Reflexões para a criação e a implantação de abrigos de animais
Quais são as etapas de planejamento em que devemos pensar antes de iniciar o projeto de um abrigo de animais
A medicina de abrigos no Brasil é uma área em ascensão advinda de uma demanda por mudanças nas políticas públicas para o Manejo Populacional de Cães e Gatos (MPCG). No país, segundo dados de 2018 do Instituto Pet Brasil (IPB), existem 370 organizações não governamentais (ONGs) ou Organizações da Sociedade Civil (OSCs) atuando na proteção animal. Dessas, 46%, ou 169, estão na Região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (18%), Nordeste (17%), Norte (12%) e, por fim, Centro-Oeste (7%). Essas instituições tutelam mais de 172 mil animais, sendo 165.200 (96%) cães e 6.883 (4%) gatos 1.
Animais abandonados e que vivem em situação de rua são uma realidade em todos os municípios brasileiros, sensibilizando parte da comunidade em que estão inseridos e estimulando o desejo de muitos de criar um abrigo para resgatá-los, recuperá-los e ajudá-los. Geralmente as pessoas envolvidas nesse processo são muito motivadas, mas agem de forma impulsiva; há também casos de pessoas que eram protetores independentes e se depararam com quantidades exorbitantes de animais. Em ambos os casos, ignoram-se os problemas advindos dessa decisão. Muitas pessoas e organizações avaliam os abrigos de animais como uma necessidade urgente em seu município/comunidade, o que nem sempre é o caso.
Assim sendo, é essencial que se façam pesquisas e planejamentos preliminares à fundação de um abrigo, que economizarão tempo e evitarão erros posteriores; afinal, construir um novo abrigo, além de ser caro e requerer muito planejamento e organização, pode gerar mais problemas do que soluções concretas para a melhora do nível de bem-estar dos animais e a prevenção do abandono.
O objetivo deste artigo é analisar a viabilidade da construção e instalação de um novo abrigo, e, em caso de resposta positiva, discutir como deve ser feito o planejamento para isso.
Estratégias do manejo humanitário e sustentável da população de cães e gatos
Cães e gatos vivem comumente nas ruas tanto do meio urbano quanto do rural, causando comoção em grande parte das pessoas. Esses animais são, na maioria das vezes, resultado da restrição financeira e cultural da população, da falta de políticas públicas voltadas à causa, da tutela irresponsável, da reprodução descontrolada dos animais soltos e mesmo da ausência de auxílio veterinário coordenado 2.
A fim de diminuir e até cessar as preocupações com os animais errantes, um manejo humanitário e sustentável da população de cães e gatos (MHSPCG) deve ser planejado e implementado nos municípios. Esse manejo envolve diversas etapas e estratégias (Figura 1), sendo os abrigos uma delas.
Um programa eficaz é multifacetado, envolvendo os setores que trabalham com a saúde humana, animal e ambiental. Um único componente não redundará em uma abordagem efetiva, resultando na recorrência do problema. Assim, os abrigos localizados em regiões que não contam com abordagens claras e contínuas para a causa animal poderão se tornar apenas depósitos para cães e gatos 2.
Um bom programa de MHSPGC deve ser permanente e contínuo, buscando compreender o problema da comunidade e avaliar a necessidade de intervenção, para só então planejar a melhor forma de ação.
Iniciando um abrigo de animais
Entendendo que os abrigos são apenas uma das diversas estratégias para um manejo populacional efetivo, o passo inicial para a sua construção e fundação exige um planejamento criterioso. Cinco etapas que podem auxiliar pessoas envolvidas na causa e que tenham o intuito de fundar um abrigo de animais (Figura 2).
Entender a base do problema
Na primeira etapa, é importante compreender que os abrigos são considerados apenas casas de passagem, devendo o animal permanecer o menor tempo possível nesses ambientes. Um período de tempo prolongado em um abrigo pode gerar estresse nos animais e produzir alterações comportamentais, desde as mais leves até aquelas graves e difíceis de corrigir 3. Além disso, pode aumentar a chance de ocorrerem surtos de doenças infecciosas, sobrecarregando os trabalhos dos funcionários.
Após entender essa característica essencial dos abrigos, deve-se verificar: se o centro de passagem naquela comunidade/local/município atenderá às necessidades e ajudará a resolver o problema; qual é o escopo do problema da comunidade; qual a melhor maneira de lidar com isso; quais são os fatores que afetam a alta densidade da população animal em geral; o que outras pessoas do movimento humanitário estão fazendo; como trabalhar em conjunto com outros órgãos; se já existem outros abrigos na região e se a construção de um novo não afetaria os trabalhos já realizados; se há recursos financeiros e equipe capacitada para manter adequadamente o abrigo em longo prazo. Tais questionamentos devem ser levantados para verificar se a construção do abrigo vai além de apenas uma ideia atraente 4. Um fluxograma permite analisar e verificar se a construção de um abrigo é a melhor opção (Figura 3).
Os abrigos são uma das estratégias de um programa de MPCG nos municípios, recuperando os animais abandonados e reintroduzindo-os na sociedade por meio da adoção, mas não resolvem a fonte do problema – o abandono e a presença de animais nas ruas. Segundo a International Companion Animal Management Coalition (Icam), em locais em que existam muitos cães e gatos em situação de rua e as taxas de adoção sejam mínimas, os abrigos não se tornam uma estratégia eficaz de manejo populacional e apenas retratam um sintoma dessa problemática 6, que pode estar principalmente ligada aos aspectos culturais e socioeconômicos daquela comunidade. Analisar os problemas e as necessidades da comunidade deve ser uma das providências mais importantes antes de efetivar a criação de um abrigo.
O Icam considera que um abrigo temporário e permanente é um verdadeiro desafio para manter o bom nível de bem-estar dos animais, e as suas instalações devem prover cuidados adequados enquanto eles esperam por um novo lar. Se a adoção do animal é improvável, não se deve pensar primeiramente em levá-lo para um abrigo; em vez disso, é mais adequado pensar em manejá-lo in situ, ou seja, usando um método de capturá-lo, esterilizá-lo e devolvê-lo (CED) 6.
Criar e concretizar seus valores
Concluindo que a instalação de um abrigo no local seja algo positivo e que se somará às medidas existentes para atingir a promoção da saúde na comunidade, os próximos passos devem ser estabelecer a missão, os objetivos e as metas do abrigo em texto escrito.
A missão do abrigo deve ser descrita de forma concisa, clara e motivacional, de modo que consiga declarar o propósito da organização e alcançar a empatia e a sensibilização de pessoas que apoiarão o trabalho; ela é que guiará todos os trabalhos e o gerenciamento do abrigo. Os objetivos e metas devem estar divididos em tópicos e conter as ações que devem ser realizadas para atingir sua missão e o prazo para atingi-las. Para isso deve-se responder a questionamentos como: “Onde se pretende estar daqui a 5/10 anos?”, e: “O que se precisa fazer para chegar lá?”. Devem-se traçar metas de curto, médio e longo prazo, registrar por escrito as formas de monitorar os objetivos e verificar se eles estão sendo alcançados 4.
Estudar e criar uma rede de apoio
É importante compreender que, para construir um abrigo e administrá-lo, é preciso ter muito mais do que boas intenções; é necessária uma ampla rede de apoio de pessoas que tenham experiência em gestão, habilidades financeiras, contábeis e conhecimento de marketing, e um perfil proativo e engajado com a comunidade, além de investir tempo e recursos suficientes no planejamento, na organização e na arrecadação de fundos para atingir o propósito estabelecido 4.
Essa equipe deve visitar abrigos de referência e estar a par da ciência da medicina de abrigos, participar de workshops e simpósios e consultar profissionais capacitados para entender como deve ser estruturado um abrigo, de modo a criar uma rede com colegas já experientes. É importante entender que os integrantes da equipe são fundamentais para garantir o sucesso do abrigo e a promoção de bem-estar e adoção dos animais. A equipe deve ser multidisciplinar, com ao menos um médico-veterinário, um profissional de publicidade e/ou relações públicas, um profissional da área de finanças e pessoas engajadas na causa da promoção da saúde dos animais e da comunidade.
A divisão das tarefas da equipe deve ser igualitária para que o gerenciamento funcione. Ninguém deve nem pode fazer tudo. Os interesses e talentos das pessoas podem levá-las a gastar quase 90% de seu tempo no cuidado direto dos animais ou em outras tarefas administrativas para ter uma organização sólida. As organizações mais bem-sucedidas são produto do trabalho em equipe, e exigem a cooperação de várias pessoas com habilidades e talentos variados que se dediquem ao propósito do grupo 7.
Também como parte importante da rede de apoio, a parceria deve incluir pessoas que possam oferecer o chamado lar transitório (LT) aos resgatados. Essas pessoas serão responsáveis por fornecer abrigo temporário, alimentação e cuidados até que os animais sejam adotados por uma família definitiva. Esse tipo de suporte ajudará a alojar animais mais vulneráveis, evitando uma alta densidade populacional no abrigo e gastos maiores com a estrutura física do local, além de garantir melhores níveis de bem-estar aos cães e gatos.
Todas essas informações partem do princípio de que muitos abrigos são idealizados com o objetivo de promover apenas a adoção dos animais, porém é extremamente importante que a busca central esteja associada a diminuir a taxa de abandono pela sociedade. Para isso é necessário que haja parceria e articulação de forma adequada com órgãos competentes, a fim de garantir políticas públicas voltadas para a promoção da saúde, a educação humanitária, a valorização dos cuidados e a diminuição de animais não domiciliados, e, dessa forma, construir uma cultura na sociedade que corresponda a uma tutela responsável e valorize os animais como seres sencientes, dignos da vida e de direitos fundamentais 8.
É evidente que todo abrigo deve ter um planejamento prévio e uma gestão consolidada e efetiva para atingir o ponto principal: ser uma casa de passagem que garanta qualidade de vida aos animais abrigados. Um estudo do Reino Unido de 2017 9 explorou o papel do empreendedorismo social na diminuição das taxas de eutanásia e no aumento das taxas de adoção em abrigos para animais. Comparando dois grandes abrigos dos Estados Unidos e da Austrália, observou-se que três fatores principais podem contribuir para a transformação dos abrigos sem fins lucrativos e resultar em menores taxas de eutanásia e maiores taxas de adoção, bem como na diminuição de burnout nos funcionários. São eles: 1) profissionalização do gerenciamento de abrigos; 2) envolvimento com atividades de empreendimentos sociais sem fins lucrativos; e 3) melhora da eficiência das operações diárias. O estudo confirma que o objetivo não é incluir práticas comerciais no abrigo, mas profissionalizar a administração e as operações que incluem fluxos de renda diversos e autossustentáveis, propiciando condições de bem-estar e resultados positivos, ressaltando a importância de se compreender a necessidade de planejar e gerir um abrigo como se faz com uma empresa.
Além de compreender o que é necessário para tornar os esforços bem-sucedidos, ter claro o propósito e dispor de uma equipe multidisciplinar definida, é necessário realizar um planejamento e arrecadar fundos. A maioria das pessoas entende a importância de fornecer cuidados de qualidade aos animais, mas desconhece os aspectos administrativos da gestão da organização 7.
Definição de protocolos e políticas internas
Antes de o abrigo começar a funcionar, devem-se definir claramente para todos os funcionários e colaboradores os procedimentos e operações diários que ajudarão a mantê-lo dentro dos padrões para que tenha condições de oferecer o maior nível possível de bem-estar aos animais alojados. Todos precisam saber quais são os procedimentos usuais. Esse é um processo contínuo que poderá ser sempre adaptado à medida que o abrigo vivencie diferentes situações e realidades.
O abrigo deverá registrar por escrito e com clareza suas políticas internas, especialmente no que tange a: manejo da população e capacidade de prover cuidados; definição da estrutura física e dos fluxos de passagem adequados; programas preventivos (protocolos de limpeza e higienização); protocolos de admissão (resgate, triagem e recepção); protocolos de vacinação; controle de endo e ectoparasitas; manejo nutricional; cuidados com a saúde (monitoramento diário, controle da dor, cuidados médicos básicos e emergenciais); protocolos para enfrentamento de doenças e surtos; etologia (avaliação, monitoramento e modulação comportamental); protocolos de adoção e monitoramento pós-adoção; gerenciamento de recursos humanos – entre outras atividades 10,11.
Essas diretrizes ajudam a tornar a organização estável, de forma que todos estejam alinhados em um trabalho conjunto, com o mesmo pensamento e os mesmos objetivos. Isso dá credibilidade à organização, garantindo o fornecimento de serviços de qualidade. A organização da gestão e do trabalho permite que o abrigo preste um bom serviço, garantindo o bem-estar e a diminuição do tempo de permanência dos animais, e preservando a saúde física e mental dos trabalhadores.
Apoio e divulgação
A divulgação do trabalho desenvolvido pelo abrigo é um fator crucial tanto para a credibilidade do local quanto para a promoção de recursos financeiros e humanos. Quanto maior o apoio, maior tende a ser o sucesso da organização.
O conteúdo deve ser interativo e conter informações sobre a história do abrigo; as ações executadas; os tipos de doações que recebe e como proceder para doar; como ser voluntário; e, é claro, os animais disponíveis para adoção.
Contar com uma equipe publicitária tornará o processo muito mais efetivo, à medida que ela criar uma identidade visual para a entidade e divulgar informações de modo coerente em mídias sociais, atingindo o maior número possível de pessoas.
Considerações finais
Criar um abrigo voltado ao resgate animal parece ser algo simples e que depende unicamente da empatia das pessoas pela causa. Muitas vezes ignora-se que os abrigos são importantíssimos para a saúde pública e que devem promover o manejo populacional de cães e gatos em áreas urbanas (MPCG) de forma sustentável e ética, além de reabilitar e ressocializar os animais abandonados para que sejam reintroduzidos na sociedade por meio da adoção responsável 12.
Além de guiar o gestor sobre a melhor forma de instituir políticas internas para melhorar os níveis de bem-estar dos animais abrigados, diminuir o tempo de manutenção e promover adoções monitoradas, a medicina de abrigos estimula a reflexão sobre a real necessidade de se construir um novo local. A maioria das pessoas entende a importância de fornecer cuidados de qualidade aos animais, mas não compreende todos os aspectos administrativos e de gestão envolvidos na organização e como a falta de procedimentos planejados das políticas internas e externas por meio das políticas públicas existentes no território podem impactar o abrigo, muitas vezes negativamente.
Um projeto de tamanha proporção deve seguir um rigoroso processo de análise e estruturação, sempre apoiado em opiniões técnicas de especialistas da área. Caso isso não ocorra, a probabilidade de o abrigo ser apenas um depósito de animais poderá ser muito grande, propiciando baixos níveis de bem-estar animal e levando gestores e funcionários à exaustão mental.
Uma alternativa à criação de um novo abrigo de animais é verificar se não existem programas de apoio ou de extensão que possam ser utilizados para atingir o objetivo junto à comunidade de forma mais imediata e assertiva. A título de exemplificação, podem ser feitas parcerias com programas humanitários em assistências sociais, programas de manejo populacional, de educação humanitária. Além desses, parcerias com hospitais veterinários e centros de reabilitação podem ser importantes para se atingir o objetivo proposto 7.
De modo geral, a busca deve ser sempre por diminuir a taxa de abandono dos animais pela população por meio de políticas públicas eficientes e educar as pessoas sobre a tutela responsável e a valorização das diversas espécies animais.
Referências
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