2025 será um ano de comemorações, mas os preparativos começam agora!

Menu

Clinica Veterinária

Início Clínica veterinária X Congresso Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo
IMVC

X Congresso Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo

X Congresso Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

8 de jan de 2021


O Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo (IMVC), antigo Instituto Técnico de Educação e Controle Animal (ITEC) é uma organização não governamental, sem fins lucrativas, que visa a capacitação dos profissionais que lidam direta ou indiretamente com os animais de estimação para a promoção da saúde dos indivíduos, famílias e comunidades por meio da convivência harmoniosa entre humanos e animais. Preocupado com as novas demandas sociais que envolvem as práticas dos profissionais que atuam direta ou indiretamente com as interações humano, animal e ambiente, promoverá a X Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo de forma online.

A Medicina Veterinária do Coletivo (MVC) é uma nova área da Medicina Veterinária que interliga a Saúde Coletiva, a Medicina de Abrigos e a Medicina Veterinária Legal nas questões referentes às interações humano, animal e meio-ambiente. Exige a formação de um profissional que integre o sistema para a promoção da saúde dos indivíduos, famílias e comunidades por meio da estratégia de saúde única, com habilidades para coordenar a integração intersetorial e multiprofissional.

O manejo populacional humanitário e sustentável de cães e gatos (MPCG) em áreas urbanas é um dos grandes temas dentro da MVC, sendo um problema para saúde pública e medicina de abrigos, mas tendo consequências também forenses. A medicina de abrigos engloba toda a política interna dos locais públicos, privados ou do terceiro setor que fazem a manutenção de cães e gatos no coletivo, mas que têm relação direta e sofrem as consequências de políticas externas de MPCG ineficientes. Inclui os protocolos de admissão de animais, programas preventivos, capacitação de funcionários e demais demandas para que os animais possam ser reintroduzidos na sociedade sem representarem riscos. Os maus-tratos aos animais são um tema que deve ser tratado intersetorialmente: como indicador de outras formas de violência, envolve a saúde, assistência social, conselhos tutelares e de defesa dos direitos dos idosos e das mulheres; as intervenções legais, caso as ações socioeducativas não tenham efeito; e a aplicação dos 4Rs da medicina de abrigos (recolhimento seletivo, reabilitação, ressocialização e reintrodução na sociedade por meio da adoção) para a melhoria dos níveis do bem-estar dos animais.

Em 1999, a Medicina Veterinária do Coletivo (MVC) começa a fazer parte do currículo de algumas escolas veterinárias americanas e programas especiais começam a ser desenvolvidos.  No Brasil, o primeiro curso de Medicina Veterinária do Coletivo foi realizado pelo Programa de Proteção e Bem-estar de Cães e Gatos da Cidade de São Paulo (PROBEM) em junho de 2009, com apoio internacional do Centro de Pesquisa da Interação da Saúde Animal, Humana e Ecológica (CISAHE) da Universidade De La Salle, Colombia, Secretaria de Estado da Saúde, Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo e Instituto Técnico de Educação e Controle Animal (ITEC).

As Conferências de Medicina Veterinária do Coletivo (MVC) nasceram em 2010 na Universidade de São Paulo (2010 e 2011). Em 2012 e 2013 aconteceram na Universidade Federal do Paraná (UFPR); em 2014 e 2015 na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); em 2016 e 2017 na UniRitter Porto Alegre. A partir de 2017 a Conferência passou a ser bianual, com a última edição em 2018 na Paraíba.

A prática da MVC no Brasil tem se acelerado principalmente com as novas realidades jurídicas de cunho ético/moral de alguns estados que impedem a eliminação de animais sadios pelos serviços de controle de zoonoses. Nesse momento de delicada transição, a ciência precisa caminhar junto com a ética e a lei, oferecendo as bases para os médicos veterinários promoverem uma vida digna, sem sofrimentos, aqueles que necessitam permanecer confinados, independentemente do tempo.