de vida, eles são alimentados com o colostro materno. Após essa fase, com o leite materno rico em gordura, proteína e água, além de um percentual de lactose. A amamentação ocorre até a 4ª-5ª semana de vida do filhote, período em que ele ainda é capaz de digerir os nutrientes do leite, mas, por outro lado, já requer um teor energético mais elevado para crescer. Dessa forma, o início do desmame torna-se necessário, com a inclusão gradativa de alimentação de consistência mais firme que o leite.

 

Desmame

O desmame deve ser iniciado com a introdução de alimentação pastosa (“mingau”) ou úmida, intercalada com mamadas esporádicas. O mingau deve ser feito com a reidratação de um croquete com tecnologia própria para isso, na diluição de 1 porção do alimento seco em 2 porções de água à temperatura de 60 ºC, por 20 minutos. No início, os filhotes consomem uma pequena quantidade do mingau semi-sólido, pois o leite materno continua sendo a principal fonte alimentar da ninhada. Depois de 2 ou 3 dias da introdução do alimento nessa consistência, os filhotes já passam a fazer a preensão do alimento, e a diluição deve ser menor (1:1). Os dentes decíduos (dentes de leite) irrompem entre 21 e 35 dias após o nascimento, e, assim, os filhotes felinos e caninos adquirem a capacidade de mastigar e consumir alimento sólido em torno de 5 a 6 semanas de vida.

Após o desmame, o filhote é submetido à alimentação seca apropriada para essa etapa da vida. Nesse mesmo período ocorre a fase de socialização, que vai da 4ª à 12ª semana de vida no cão, e entre a 3ª e a 8ª semana de vida no gato 1,2. Durante esse período, o tempo dedicado à alimentação e ao sono se reduz pro gressivamente, observando-se o início das atividades do filhote como a interação intraespécie e inter-espécie 3.

 

Cuidados nutricionais dos filhotes em crescimento 

O crescimento de gatos e cães é diferente. Enquanto nos gatos há duas curvas características e distintas de crescimento, os cães apresentam curvas específicas para cada porte e até para cada raça (Figuras 1 e 2).

­

Figura 1 – Curva de crescimento de cães mostrando as variações entre os diferentes portes

­

Figura 2 – Curva de crescimento de gatos mostrando as variações entre as duas fases (0 a 4 meses de vida e 4 a 12 meses de vida)

­

Nos gatos, até os 4 meses de vida o crescimento é intenso e rápido, requerendo um alimento mais energético. Dos 4 aos 12 meses de vida, o gatinho ainda está crescendo, mas mais lenta e  gradativamente, tornando-se necessária uma alimentação com um teor energético moderado. Nos cães, a variação é ainda maior. Os cães pequenos crescem até os 10 meses de vida; os cães médios, até os 12 meses, os grandes, até 15 a 18 meses; e os gigantes, até 18 a 24 meses.

Com isso, os requerimentos nutricionais devem atender especificamente a cada curva de crescimento tão própria e distinta de cada porte.

Os benefícios dos alimentos completos e balanceados para filhotes de cães e gatos são diversos. O perfil nutricional, o formato, o tamanho e a textura dos croquetes e outras características de tais alimentos atendem de forma precisa às necessidades dos filhotes reconhecidas por médicos-veterinários e criadores, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e o bem-estar desses animais.

 

Referências

1-PRATS, A. Farmacologia e terapêutica veterinária. In:___. Neonatologia e pediatria canina e felina. 1. ed. Madri: Interbook, 2005. p. 270-301. ISBN: 978-8589450041.

2-CRESPILHO, A. M. ; MARTINS, M. I. ; SOUZA, F. ; LOPEZ, M. ; PAPA, F. Abordagem terapêutica do paciente neonato canino e felino: 1. Particularidades farmacocinéticas. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 30, n. 1/2, p. 3-10, 2006.

3-SORRIBAS, C. E. El cachorro. In:___. Reproduccion en los animales pequeños. Buenos Aires: Intermédica, 1995. p. 126-135. ISBN: 978-9505551651.

 

 

Luciana Peruca

MV, Msc, coordenadora de comunicação científica

Royal Canin Brasil