É mais que sabido que a devastação da natureza e seu desequilíbrio trazem catastróficas consequências para a sobrevivência dos animais em geral. A devastação se dá nas florestas, nos oceanos, nos campos, nos rios, nas matas etc., descaracterizando os biomas e o equilíbrio necessários à perpetuação das espécies. Vemos a toda hora notícias sobre mudanças climáticas pelo mundo afora, e nos resta a pergunta: afinal de contas, não precisaríamos tomar consciência de que somos corresponsáveis por todas essas mudanças e desastres ambientais e pelo sofrimento das espécies animais?
Temos visto pessoas conscienciosas criarem políticas e diretrizes como o ESG (Environment, Social and Governance), trazendo para as empresas a responsabilidade por esses três aspectos, a fim de minimizar efeitos danosos, mas os resultados têm sido pouco expressivos até o momento.
Analisando todo o contexto, recaímos sempre na consciência, no pensamento, na mente, nos sentimentos e propósitos dos seres humanos, que podem tanto conduzir para a solução das crises como para a destruição da humanidade e da vida no planeta.
A destruição ocorre porque os recursos da natureza são utilizados como se fossem propriedade de alguém, e com o objetivo de transformá-los em valores monetários, na suposição de que os recursos naturais são inesgotáveis.
É esse tipo de pensamento que caracteriza o mundo dos materialistas e dos acumuladores de bens, dos egocêntricos, daqueles que encaram a competição como um meio de eliminar a concorrência e só pensam na maximização dos resultados, utilizando a tecnologia para destruir com maior rapidez a natureza. É o universo das pessoas que só têm olhos para dinheiro, poder, status social e influência.
Para que a natureza permaneça exuberante, preservando animais e plantas, é necessária uma transformação radical do ser humano. O momento atual requer que as pessoas tomem consciência de que a natureza precisa estar em equilíbrio para promover o bem-estar das próprias pessoas, e que os recursos naturais pertencem a todos que saibam utilizá-los com respeito, sabedoria e equilíbrio, de forma sustentável, ou seja, preservando o habitat e o equilíbrio entre a grande diversidade de espécies de animais e plantas.
Pessoas conscientes buscam sabedoria pelo conhecimento, sabendo que existem macrorganismos e microrganismos, que há em torno de 30 bilhões de espécies no planeta e que para serem mantidas vivas, a natureza precisa estar equilibrada. O próprio ser humano é mantido vivo pela natureza, pela harmonia dos constituintes orgânicos e inorgânicos, e deve buscar harmonia e equilíbrio amigável e respeitoso com a natureza e os demais seres vivos.
Na natureza, os animais se relacionam em cooperação e coexistem de forma sutil em um complexo sistema de comunicação, de modo semelhante ao que fazem os povos originários, que vivem integrados com a natureza. Portanto, o ser humano que se denomina “civilizado” deveria também manter uma ligação estreita com a natureza e os animais, para que todos pudessem conviver eternamente em harmonia. Observando o movimento da natureza e dos animais, os seres humanos conscientes encontram respostas para sua própria natureza, refletindo e transformando suas condutas com atitudes virtuosas.
Fica claro que para termos um meio ambiente exuberante, com respeito aos animais e à vida como um todo, precisamos de maior eficácia e maior volume de pessoas buscando uma expansão de consciência.
Para cultivar essa expansão de consciência devemos considerar:
• que somos únicos e 100% responsáveis pelas nossas experiências, decisões e conceitos de vida;
• que precisamos estar cientes de que cada pensamento cria o seu próprio futuro, moldando o dia de amanhã;
• que o ponto do poder está no momento presente;
• que os sentimentos negativos de raiva e ódio em relação a outras pessoas estão na realidade dentro de cada um;
• que somos seres imperfeitos caminhando para uma conquista gradativa de perfeição;
• que não estamos acima dos outros e nem temos a verdade absoluta;
• que os pensamentos e sentimentos positivos criam um futuro positivo, e que os pensamentos negativos podem ser analisados, modificados e ressignificados;
• que devemos fazer autoanálise para perceber se estamos ou não fazendo o bem para nós mesmos e para as outras pessoas;
• que ressentimentos, críticas, julgamentos e culpas são padrões prejudiciais a todo mundo, começando pela própria pessoa, e que mantê-los cria um futuro doloroso, que precisa ser revisto;
• que a libertação dos ressentimentos pode eliminar o câncer, que é necessário amar a si mesmo, e que a prosperidade nasce do próprio coração e se expande ao redor, criando uma reverberação que reforça a prosperidade;
• que é fundamental libertar-se do passado, de todas as mágoas e ressentimentos, perdoar a tudo e a todos e, principalmente, perdoar a si próprio – o que não é fácil –, tendo em mente que perdoar não é apenas declarar isso, pois o perdão verdadeiro vem do coração;
• que a autoaprovação e autoaceitação são chaves fundamentais para que as mudanças positivas ocorram, do contrário estaremos criando doenças em nós;
• que é preciso ter resiliência e jogo de cintura para se adaptar às situações e circunstâncias da vida, renovando-se a cada momento, sem deixar que as energias mentais e emocionais fiquem estagnadas;
• que cada um precisa reafirmar em si mesmo que tem o poder de criar as próprias circunstâncias e que possui sabedoria para fazer isto; que contamos com o grande poder da nossa mente e devemos usá-lo a partir da nossa própria escolha. Esse sentido da liberdade é o segredo para que a humanidade consiga fazer as escolhas corretas.
Cada momento da vida é um novo começo, e pode ser uma renovação. Para alcançar prosperidade, o ímã é a renovação constante. Ela é a água da fonte da vida, em constante movimento, e é dessa água que temos que beber para um novo começo, buscando nossa transformação em um ser humano muito melhor. E para dar esse salto é fundamental ter consciência de que o meio ambiente e os animais são o alicerce da prosperidade e perpetuidade da humanidade e de toda a vida no planeta.