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Presidente da Comissão de Saúde Única do CRMV-RJ e pesquisador ICTB/Fiocruz dá dicas de como prevenir a Leishmaniose após suspensão de vacina no Brasil

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

8 de set de 2023


A leishmaniose, enfermidade provocada pelo protozoário do gênero Leishmania, afeta seres humanos e animais e sua transmissão ocorre exclusivamente por meio da picada de flebotomíneos ou “mosquitos-palha”.

O médico-veterinário Paulo Abilio Varella Lisboa, presidente da Comissão de Saúde Única do CRMV-RJ e pesquisador ICTB/Fiocruz, explicou que a incidência e a prevalência da doença em cães e gatos são desconhecidas. “Em alguns trabalhos pode-se estimar que cerca de 1 a 3% da população canina esteja infectada, na condição assintomática, infectada com sinais leves (principalmente alterações da pele) ou sinais graves. Os estados do Pará, Piauí, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina têm apresentado maiores concentrações.”, explicou.

Apesar do esforço do Ministério da Saúde percebe-se um aumento dos casos de leishmaniose em pessoas, um alerta para os órgãos de saúde humana, animal e ambiental, pois o vetor é presente em grande parte do país. “Infelizmente em animais só temos alguns dados municipais e estaduais. Sem um cenário dos animais infectados, doentes ou que passam por eutanasia devido à doença e, sem dados epidemiológicos, não temos como saber onde e como agir”, disse.

A suspensão da vacina de leishmaniose no Brasil representa um retrocesso no enfrentamento da doença. “A vacina era eficaz e funcionava como uma dupla defesa no ciclo de transmissão. Mas o produto precisa estar dentro do preconizado e ser confiável. Esperamos que tudo seja solucionado e tenhamos novamente uma vacina contra leishmaniose” completou.

“A vacina exigia a revacinação anual e os animais vacinados até a suspensão devem ser considerados imunizados. Os que precisariam revacinar este ano ou deveriam começar o protocolo perderão a proteção da vacina, sendo importante reforçar as ações de prevenção com produtos repelentes na forma de coleiras ou pipetas, alinhados a conceitos de imunonutrição. Todas as ações devem focar em substâncias repelentes e inseticidas, a base de piretroides, seja na forma de coleiras ou de pipetas, além de reforçar nutracêuticos que possam contribuir com o aumento da imunidade dos animais saudáveis. Nos animais doentes, deve-se realizar o tratamento orientado por um médico-veterinário e todo o acompanhamento clínico destes animais, além de reforçar o papel do médico-veterinário como um agente de saúde pública, na identificação, diagnóstico, tratamento, prevenção, orientação ambiental e na educação em saúde no enfrentamento da leishmaniose”, finalizou.

 

Fonte: CRMV-RJ

https://www.crmvrj.org.br/2023/08/presidente-da-comissao-de-saude-unica-do-crmv-rj-e-pesquisador-ictb-fiocruz-da-dicas-de-como-prevenir-a-leishmaniose-apos-suspensao-de-vacina-no-brasil/