2025 será um ano de comemorações, mas os preparativos começam agora!

Menu

Clinica Veterinária

Início Opinião MVColetivo Curso de Especialização em Medicina Veterinária do Coletivo
Aula prática no campus da UFMG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização Aula prática no campus da UFMG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

Introdução

Reconhecida em 2021 como nova especialidade na medicina veterinária, a medicina veterinária do coletivo (MVC) integra práticas da saúde coletiva, da medicina de abrigos, da medicina veterinária legal, da medicina veterinária de desastres, da medicina veterinária indigenista e de comunidades tradicionais, envolvendo diversas disciplinas: medicina preventiva; saúde pública; controle de zoonoses; comportamento e bem-estar animal; manejo populacional de cães, gatos e equídeos, assim como o gerenciamento de recursos humanos. Com práticas sob a estratégia de saúde única, a participação de diferentes órgãos – como as Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZ), a atenção básica e Equipes Multiprofissionais (e-Multi, que substituiu o extinto Núcleo de Apoio às Famílias – Nasf), os Centros de Referência de Assistência Social Básica (Cras) e Especializada (Creas), órgãos ambientais e de educação, como universidades, entre outros – é importante e necessária para a promoção de uma saúde que envolva seres humanos, animais e o meio ambiente. 

A MVC envolve uma atuação da medicina veterinária com entendimento do complexo social e suas demandas políticas, econômicas, sociais e educacionais existentes e particulares em todas as comunidades e territórios, visto que essas demandas não são apenas problemas humanos, pois se refletem na vida dos indivíduos, das famílias, das comunidades e de seus animais. As desigualdades sociais, as estruturas socioeconômicas e políticas impactam todos os seres, inclusive os animais que fazem parte da sociedade e são afetados pelos seus problemas, direta ou indiretamente. Há necessidade de um olhar mais amplo, observando as diferenças, além de repensar as nossas condutas e o que queremos para o futuro, assim como remover restrições, renovar e ampliar saberes, integrar programas e estratégias para o bem comum de seres humanos e animais que compartilham o mesmo ambiente. A ampliação de saberes e a intersecção das estratégias multiprofissionais para a promoção da saúde exigem o reconhecimento pelos profissionais de saúde – além do médico-veterinário – da importância dos animais na vida dos indivíduos, das famílias, das comunidades e do entorno: de que o convívio com os animais pode impactar a qualidade de vida dos seres humanos positiva ou negativamente, dependendo de como os animais são criados, mantidos e da qualidade das interações entre eles, pois a conquista de uma vida saudável se relaciona com os elementos físicos, psicológicos e sociais das condições de vida.

­

Visita ao Ministério Público em Belo Horizonte, MG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

­

O primeiro Curso de Especialização em Medicina Veterinária do Coletivo da Universidade Federal do Paraná (CESMVC-UFPR) teve como objetivos capacitar, ampliar e desenvolver conhecimentos e habilidades na área de medicina veterinária do coletivo, incrementando também a produção científica por meio de projetos de intervenção desenvolvidos individualmente pelos estudantes, propiciando a eles qualificação profissional mediante proposta curricular fundamentada na teoria e na prática. O CESMVC foi realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com o Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias (Pecca) e a Fundação do Paraná (Funpar), por meio da plataforma UFPR Virtual. Seguindo as normativas da UFPR, o curso contou com 70% de professores de instituições federais de Ensino Superior, entre elas UFPR, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Sul de Minas (IFSuldeMinas) e Universidade Federal Fluminense (UFF).

 

Atuação com animais em situação de acumulação in loco, realizada em Pernambuco. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

 

O curso contou com 506 horas, sendo 406 horas de disciplinas teóricas e 100 horas de disciplinas práticas. A carga horária teórica se deu por meio do ensino à distância (EAD), contando com aulas sincrônicas e atividades assincrônicas. Os locais das disciplinas práticas foram escolhidos pelos estudantes, tendo como opções instituições na sua própria cidade ou no seu local de trabalho; na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, e região metropolitana; na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife, e região metropolitana; na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e região metropolitana; e por meio do Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo (IMVC). Durante todo o curso os alunos desenvolveram um Projeto de Intervenção, com a orientação de um professor tutor. Nessa primeira turma, completaram o curso 34 médicas e médicos-veterinários. 

 

 

Palestra sobre prevenção de arboviroses na UFRPE. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

 

 

Composta de 51 disciplinas sobre saúde coletiva, medicina veterinária legal, medicina de desastres e medicina de abrigos, a especialização em MVC da UFPR foi capaz de desenvolver uma nova perspectiva da medicina veterinária aos participantes – uma visão do coletivo, mas sem esquecer o indivíduo, apresentando os conceitos teóricos de forma leve, dinâmica e prática, e fornecendo habilidades para o aluno atuar em diversas áreas da MVC no setor público, privado ou no terceiro setor.

­

Fechamento do dia de prática no hotel no Recife, PE. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

­

A modalidade EAD possibilitou a criação de um networking de profissionais atuantes e aspirantes na MVC com uma rica troca de vivências na área em diferentes cidades do país, seja pela proposição de trabalhos em grupo, de encontros presenciais ou durante os encontros online ao vivo. A disponibilização da gravação das aulas aos que não conseguiam estar presentes de forma sincrônica possibilitou a participação de todos os alunos, adequando-se à rotina de cada um. As atividades propostas – tarefas e trabalhos em grupo – auxiliaram no aprofundamento do conhecimento teórico e na sua aplicação em situações práticas, cotidianas, nas diferentes áreas de interface da MVC, como, por exemplo, estruturar o manejo em um abrigo ou o planejamento de uma campanha de castração. Os alunos foram estimulados a criar apresentações e vídeos pedagógicos utilizando novas ferramentas tecnológicas atrativas e acessíveis aos diferentes públicos-alvo, como cartilhas informativas. 

­

Cerimônia de formatura dos alunos realizada durante a Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo apresentada na UFRPE. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

­

Por meio das disciplinas práticas, os pós-graduandos tiveram a oportunidade de conhecer in loco o trabalho de diversos profissionais das áreas de saúde, do meio ambiente e da assistência social que atuam na compreensão e na gestão dos principais desafios de saúde advindos das interações entre animais, ambiente e sociedade. As práticas no setor público demonstraram a dificuldade real dos profissionais de MVC, os grandes desafios que são frustrados pela negligência desse setor. Por meio das práticas, identificou-se a falta de comunicação entre as entidades e os órgãos que deveriam atuar de maneira conjunta. Os desafios da atuação sob a estratégia de saúde única são complexos e só podem ser enfrentados com a congruência das equipes multidisciplinares de vários setores, cada uma assumindo sua responsabilidade. Durante as práticas, identificou-se o cansaço físico e mental de todos os profissionais envolvidos, agravado pela frustração da falta de êxito em muitas ações. Os desafios multifacetários só poderão ser solucionados com a coesão intersetorial e multiprofissional no planejamento e na execução.

­

Visita ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Belo Horizonte, MG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

­

As práticas ocorreram durante a última semana do mês de março de 2023 e envolveram atividades no campus da UFMG, incluindo:
• manejo de animais abandonados no campus e de animais silvestres;
• acompanhamento das atividades em um parque municipal onde são realizados o manejo de gatos de vida livre e o enfrentamento da esporotricose zoonótica; 
• visita a abrigo público de cães e gatos em município da região metropolitana; 
• visita ao hospital público da capital; e
• visita e acompanhamento de atividades de uma regional de saúde em Belo Horizonte. 

­

Visita ao Centro de Saúde Padre Tiago, em Belo Horizonte, MG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

 

­

As práticas que envolveram a colaboração da UFRPE foram feitas em dois municípios, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes, em maio de 2023. Em Camaragibe, o acompanhamento de agentes comunitários de saúde nas suas rotinas em seus territórios, com visitas domiciliares; vigilância epidemiológica, com discussão de casos; vigilância sanitária, com vistorias em diversos locais, em especial comércios de alimentos; e a busca ativa de larvas de Aedes aegipti em domicílios, bem como educação sobre o seu controle. Os alunos que participaram das práticas em Recife puderam acompanhar a Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo na UFRPE, durante três dias, e receber uma homenagem pela formatura.

­

Visita à Gerência de Defesa dos Animais (Gedan) em Belo Horizonte, MG. Créditos: Arquivo do Curso de Especialização

­

Um aspecto fundamental na formação do especializado em medicina veterinária do coletivo foi a aplicação do conteúdo aprendido no desenvolvimento do projeto de intervenção implementado ao longo do curso com a orientação de professores previamente selecionados; os estudantes escolheram temas para “colocar a mão na massa”. Apesar do grande desafio, desde a sugestão do tema até a finalização da escrita com as normas estabelecidas, o projeto de intervenção serviu como uma oportunidade de aperfeiçoamento a ser aplicado no próprio local de trabalho, na cidade do estudante ou em instituição parceira, servindo como um laboratório de experimentação em áreas de interesse que não foram exploradas durante a graduação. Os temas escolhidos abrangeram as áreas de manejo populacional, teoria do elo, saúde única, conservação da biodiversidade, populações tradicionais, políticas públicas de controle de zoonoses e transtorno de acumulação de animais, dentre outras, e estão disponíveis na biblioteca virtual da UFPR.

A pós-graduação em medicina veterinária do coletivo apresentou uma importante ampliação do escopo de atuação do médico-veterinário, comparado ao que é ensinado durante a graduação. Esse curso marca o retorno do veterinário como um ator social, promovendo ativamente a saúde coletiva por meio da atenção aos animais, aos seres humanos e ao ambiente. A transdisciplinaridade, inerente à própria atuação da veterinária do coletivo, expande e fortalece a abordagem em saúde única, pavimentando o caminho em prol de um desenvolvimento sustentável, fator imperativo para se alcançar uma saúde global e resiliente.

 

Depoimentos sobre o curso

“O conteúdo teórico foi bem abrangente, com uma visão do coletivo, mas sem esquecer o indivíduo. A didática utilizada pela maioria dos professores foi inovadora, e as tarefas propostas seguiram o mesmo ritmo. Isso proporcionou não só um aprofundamento do conhecimento, como também um novo método de desenvolver as atividades. Durante o desenvolvimento do meu projeto de intervenção percebi que o bem-estar dos animais precisa de uma ação intersetorial e da atuação permanente da comunidade. O projeto confirmou a proposta do curso de especialização. Com ele saí do indivíduo para o todo sem perder a essência da unicidade de cada um. A especialização em medicina veterinária do coletivo da UFPR foi um divisor de águas na minha vida profissional” – Maria Cristina Costa, Prefeitura de Belo Horizonte, MG.

­

“A prática no setor público demonstrou a dificuldade real dos profissionais de MVC, tendo grandes desafios limitados pelo Estado. O desafio colocou em foco a falta de comunicação entre as entidades e os órgãos que atuam na MVC. A partir da especialização, fica claro que o desenvolvimento de uma saúde coletiva deve envolver vários órgãos do setor público, privado, do terceiro setor e da sociedade civil. O projeto de intervenção fez com que o aluno fosse proativo ao aplicar o conteúdo teórico em benefício da sociedade. O curso não desenvolveu apenas conhecimentos técnicos, mas trouxe temas pouco discutidos, como saúde mental dos médicos-veterinários e saúde laboral, e forneceu ferramentas para agir com técnica e empatia em situações pouco compreendidas, como a teoria do elo, pessoas em situação de acumulação e maus-tratos. Essas disciplinas demonstraram com delicadeza e clareza como compreender as pessoas nessas situações, provendo habilidades para que o profissional atue de forma empática e adequada em cada caso, respeitando a individualidade das pessoas e dos animais envolvidos. Também trouxe atualizações clínicas e cirúrgicas, além de desenvolver temas pouco abordados nas faculdades de veterinária, como etologia e modulação comportamental, direito e legislações, medicina veterinária de abrigos, medicina veterinária de desastres, manejo populacional de cães e gatos, docência e marketing. A MVC trabalha não só com a saúde física das pessoas, dos animais e do meio ambiente, mas também tem um olhar especial para a saúde mental das pessoas e dos animais e suas consequências para saúde única. A pós-graduação em MVC da UFPR não é apenas uma especialização, é uma experiência de vida. Por meio de um conteúdo amplo e objetivo, foi capaz de desenvolver uma nova perspectiva da medicina veterinária. Os professores, especialistas de diversas áreas do conhecimento, demonstraram o caráter multidisciplinar do profissional em MVC” – Jéssica Scutti, autônoma, DF.

­

­

“A disponibilidade das faculdades em fornecer as práticas auxiliou os alunos que tiveram dificuldade em realizar essas atividades em suas cidades. A oportunidade da troca de conhecimentos e das vivências com profissionais renomados e de referência na MVC foi um crescimento não apenas no âmbito profissional, mas no pessoal. As práticas na UFMG com as professoras Camila e Danielle e sua equipe mostraram o maravilhoso e desafiador trabalho com os animais abandonados no campus da faculdade, assim como o de outros profissionais no CCZ, abrigo da cidade e parque municipal, instigando-nos a identificar pontos críticos e estratégias para o aprimoramento do trabalho realizado. Na visita ao Ministério Público, conhecemos a atuação dos promotores e de médicos-veterinários que relataram suas vivências e atuações em campo. O curso em si foi inovador e abrangente em diversos sentidos. Por ser de modalidade online, possibilitou que os alunos trocassem vivências de diferentes cidades do país e conseguiu sintetizar de forma leve e dinâmica a infinidade de conteúdos que existem dentro da medicina veterinária do coletivo. As atividades propostas nos fizeram pensar no modo como profissionais desses diferentes setores da MVC aplicam esse conhecimento em situações cotidianas de suas profissões, como estruturar o manejo de um abrigo ou realizar as etapas de uma campanha de castração de forma simples e acessível a diferentes públicos, como cartilhas informativas para a população” – Stella Gioia Branco, autônoma, RJ.

­

“Durante nossa vivência em Recife, PE, tivemos a oportunidade enriquecedora de acompanhar de perto as ações dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, além de interagir com a equipe gestora, especialmente na Secretaria de Saúde do município de Camaragibe. Observamos a dinâmica e a funcionalidade dessas ações, o que nos proporcionou valiosas percepções sobre a importância do trabalho integrado em saúde pública. Além disso, ao compartilharmos nosso conhecimento sobre a teoria do elo, que relaciona a violência animal à violência doméstica, fomos recebidos com interesse pela Coordenadora da Assistência Social, que expressou sua intenção de aprofundar o tema e buscar informações junto aos profissionais da medicina veterinária. Nossa experiência incluiu também a visita a um abrigo de cães e gatos em Jaboatão dos Guararapes, onde identificamos os desafios enfrentados para a manutenção desses animais na cidade. Toda a nossa experiência conjunta nos permitiu reconhecer a relevância da integração entre os setores público e privado, bem como a necessidade de sensibilização acerca da relação entre a violência animal e a doméstica para a promoção do bem-estar social e animal em comunidades urbanas. Essa rica experiência pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais abrangentes e eficazes na proteção e no cuidado tanto dos animais quanto dos cidadãos vulneráveis em nosso contexto local. O Curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária do Coletivo foi uma experiência verdadeiramente transformadora, proporcionando conhecimentos de extrema relevância e abordando temáticas atuais que podem ser aplicadas com impacto significativo na região em que atuo. O aprendizado em medicina de abrigos e especialmente em manejo humanitário de cães e gatos destacou-se como o ponto mais impactante da minha formação. Essas novas habilidades adquiridas permitirão que eu contribua de forma mais efetiva não apenas para o bem-estar e a saúde dos animais, mas também de toda a comunidade. Acredito que o conhecimento adquirido não apenas aprimorou minha formação profissional, mas também fortaleceu minha missão de tornar a vida dos animais e pessoas mais digna e compassiva, consolidando-me como um agente de mudança positiva na medicina veterinária” – Maria Alice Pires Moreira, docente do IF, GO. 

­

“O projeto de intervenção proposto nessa especialização proporciona o desenvolvimento de uma ação prática voltada para a área de atuação do estudante. Esse é certamente um diferencial, uma vez que muitos cursos dessa modalidade propõem apenas atividades teóricas para a conclusão de um trabalho final” – Vivian Lindmayer Cisi, docente do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, SP.)

­

“O desenvolvimento de um projeto de intervenção em que se promove a mudança de uma realidade, e não o relato de caso – como é muito comum em outras especializações –, lança o estudante na verdadeira realidade da medicina veterinária do coletivo. O Curso de Especialização em MVC da UFPR, por apresentar fielmente essa área de atuação, transforma o profissional estudante. Isso ocorre porque a MVC é diferente de outras especialidades de uso comum da medicina veterinária. Enquanto outras especialidades levam os alunos a se aprofundar em um microcosmo, a MVC apresenta um macrocosmo imenso e complexo. Isso é possível porque a organização do curso é o resultado da própria estruturação da MVC no Brasil, fruto da vivência de mais de três décadas de atuação profissional na área” – Paula Bastos, docente da Unimes, SP.

­

“O curso foi surpreendente em todos os aspectos, pela objetividade e o foco dos professores, todos de altíssimo nível, e o principal – voltados no dia a dia às ações do coletivo, ou seja: a abordagem era direcionada para a compreensão da medicina do coletivo em suas diferentes variações. O objetivo da pós-graduação não só foi alcançado como superado. O curso me surpreendeu pelo nível, pelo conteúdo e pela dedicação dos professores com seus alunos, sempre dispostos a nos auxiliar e nos orientar. Também gostaria de elogiar a plataforma da UFPR, extremamente prática e simples de usar, mesmo para quem tem um pouco de dificuldade com as novas tecnologias. – Denise Langanke Santos, docente da Unip, SP.

­

“O curso mostrou os vários caminhos da medicina veterinária, o que não é dito durante a graduação. A modalidade online foi um desafio maravilhoso, eficaz e perfeito. A convivência online me permitiu fazer grandes amigas. Os estágios em diferentes regiões do país permitiram visões diferentes e maravilhosas. A medicina veterinária do coletivo é o futuro, um novo mercado de trabalho aberto a ser explorado” – Maria da Glória Alves Cunha, autônoma, ES.

­

“Só tenho a agradecer por todo o conhecimento partilhado pelos professores na especialização em MVC, pois eles nortearam minha atuação como médica-veterinária em um departamento de bem-estar animal público. Hoje tenho embasamento para propor e expor aos gestores e munícipes questões sobre manejo populacional, legislação e bem-estar dos animais abrigados até sua adoção, compreendendo e aplicando a medicina de abrigos – conceitos e áreas novas que não fizeram parte da minha graduação” – Camila Martin Docal, Prefeitura Municipal de Itupeva, SP.

­

“Na faculdade que fiz na Colômbia não tivemos a oportunidade de nos aprofundar em temas tão importantes, que envolvem a interação entre ser humano, animal e ambiente, muito ameaçada atualmente. O curso me fez pensar na importância de nós, como médicos-veterinários, atuantes na saúde humana, animal e ambiental, impactarmos positivamente as nossas comunidades, promovendo interações positivas. Pretendo trazer para a Colômbia tudo o que os professores nos ensinaram nas aulas; no Brasil, há anos grandes esforços têm aumentado a consciência dos médicos-veterinários sobre o que significa a medicina veterinária do coletivo, e precisamos fazer o mesmo na Colômbia. Agradeço aos professores e alunos da comunidade da UFPR por nos terem dado a oportunidade de fazer o curso e desenvolver na Colômbia os nossos projetos de intervenção. Desde que o curso terminou, tenho mais claro como posso intervir na comunidade com as ferramentas oferecidas. Como estrangeira, teria gostado de assistir às práticas que foram realizadas presencialmente. Talvez no futuro se possam fazer convênios para realizá-las também aqui na Colômbia” – Laura Catalina Cuervo Méndez, autônoma, Colômbia.

­

“Uma das melhores experiências foi a oportunidade de aplicar as lições aprendidas ao longo da especialização no projeto de intervenção em medicina veterinária do coletivo. Ressaltando a importância das redes colaborativas, meu projeto (Projeto Cipó) cresceu bastante após convidar os órgãos ambientais, institutos de pesquisa, universidades e Secretarias Municipais de Saúde, que demonstraram bastante interesse em participar, para minha surpresa. Também foi fundamental a participação das pessoas que sobrevivem no Parque Nacional da Serra do Cipó, como as comunidades tradicionais, os funcionários, guias turísticos e charreteiros, que conduziram as ações de intervenção em saúde única a partir de seus relatos sobre os pontos positivos e negativos da interação ser humano/animal no cotidiano local. Por meio das técnicas de gestão participativa apresentadas no curso, foram realizadas rodas de conversa que levaram a diagnósticos de risco com diretrizes para gestão em saúde única na unidade de conservação, compartilhados com gestores e moradores, com atenção especial à saúde dos cães e cavalos, e à presença de carrapatos e de zoonoses associadas” – Graziela Virginia Tolesano-Pascoli, Aecom do Brasil.

­

A segunda edição do Curso de Especialização em Medicina Veterinária do Coletivo da UFPR terá início em fevereiro de 2024. Para receberem informações, os interessados devem preencher ficha disponível no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScXPkxF_gnFGA_0_20Zpf8kn5gdB5SmKZaMMU_1GXR-Uq9FrA/viewform.